sábado, dezembro 12, 2009

Algures antes 1821 A.D.

A ser verdade o que António José Saraiva escreve aqui, este país ainda não se livrou do Santo Ofício. (Mas posso estar enganado!)
Ele chama-lhe kafkiano, mas a mim parece-me mais inquisitorial. (Contudo melhores argumentos poderão convencer-me do contrário.)
E depois queixamo-nos do estado da Justiça... em quase 200 anos nada mudou! (Contudo posso não ter reparado que já não é assim!)

Mas agora já entendo o porquê do arquivamento à espera de melhor prova das três queixas-crime que fiz nos últimos dez anos: enquanto a justiça se atola nestes trâmites bizarros fica sem meios para fazer Justiça. (É evidente que outras razões podem ter havido e eu não ter percebido!)


quarta-feira, dezembro 09, 2009

quinta-feira, novembro 26, 2009

sábado, novembro 21, 2009

Corre entre o pessoal da PSP


Todos correm riscos menos os Patrulheiros!


No nosso novo estatuto o Decreto Lei 299/2009, no Art. 103, n.º 1, determina que o suplemento especial de serviço seja atribuído ao pessoal com os cursos de especialização adequados ao exercício de funções em posto de trabalho em condições mais exigentes de penosidade, insalubridade e desgaste físico agravado…

À luz desta definição “trabalho em condições mais exigentes de penosidade, insalubridade e desgaste físico agravado”, pus-me cá a pensar em que condições os diversos serviços da PSP laboram.
E aqui vão os pensamentos de um simples Patrulheiro:

DIC:
Passar o dia sentado no gabinete em frente ao computador a ouvir testemunhas das 09:00 às 17:00
Aparecer nas ocorrências mediáticas, depois do Patrulheiro as resolver, e ficar com o serviço, para a comunicação social dizer que foi a Investigação Criminal que resolveu o caso.

Contacto com o cidadão: Bastante, mas apenas no interior da Esquadra.

Riscos: Cair do sofá á noite enquanto dorme.
Problemas nos pulsos, derivados da utilização excessiva do computador.
Risco de despiste, por falta de visão devido aos cabelos compridos.
Perder a farda ou correr o risco da mesma já não lhe servir por não a vestir há vários anos.
Ter que andar sempre a especificar que é da Inv. Criminal, para não ser confundido com um Patrulheiro da PSP, mas sim com a PJ.
Fazer uma rusga no bairro sem dizer nada a ninguém, fugir para a EIC e deixar que o Carro de Patrulha que passou a seguir no bairro, sem ter conhecimento de nada, fosse apedrejado por retaliação.

Veredicto do Estado: condições de trabalho muito penosas, subsídio = € 149,33

CI:
Patrulhar as praias no Verão e a zonas comerciais no Natal.
Policiamento nos Estádios.
Incursões esporádicas nos bairros só para mostrar a carrinha.

Contacto com o cidadão: médio, e apenas à distância do bastão.

Riscos: Lesões a jogar futebol ou a puxar ferro.
Fazer uma carga no meio do bairro, retirar para o quartel da Ajuda, e deixar que os Patrulheiros da esquadra do bairro sofressem as retaliações.

Veredicto do Estado: condições de trabalho muito penosas, subsidio = € 283,80

Cinotecnia:
Dar de comer ao cão.
Lavar o canil à mangueirada.
Passar a tarde a brincar (treinar) com o cão.
Fazer demonstrações nas escolas e nas paradas militares (policiais).

Contacto com o cidadão: reduzido e apenas à distância, durante as demonstrações.

Riscos: Apanhar pulgas.
Ser infectado com a raiva.
Chegar a casa a cheirar a cão.
Perder o brinquedo favorito do animal.
Deixar que o cão morda um Patrulheiro durante um policiamento desportivo.

Veredicto do Estado: condições de trabalho muito penosas, subsídio = €283,80

CIEXSS:
Brincar com o robot telecomandado no valor de vários milhares de euros, que faz o trabalho todo à distância.
Fazer demonstrações nas escolas e nas paradas militares (policiais).

Contacto com o cidadão: reduzido e apenas à distância durante as demonstrações.

