quinta-feira, novembro 30, 2006

Causa Nossa

Vital Moreira no Causa Nossa acha que todo o estacionamento deve ser pago, pois o facto de se ter carro não dá direito à ocupação da via pública.

Também acho, mas não só o estacionamento deveria ser pago. O uso de qualquer estrada, rua ou caminho público também deveria estar sujeito a pagamento.
Aliás, todos os utilizadores do Público, além de pagarem impostos, deveriam pagar tudo o que é... público, desde o ar que respiram até à calçada que pisam quando põem o pé fora de casa.
Só assim se atingirá a justiça plena segundo o princípio do utilizador pagador.

terça-feira, novembro 28, 2006

Sá Carneiro - será desta?

Numa entrevista à revista Focus, a publicar quarta-feira, José Esteves assume ser o autor de um engenho que fez explodir a aeronave Cessna onde seguiam o então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, a sua mulher Snu Abecassis, o chefe de gabinete António Patrício Gouveia, e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, assim como os dois pilotos do aparelho, a 4 de Dezembro de 1980.

Será que é desta que temos o epílogo desta telenovela?
Será que saberemos quem foi o mandante?
(a mesma pergunta mas no plural)
Será que tudo isto não está já prescrito ou temos pela frente mais uma batalha judicial?

Aguarda-se as cenas dos próximos capítulos.

sábado, novembro 25, 2006

Iluminações Natalícias

Chegada esta altura do ano não faltam por todo o lado as iluminações decorativas alusivas ao Natal, essa festa religiosa que celebra o nascimento do Messias no sítio mais pobre e desprovido que podia ter havido, festa que hoje está transformada num mercado de futilidades.
As iluminações natalícias estão dentro deste último espírito.
Até aqui nada a opor. Cada um festeja o seu deus como acha que ele gostaria de ser festejado. Só me custa que me peçam para poupar energia quando os órgãos municipais e de estado a esbanjam.
Querem que eu desligue completamente da corrente eléctrica as televisões, rádios, leitores de discos, computadores, etc.; pedem-me para ser contido nos gastos com aquecimento e refrigeração; querem que ande de transportes públicos em vez de no meu carro, mesmo quando esses são completamente ineficientes. Tudo para poupar energia e reduzir as emissões nacionais de CO2, ambas com custos financeiros muito elevados.
O Estado e municípios que se preocupam, e bem, com esses custos permitem estes desperdícios que agravam muito mais os problemas do que o consumo energético de vários milhões de portugueses ao longo de vários meses.
Sejamos consistentes que com o apregoamos e deixemo-nos de tretas.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Que há de novo debaixo do Sol?

O Benfica perdeu.
O Porto e o Sporting ganharam.
Tom Cruise e Katie Holmes casaram.

Para além disso, que há de novo debaixo do Sol?

É que por momentos a minha atenção foi roubada...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Guerra de libertação


«Uma mulher israelita morreu e outra pessoa ficou ferida, esta quarta-feira, na sequência do lançamento de dois ‘rockets’ disparados desde a Faixa de Gaza sobre a localidade de Sderot, no sul de Israel, anunciaram fontes médicas.» CM – 15-11-2006 (ed. electrónica)

- Agora vou ver o que se diz disto nos sítios do costume.

terça-feira, novembro 14, 2006

SINFONIA OPUS ZERO

A SINFONIA OPUS ZERO é a mais nova descoberta desde o Código DaVinci. Vale a pena dar uma vista de olhos e, quem sabe ver se as inscrições ainda estão abertas.

sábado, novembro 11, 2006

11-11-1918

À 11ª hora do 11º dia do 11º mês iniciou-se o cessar-fogo que pôs fim à I Grande Guerra Mundial.
Uma data duma guerra hoje esquecida entre nós e da qual já não haverão sobreviventes.
Nela participaram soldados portugueses mal treinados, mal equipados e mal comandados.
Muitos ficaram estropiados, mais gazeados, muitos outros morreram gloriosamente como tordos em dia de abertura de caça.


Em sua memória e para que outros não lhes sigam os passos.
Descansem em paz.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Mais uma vez os judeus (actualização)

Em EU Referendum faz-se um resumo dos massacres de carácter duvidoso alegadamente levados a cabo por Israel.
Obviamente que é a versão duma das partes do conflito, mas vale a pena gastar uns minutos na leitura, seguindo inclusivamente os links.
Nesta visita deixem-se guiar pela razão e aí verão até onde vai o desrespeito pelas mais elementares normas éticas e morais.

Mais uma vez os judeus

O Blog Anti-Direita Portuguesa manifesta-se hoje, e uma vez mais, contra os judeus e Israel.
Só são de lamentar os seus esquecimentos sucessivos dos ataques sistemáticos de que Israel é vítima.
Isto é que são dois pesos e duas medidas.
Isto é que é anti-semitismo primário.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Alguém está a chamar-me estúpido...

Segundo o Governo a taxa de adesão à greve de hoje foi inferior a 12%, já para os sindicatos foi de 80%.
(SIC Notícias)
Não é preciso ser muito esperto para saber que alguém está a mentir e a chamar-me estúpido.
Confesso que gostaria de saber quem é, mas quase que aposto que são as duas partes.

