segunda-feira, julho 23, 2007

Dantes é que era bom!

Ainda pensei vários dias antes de comentar o texto de Combustões e acabei por deixar isso para quando o autor tiver lido as Cartas de Afonso de Albuquerque, o Soldado Prático, a Reformação da Milícia... ou qualquer obra que trate seriamente da acção jesuítica nos Domínios. Até lá limito-me a augurar que à Pátria nunca faltarão alferes que ingenuamente carreguem os estandartes, nem generais que colham essas glórias.

3 comentários:

MARIA disse...

Caro Metralhinha,
Concordo, em absoluto .
Gostei do " Combustões " . Não o havia ainda espreitado.
Só tenho uma pequenina reclamação a fazer : e as mulheres ? Não são alferes, não são generais, que papel lhes atribuiria o Metralhinha ?
(não vale fugir à pergunta dizendo -me, também as há alferes, generais é que não...)
Beijinho da amiga
Maria

Metralhinha disse...

Cara Maria,

Sou linguisticamente um pouco conservador por isso mantenho o uso do masculino quando me refiro aos dois sexos em simultâneo (acho muito ridícula a expressão politicamente correcta de «Portugueses e Portuguesas», p. ex.). Também penso que os substantivos alferes e general não têm forma feminina (julgo que não se pode dizer «alferas» ou «generala», tal como não se diz «a bancada gerala»), por isso o texto em apreço pode ser lido de forma neutra embora a minha intenção fosse metafórica, simbolizando os primeiros os muitos que dão o corpo ao manifesto e os segundos os pançudos que sem o mínimo de respeito pela vida alheia colhem para si os benefícios.
As mulheres são um fenómeno recente nas forças armadas pelo que, no caso português, ainda não têm antiguidade suficiente para chegar às estrelas, mas lá chegarão e quase que me atrevo a dizer que será um governo socialista que promoverá a primeira coronel (não coronela) a general ou capitã-de-mar-e-guerra a almiranta (excepção historicamente fundamentada já que o título era dado à nau onde seguia o almirante).
Qual o papel das mulheres? Elas são o futuro. O homem (género) está condenado à extinção ou a ser um mero objecto lúdico.

MARIA disse...

Caro Metralhinha,
Eu, ao contrário, na linguagem, não sou muito conservadora :sou mulher , digo o que sinto e , às vezes, o que penso...
Entendi bem o sentido do seu texto, naturalmente.
Acredito que só se atingem as coisas que queremos e trabalhamos para atingir. Ninguém leva ninguém a lado nenhum.
No mais, Metralhinha, nem pensar em tal desaire - extinção do género masculino - lembre-se que Deus criou a mulher, mas felizmente, para nós, também vos criou a vós homens.
E , no género, destaco-o pela delicadeza e bom gosto.
Um beijinho da
Maria