Riscos: Atropelar um menino com o robot telecomandado durante uma demonstração na escola
Estragar o robot telecomandado.
Ferir um Patrulheiro no curso das Técnicas de interv. Pol. e Tiro, porque andou a montar armadilhas e “bombinhas” para assustar e em vez de tomar atenção ao que fazia estava com pressa de se esconder para se rir da figura dos outros.

Veredicto do Estado: condições de trabalho muito penosas, subsídio = €303,02

CSP:
Conduzir o VIP e a família ao trabalho e aos passeios de domingo.
Passar a noite nos mesmos hotéis 5 estrelas onde o VIP se aloja.
Pedir que os patrulheiros da esquadra da área tomem conta do carro e do hotel onde vai dormir.

Contacto com o cidadão: só com os VIPs.

Riscos: Já não saber da farda e correr o risco da mesma já não lhe servir por não a vestir há vários anos.
Alguém reparar que o fato “Calvin Klein” afinal é da Kalvim Clen
Esquecer-se dos óculos escuros em casa.
Ir para a night com o Santana Lopes e ter que ser ele a trazer o carro.
Passar a noite a dormir no quarto de hotel e nem se aperceber que o Patrulheiro que ficou na rua de posto fixo, evitou sozinho, juntamente com os acarta malas do hotel, que os manifestantes invadissem o hotel, até chegar apoio.

Veredicto do Estado: condições de trabalho muito penosas, subsídio = €331,53

Patrulheiros:
Policiamento apeado e postos fixos ao frio e à chuva.
Circular nos carros de Patrulha e deslocar-se sempre a toda e qualquer chamada seja ela qual for.

Contacto com o cidadão: sempre.

Riscos: Efectuar serviço, regularmente sozinho, ou em patrulha dobrada.
Meter-se no meio das desordens.
Sofrer emboscadas.
Fardamento de alta visibilidade para ser mais fácil escolher o alvo a abater.
Sofrer todo o tipo de retaliações.

Veredicto do estado: condições de trabalho sem qualquer tipo de penosidade, insalubridade ou desgaste físico agravado?! Subsídio= €0

O que dirão os amigos e familiares dos nossos malogrados colegas, Felisberto Silva, assassinado em 04/02/2002 na Avenida D. João V na Damaia, Irineu Dinis, de 33 anos assassinado em 17/02/2005 na Cova da Moura, António Abrantes de 29 anos e Paulo Alves de 23 assassinados em 20/02/2005 no bairro de Santa Filomena na Amadora e o Chefe Sérgio Martins, de 49 anos assassinado em 11/12/2005 em Lagos.
Ou ainda mais recentemente e felizmente com um desfecho mais favorável, os nossos colegas Sérgio Sousa e Joaquim Batista alvejados em 05/07/2009, no bairro de Santa Filomena, na Amadora.

Será que isto não são condições de trabalho, em condições exigentes de penosidade, insalubridade e desgaste físico agravado…
Então o Patrulheiro, que é quem leva com a MERDA toda, não se enquadra nesta definição?!
Eu não quero com isto, dizer que só a patrulha é que merece ou que só a patrulha é que trabalha, mas daí até nos deixarem completamente de fora, isto é um insulto aos milhares de Polícias da Patrulha que todos os dias, trabalham nas condições que todos sabemos...
Quando o cidadão, que precisa de ajuda, liga para o 112, que Policias lá vão? Já era altura de nos darem valor.


Isto é uma obra de ficção e sátira, qualquer correspondência com casos e pessoas da vida real é pura coincidência.

terça-feira, novembro 17, 2009

Pensando a Gripe A

Em Portugal, membros dos grupos prioritários recusaram a vacinação, designadamente políticos e a classe médica. Ontem, o presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, considerou que a recusa de médicos e de outros profissionais de saúde deve ser aceite com "prudência e bom-senso" porque acha esta reserva "natural" quando se trata de profissionais que "estão mais envolvidos no meio; sabem mais do ponto de vista técnico/científico o que se passa e sabem que não há ainda resultados verdadeiramente sólidos que permitam determinar com clareza se a pessoa deve ser vacinada".