Taxas


Não vou dizer que há taxas que se justifiquem e outras não, mas há umas mais ridículas que outras: contribuição audiovisual (ah, RTP Memória); exploração DGGE (seja lá isso o que for) e a taxa municipal de direito de passagem (hilariante!) Etc.
Fica para outra altura a dissertação sobre estes esbulhos que alimentam o parasitismo dos que se servem dumas quantas instituições e fiquemos pelo mero aspecto fiscal.
– Afinal para que servem os impostos?
– Não chegam para tudo o que é necessário.
– Então aumentem-se!
– Já se paga demasiados impostos.
– Então gaste-se com melhor critério!
– ... Utilizador-pagador de serviços públicos.
– Acabe-se com o Estado; privatize-se tudo e pague-se em função de tudo o que se usar! Sim, mesmo a polícia, os tribunais, as forças armadas e os caminhos municipais!
– Mas isso é demasiado radical, demagógico, e nem os anarquistas ou os neoliberais vão tão longe.
– Então acabe-se com o Estado tal como existe e crie-se o Estado-Empresa. Um estado que em vez de ser composto por cidadãos seja composto por accionistas. Que o Estado actual seja vendido em OPV, internacional, e quem quiser (e puder) que compre as acções que quiser (e puder). A partir daí o novo estado será gerido em moldes empresariais, com accionistas em vez de cidadãos, e com o fim último de obter a melhor retribuição para os seus accionistas.

Regressaremos, então, à selecção natural pura e dura, em que as aptidões biológicas para a sobrevivência e a sorte voltarão a ser determinantes. Mas agora deixem-se de roubar, ainda por cima sem arte!

terça-feira, novembro 07, 2006

O Aborto ou Interrupção Voluntária da Gravidez e a Defesa da Vida

Uma das questões mais fraccionárias da vida portuguesa relaciona-se com a aceitação ou não da prática do aborto e sua criminalização.
Há uns anos atrás a maioria dos portugueses preferiu ir à praia em vez de ir votar no referendo porque segundo as estatísticas a maioria esmagadora era o sim. Confiou-se nas estatísticas e hoje as mulheres estão a ser levadas a tribunal e condenadas pela prática do aborto. Para além disso, os médicos e enfermeiros são instigados à denuncia em determinados estabelecimentos hospitalares dando continuidade à velha mentalidade inquisitorial e pidesca.
Primeiro há que tomar como ponto de partida que:
Ninguém no seu perfeito juízo faz um aborto porque lhe apetece ou porque isso pode ser um método anti-conceptivo (ao contrário do que algumas mentes provavelmente do século XIX possam pensar).
Ninguém será obrigado a fazer um aborto.
Nenhum médico ou enfermeiro é ou será obrigado a fazer abortos caso a nova lei seja aprovada.

Agora tomemos a realidade portuguesa: Que condições são dadas às mulheres para terem filhos?
Muitas mulheres são despedidas assim que ficam grávidas.
Um ordenado é insuficiente para manter uma família.
Raros são os infantários para as crianças com idades anteriores aos 2 anos.
Os homens ou rapazes muitas vezes não querem compromissos.
Os casais antes de terem filhos tiveram de se endividar para terem um tecto, pelo menos.
Os casais não podem dispensar um ordenado quando as despesas aumentam.

Que condições há para acolher mulheres solteiras e os filhos indesejados?
Poucas mulheres podem ir para instituições que lhes dão apoio nos primeiros meses, mas rapidamente são deixadas à sua sorte.
As crianças podem ir para instituições do estado ou privadas como a Casa Pia e outras onde esperam infinitamente para serem adoptadas.
As crianças ficam à mercê de mentes perversas engrossando os inadaptados.
Quando integradas nas famílias, geralmente das mães, as crianças não beneficiam duma família calorosa pois representam mais uma boca a alimentar que não se sabe o que fazer.
Os casos de maus tratos das crianças indesejadas são uma enorme possibilidade.

Perante esta realidade como se pode condenar alguém que opte por praticar um aborto? Será preferível colocar mais uma criança no mundo?
Os defensores da vida dizem que sim, mas eu ainda não os vi adoptarem as crianças que precisam de família e estão encafuadas nas instituições. Quantas famílias com posses defensoras da vida resolveram dar a mesma oportunidade dos seus filhos a uma qualquer criança das instituições de apoio a crianças desprotegidas? Provavelmente se todas as famílias defensoras da vida adoptassem uma criança a Casa Pia e outras tais estavam vazias. Não seria bom? Por mim pode-se começar já hoje a adopção.
Bom, uma coisa são os seus filhos, outra completamente diferente são os filhos dos outros que têm direito a viver, mesmo que seja na mais profunda miséria (económica e/ou humana). Viver condignamente é um privilégio seu, claro! Ou não seria isso uma característica sua e elitista.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Saddam, o Carniceiro

Saddam Hussein foi condenado à morte.
Já se esperava.
Com isso desce-se ao seu nível.
Mas também não é de admirar:
no Iraque, cada dia que passa, caminha-se mais para o grau zero da civilização.