Nos EUA, a Pandemrix não foi aprovada porque contém uma substância, o escaleno, que alegadamente provoca a alteração do sistema imunitário. Vários estudos ligaram os seus efeitos à síndrome da Guerra do Golfo porque terá sido utilizado como adjuvante na vacina do antrax (ler coluna ao lado). O que está em causa nesta vacina, segundo os seus detractores, são dois componentes que se encontram tanto na própria vacina como no adjuvante que lhe é adicionado para aumentar os efeitos.

Apesar de a vacina da GlaxoSmithKline (GSK) estar em conformidade com as regras europeias da Organização Mundial de Saúde (OMS), ela contém, segundo a informação que esteve no site da farmacêutica até ontem a meio do dia, cinco microgramas de tiomersal - na vacina - e 10, 69 miligramas de escaleno - no adjuvante -, cujos efeitos secundários são polémicos e considerados insuficientemente testados nos seres humanos. Estes dois produtos são necessários para potenciar os efeitos da vacina de modo a que a já gigantesca produção do medicamento satisfaça a procura em menos tempo de produção. O escaleno reduz o tempo da cultura de vírus inactivos e o tiomersal permite utilizar o sistema da multidose.

A preocupação da OMS perante os riscos das vacinas para a H1N1 é tão grande que responsabiliza as autoridades médicas nacionais para os alegados riscos e benefícios das vacinas disponíveis antes de as licenciarem, porque "quando vacinas pandémicas são administradas a tantos milhões de pessoas pode não ser possível identificar situações raras". Aconselha a monitorização intensa e comunicação imediata dessas situações e a troca a nível mundial desses dados.

A GSK, contactada pelo DN, considera que no caso do escaleno "não existem estudos conclusivos que permitam estabelecer relação entre causa e efeito" e confirma que a substância permite "com menos fazer mais" porque é um "amplificador de sinal". No caso do tiomersal, refere que "a pequena dose de mercúrio de 25 microgramas" não "induz malformações no sistema nervoso dos bebés nem ameaça o desenvolvimento dos embriões" e que está muito abaixo do "limite aceitável para as grávidas de 60 kg, que é de 96 microgramas".

O Infarmed - a Autoridade Nacional do Medicamento - confirma que as duas substâncias encontram-se na Pandemrix, mas que "as afirmações sobre o tiomersal e o escaleno não são, de facto, nem correctas nem verdadeiras". Esclareceu ao DN que a vacina foi aprovada por "procedimento centralizado" - pela Agência Europeia do Medicamento - e que ficou homologada para todos os Estados membros.

O Infarmed informa, também, que "durante o processo de avaliação foram ponderados todos os aspectos relativos à qualidade, segurança e eficácia de um medicamento, sendo estabelecida uma relação benefício-risco. Na situação em apreço, o benefício foi considerado superior ao risco, razão pela qual a Agência Europeia emitiu uma posição favorável à autorização do medicamento".

In DN

segunda-feira, novembro 09, 2009

Viagens na minha terra


A Fonte das Bicas é o ex-libris de Borba.


Construída no reinado de D. Maria I, deste monumento nacional fazem parte os bustos da rainha e do seu tio e esposo D. Pedro III. Ou melhor faziam parte, porque hoje devem decorar o coito dum dos muitos celerados que fomentam a rapace e a quem, com indulgência, chamam coleccionadores.



A facilidade com que o roubo – que terá envolvido o uso de máquinas – se deu revela bem a atenção dada pelas autoridades e pelas populações à guarda do património colectivo. Apesar da louvável rapidez com que se providenciou a substituição dos bustos pilhados por outros – que não negam a sua contemporaneidade –, o monumento não deixa de ser muito pouco considerado pela autarquia, como prova o vídeo que se segue mostrando estar aquele espaço transformado num parque de estacionamento, ao qual não falta sequer um acesso em terra e pedra partida.
E isto em plena festa do vinho.


Não há nada como (mal) promover as nossas potencialidades.

terça-feira, novembro 03, 2009

Devia ser chicoteada na praça pública...

... já que a lapidação seria um pouco excessiva para uma desenvergonhada que teve o desplante de aparecer em trajes obscenos na universidade.
Mas os bons estudantes, zeladores da moral e bons-costumes, deram-nos uma lição de moderação, deixando claro o aviso que no futuro talvez não haja tanta contemplação.

(Via Jugular)

segunda-feira, outubro 19, 2009

sexta-feira, outubro 16, 2009

Muito tempo se tem dado a uma loira burra...




... e aqui não é excepção, embora tudo isto seja só desculpa para mostrar a sua melhor faceta: a de leitora apaixonada.

segunda-feira, outubro 12, 2009

terça-feira, setembro 29, 2009

Verdades inconvenientes



(…)
Ladies and Gentlemen,
The jury is still out on the United Nations, and recent signs are not encouraging.

Rather than condemning the terrorists and their Iranian patrons, some here have condemned their victims. That is exactly what a recent UN report on Gaza did, falsely equating the terrorists with those they targeted.

For eight long years, Hamas fired from Gaza thousands of missiles, mortars and rockets on nearby Israeli cities. Year after year, as these missiles were deliberately hurled at our civilians, not a single UN resolution was passed condemning those criminal attacks.

We heard nothing – absolutely nothing – from the UN Human Rights Council, a misnamed institution if there ever was one.

In 2005, hoping to advance peace, Israel unilaterally withdrew from every inch of Gaza. It dismantled 21 settlements and uprooted over 8,000 Israelis.

We didn't get peace. Instead we got an Iranian backed terror base fifty miles from Tel Aviv. Life in Israeli towns and cities next to Gaza became a nightmare.

You see, the Hamas rocket attacks not only continued, they increased tenfold. Again, the UN was silent.

Finally, after eight years of this unremitting assault, Israel was finally forced to respond. But how should we have responded?

Well, there is only one example in history of thousands of rockets being fired on a country's civilian population. It happened when the Nazis rocketed British cities during World War II.

During that war, the allies leveled German cities, causing hundreds of thousands of casualties. Israel chose to respond differently. Faced with an enemy committing a double war crime of firing on civilians while hiding behind civilians – Israel sought to conduct surgical strikes against the rocket launchers.

That was no easy task because the terrorists were firing missiles from homes and schools, using mosques as weapons depots and ferreting explosives in ambulances.

Israel, by contrast, tried to minimize casualties by urging Palestinian civilians to vacate the targeted areas. We dropped countless flyers over their homes, sent thousands of text messages and called thousands of cell phones asking people to leave.

Never has a country gone to such extraordinary lengths to remove the enemy's civilian population from harm's way. Yet faced with such a clear case of aggressor and victim, who did the UN Human Rights Council decide to condemn? Israel.

A democracy legitimately defending itself against terror is morally hanged, drawn and quartered, and given an unfair trial to boot.

By these twisted standards, the UN Human Rights Council would have dragged Roosevelt and Churchill to the dock as war criminals. What a perversion of truth! What a perversion of justice!

Delegates of the United Nations,
Will you accept this farce?
(…)

sexta-feira, setembro 18, 2009

Sítios que causam nojo

Antes de mais, que aprenda a escrever em português...





... depois cague as postas de pescada que quiser!





(Esta ave já foi adicionada à lista de correio indesejado)

domingo, setembro 06, 2009

Teoria da conspiração... ou não!

Caros visitantes,


A visualização do vídeo constante no link abaixo é fundamental quanto mais não seja para reflexão, mesmo que o considerem fruto de uma visão socialista ou bom estilo sul americano, sua coerência não pode ser posta em causa.

cumprimentos pantanosos,


Sir Lancelo du Swamp

http://rd3.videos.sapo.pt/NfFGRGEsycd1B92K9v4V

segunda-feira, agosto 24, 2009

Nem tudo é válido na política...

Vale a pena ler a resposta do mestre Luís Santos à intervenção demagógica e insultuosa do vereador Ricardo Leão da Câmara Municipal de Loures. O primeiro foi pelo último falsamente acusado e insultado em plena Assembleia Municipal - E afirmo falsamente pois um político com as suas responsabilidades não pode alegar ignorância sob pena de se mostrar incompetente.
Se para mais não servir, este exemplo ilustra claramente o gabarito dos políticos que nos vão «governando»...

quinta-feira, agosto 13, 2009

Bate que é polícia!

Pelo correio electrónico recebe-se muita coisa... e alguma até dá que pensar.

NÓS, ÓRGÃOS POLÍCIA CRIMINAL, QUEREMOS SABER COMO AGIR.


Queremos que nos digam o que esperam que façamos.
Queremos que nos digam como querem que seja executada a nossa acção.
Até agora corremos por nossa conta e risco. Sacrificamos a vida pessoal e familiar, sacrificamos o nosso orçamento familiar para adquirir meios que não nos facultam e agimos de acordo com a nossa avaliação dos factos com o único objectivo de manter a Ordem Pública, a Autoridade do Estado. Quando as coisas correm mal descobrimos que não era exactamente o que a sociedade pretendia e somos punidos. E se não agimos somos acusados de complacência.
Em princípio, o POLÍCIA está investido de Autoridade do Estado, mas em quê que se traduz essa autoridade? Como pode fazer valê-la? Como se pode mantê-la inviolável?
Fisicamente, qualquer POLÍCIA pode ser vencido por qualquer cidadão. Ainda não há “Super-Homens”, mas os POLÍCIAS também não podem usar a violência física, apenas podem defender-se da violência contra si.
Alguém acredita que basta uma ordem verbal para fazer sanar um crime, por menor que ele seja?
Sendo desrespeitada a ordem verbal, qual o patamar seguinte?
Ignorar o crime ou manter a Autoridade Pública? A que custo?

Reportemo-nos ao caso do militar da GNR condenado a 14 anos de prisão por ter disparado contra um jovem de 17 anos que lhe havia roubado um fio de ouro, causando-lhe a morte. Face à evolução da sociedade, face à queda de valores e da ordem social, este caso merece a nossa reflexão, merece por isso uma análise profunda. Aqui apenas serão lançados os dados.
O POLÍCIA em causa foi punido, assim o ditou a justiça. Então ficamos a saber que aquela actuação foi severamente condenada, foi considerada totalmente inaceitável.
No entanto alguém deveria dizer como ele deveria ter agido para amanhã os outros POLÍCIAS saberem como actuar, e o cenário que se põe é o seguinte:
O POLÍCIA identifica-se e [encontra] resistência. Se os assaltantes prosseguirem com o roubo, o POLÍCIA, fisicamente em desvantagem, permite que lhe levem o fio. Posteriormente, pede apoio policial para tentar identificá-los, com ou sem sucesso dada a enorme multidão e enorme área urbana. Não se livra da vergonha pessoal, social e profissional de sendo POLÍCIA, ter-se deixado roubar.
No dia seguinte esse mesmo POLÍCIA, já fardado, exerce a sua actividade na zona e passa a ser vítima de chacota social. Como pode proteger um cidadão se ele próprio tinha sido assaltado?
Mesmo que fosse possível identificar os indivíduos, o POLÍCIA não os levaria a justiça, por uma série de razões; A Justiça é excessivamente cara, perante o seu rendimento, e não teria apoio institucional; A Justiça é lenta e seria ineficaz pois a sua Autoridade como policia já estava ferida. Restar-lhe-ia conformar-se e eventualmente mudar de zona.
Como se sentiriam os assaltantes se o POLÍCIA tivesse sido assaltado sem consequências? Confiantes para tentar um patamar mais acima? Qual? Qualquer um!
Agora, digam-nos como reagiremos se, estando sozinhos, virmos um cidadão a ser roubado ou agredido por alguém fisicamente superior a nós? Deixamo-lo agir e chamamos reforços para tentar identificá-lo a posteriori? É que só dizer que se está investido da Autoridade do Estado não chega para fazer cessar a agressão. O que poderá o agressor temer quando vê um POLÍCIA? Nada!
Mas a estas questões há duas versões: Se quem responde for a vítima, todos os meios são aceitáveis, caso seja pai, familiar do criminoso, todos os meios são excessivos. No meio destas análises está o POLÍCIA que tem de tomar uma decisão sozinho!
Mas o que acontece ao POLÍCIA se “não viu” o cidadão a ser vítima de um crime? Nada. O que acontece se reagir e essa reacção foi desproporcionada? Severamente condenado!
Então em que ficamos? Que querem de nós que ainda não somos Super-Homens?
Quem rouba um fio a um POLÍCIA também pode roubar a arma. Não?! Então, se amanhã um grupo de delinquentes abordar um POLÍCIA e lhe exigir a arma, como deve reagir?
Fisicamente inferiorizado, usa a arma para manter na sua posse (na posse do Estado) ou entrega-a para não pôr em risco a vida dos delinquentes? Como agirá?
Se o POLÍCIA usar e atingir alguém, tem destino certo na cadeia, se a entregar ainda que resista sem pôr a sua vida em perigo, pode ser expulso pela Instituição. Mas a arma roubada pode ser usada contra cidadãos comuns, qualquer um! De quem será a responsabilidade?

Vejamos ainda o seguinte:
Há doentes que entram [pelo] próprio pé num hospital e saem no estado vegetativo e outros já nem saem de lá vivos: Erro médico mas ninguém vai para a cadeia;
Há juízes que condenam inocentes e outros que libertam criminosos que voltam a cometer crimes, muitos deles violentos, e nenhum vai para a cadeia porque não se pode beliscar a Autoridade do Estado. É que caso aconteça os Senhores Juízes passariam estar condicionados no momento de decidir. É exactamente o que acontece com os POLÍCIAS, estão extremamente condicionados no momento de decidir porque o risco da cadeia é real e não há desculpabilização para um erro policial, ainda que seja sobre delinquentes, ainda que seja para repelir um crime!
Precisamos que nos digam como deveremos agir!
Não podemos manter a Autoridade do Estado por nossa conta e risco! Alguém tem que assumir essa responsabilidade: Agimos até que ponto ou simplesmente não agimos? É preciso ter presente que a voz da POLÍCIA apenas é respeitada pelas pessoas de bem, mas com essas pessoas não resultam problemas, queremos saber como agir perante aqueles que não obedecem e até desafiam a Autoridade do Estado? Alguém dirá, levem-nos à justiça! Mas é exactamente isso que queremos que alguém diga, como levamos alguém à justiça contra a sua vontade, quando resiste e é fisicamente forte? Como fazemos cessar uma agressão contra nós ou contra um cidadão, se fisicamente estivermos em desvantagem? Deixamos agredir e identificamo-los depois? Deixamos de ser POLÍCIAS e passamos a ser identificadores de criminosos?
No passado, um delinquente era severamente punido pela moral social e isso, em muitos casos, era suficiente. Hoje tal não acontece.
Para uma melhor qualidade da actuação policial, exige-se que os cidadãos digam o que esperam de nós, como querem que o POLÍCIA mantenha a Autoridade do Estado, ainda que seja contra si, mas para o bem comum. O risco é cada vez maior e tal verifica-se no aumento da insegurança.
O ridículo já aconteceu:
Um cidadão fugiu para uma esquadra para se proteger e foi agredido lá dentro por quem o perseguia. Alguém perguntou como é possível tal acontecer? Acontece porque o POLÍCIA não pode fazer nada. Essa é a realidade que ninguém quer ver! Amanhã, quando casos ridículos se banalizarem, poderá ser tarde demais! Daqui a tomarem de assalto a esquadra… pouco falta! Até por brincadeira, mas é possível.

Vale a pena pensar nisto!

segunda-feira, junho 29, 2009

... e vai acabar em águas de bacalhau

O ex-presidente do BCP, acusado de crimes financeiros, continua a utilizar o avião a jacto alugado pelo banco e a contar com a protecção de cerca de 40 seguranças privados pagos pela instituição, revelou o Diário de Notícias.

Fui accionista do BCP durante alguns anos e acabei por vender essas acções com perda de cerca mil euros. Não era um investimento especulativo, era sim um aforro para os dias difíceis que chegarão quando fizerem falir a Segurança Social.
Também durante muitos anos fui cliente do BCP; encerrei as contas farto de ser constantemente espoliado com taxas, comissões e encargos.
No meu círculo de relações também se contam empregados do BCP: gente que estoicamente trabalha quase como escravo oito, dez, até dezasseis horas diárias e que ainda por cima, não raras vezes, é questionada pela instituição sobre actos e comportamentos da sua vida privada.

Tudo isto para sustentar meia dúzia de parasitas hipócritas, quiçá criminosos, que, com o maior dos despudores e impunidade quase certa, continua a rir-se na cara de toda a sociedade. As vítimas são, pois, o Estado ao qual foram sonegados impostos, os accionistas burlados, os clientes mungidos e os empregados explorados.

domingo, junho 14, 2009

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

Por uns tempos pensei em não a subscrever, temendo que esta vaga de fundo fosse uma manipulação política daqueles mesmos que há uns meses se recusaram a aprová-la quando uma outra proposta foi feita no Parlamento para o mesmo efeito.
Ainda não sei se essas motivações politiqueiras existem, mas o certo é que em consciência não podia deixar de assinar tal documento, pois é o mínimo que se pode fazer para acabar com uma iniquidade que só persiste, repito, por causa da inexplicável politiquice que infecta a presente maioria parlamentar e o governo que ela apoia.



(espero em breve poder assinar uma nova petição para acabar com outra iniquidade: a lei da paridade!)

sexta-feira, junho 05, 2009

Porque fico em casa no dia 7 de Junho?

O Governo do meu país, apoiado pelo maior partido da oposição, considerou-me incompetente para me pronunciar sobre o Imposto - paradoxalmente também dito Tratado - de Lisboa.
Ora se me acham um mentecapto incapaz de me pronunciar sobre um texto de que até existe uma tradução portuguesa, considero-me agora indisponível para lhes dar cobertura no que quer que seja relativamente a essa matéria.

segunda-feira, maio 04, 2009

Demagogia


Lagos (Allgarve), 4 de Maio de 2008


Será que os postes de iluminação já foram recolocados no lugar?

quinta-feira, abril 30, 2009

... e uma bagaceira não resulta?

Para não melindrar os judeus e os muçulmanos mais piedosos renomeou-se a maleita que dizem andar por aí de Gripe Suína para Gripe Mexicana; contudo como também não é de todo politicamente correcto associar os nobres e pobres descendentes dos astecas a esta peste, lá se lhe deu um novo nome, agora Gripe A, epíteto que lhe dá ar menos tenebroso e mais técnico. Mas original, original, seria dar-lhe o nome de algum dos grandes beneficiários do pânico inteligentemente instalado: Roche, GlaxoSmithKline ou ainda 3M.




Depois de ver estas soluções vou já vender as minhas acções da 3M e se alguém me disser que um brandy, bourbon ou scotch também resultam, faço mesmo com as acções das farmacêuticas.

sábado, abril 25, 2009

Sermão Dominical

Portugal continua muito aquém nos índices de desenvolvimento internacional.
Pese embora a insistência dos nossos meios de comunicação, de há muito que isto não é notícia digna da abertura dos telejornais ou da primeira página dos jornais.
Descobri por estes dias que Portugal se limita a ter unicamente nove santos nos altares católicos, um número que é o mais reduzido de toda a cristandade europeia.*
Pese embora o facto de, tal como com outros indicadores, em Portugal se ter verificado algum crescimento nos últimos anos, ainda assim esses números não traduzem qualquer recuperação ou subida nas classificações internacionais, porque os nossos parceiros na Cristianitas conseguem índices de crescimento superiores ao nosso.*
Contra este atraso temos todos de nos empenhar.
Não proponho que nos tornemos virtuosos ao ponto de todos nós vermos um dia a embelezar os altares, algo que não será difícil pois em breve seremos mais miseráveis que Jó. Também não quero que abdiquemos de nenhum dos sete pecados capitais - eu pelo menos quero continuar a recair nuns quantos deles. Proponho tão só que abracemos a causa de elevar o nosso país na escala internacional e que para isso pugnemos junto de quem de direito pelos nossos heróis.
Enchamos as nossas igrejas em ruínas com muitos novos santinhos e talvez, quando a crise passar lá fora, os turistas venham admirá-los à West Coast of Europe e ao Allgarve.


* Dados que não resultam de qualquer pesquisa.

terça-feira, abril 21, 2009

Direito de Resposta

Recebida por correio e de autoria desconhecida, não pude deixar de fazer alguns comentários. Hei-los:

Lev Voronov, Adão e Eva

- Porque o pénis tem um buraco na ponta?
- Para oxigenar o cérebro.
(É frequente os homens "pensarem" com essa parte... é um apelo da natureza contra o qual não há nada a fazer!)
- O que tem em comum o clítoris, os aniversários e as sanitas?
- São coisas que um homem nunca acerta!
(Absolutamente certo... mas nada como ir praticando!)
- Porque os homens são como os anúncios comerciais?
- Não se pode acreditar em uma palavra do que eles dizem!
(Não é inteiramente certo, tal como nos anúncios há sempre uma pont(inh)a de verdade...)
- Qual a diferença entre homens e porcos?
-Porcos não viram homens quando bebem.
(Também não é inteiramente certo. Há aqueles, mais efeminados, que param a tempo e aqueles, menos calejados, que caiem para o lado antes de poderem fazer porcaria!)
- O que as mulheres mais odeiam ouvir quando estão tendo sexo de boa qualidade?
- Querida, cheguei!
(Boas notícias para a parte da população masculina que nesse momento se esconde debaixo da cama... só não será se a mulher estiver sozinha ou na companhia de uma amiga...)
- Porque os homens na cama são como comida de microondas?
- 30 segundos e está pronto.
(A natureza não é justa, não senhora!... aos homens só dá 30s enquanto que às mulheres dá no mínimo 3h!... pergunto-me o que fazem elas nas restantes 2h 59m e 30s?...)
- Quantos homens são necessários para trocar um rolo de papel higiénico vazio?
- Não se sabe; nunca se viu nenhum fazendo isso.
(E para quê?... desde que esteja ao alcance da mão está tudo bem!)
- Porque Deus criou primeiro o homem, e depois a mulher?
- Porque as experiências são feitas com ratos e depois com humanos.
(Au!... fico sem resposta!...)
- Porque os homens não tem crise de meia-idade?
- Porque todos param o amadurecimento mental na adolescência.
(Mas qual é o problema? Afinal a jovialidade fica bem a um homem? E qual a mulher que não desejaria que os homens mantivessem sempre o vigor da adolescência?)
- Qual a diferença entre ir a um bar sozinha e ir a um circo?
- Quando se vai ao circo, os palhaços não falam consigo.
(A mulher que vá a um bar sozinha está tão mal como o homem que lá esteja nas mesmas circunstâncias... e, palhaço por palhaço, umas boas risadas fazem sempre bem.)
- Porque os homens gostam de mulheres inteligentes?
- Porque os opostos se atraem.
(O vice-versa também se aplica... Lei de Peter...)
- Qual a diferença entre os homens e as frutas?
- Um dia, as frutas amadurecem...
(Lamento dizer, porque reduz drasticamente as possibilidades de escolha, mas infelizmente este processo é mais acelerado nas mulheres que nos homens.)
- Porque as pilhas são melhores que os homens?
- Porque elas têm pelo menos um lado positivo...
(E se forem da Duracell, duram, duram... mais de 30s... já descobri o que fazem as mulheres nas restantes 2h 59m 30s!)
- Porque são necessários milhões de espermatozóides para fertilizar um único óvulo?
- Porque os espermatozóides são masculinos, e machistas, e negam-se a perguntar o caminho.
(Não, não é isso. É que há um milhão de outros gajos como nós a querer passar-nos a perna. Assim, seja qual for o resultado, a responsabilidade é unicamente nossa!)
- Qual a semelhança entre os homens e os espermatozóides?
- Só se salva um em um milhão.
(Só espero ser esse um em milhão!)

quinta-feira, abril 09, 2009

segunda-feira, abril 06, 2009

Haverá alguma Autoridade para a Língua Portuguesa...


... que possa actuar sobre as traduções manhosas que por aí se fazem?

domingo, abril 05, 2009

Um país a saque


Os terrenos que foram libertados pela Expo 98 são o local de romagem dos pobres e dos remediados ao fim-de-semana, mas é também, e cada vez mais, o local de eleição dos novos-ricos para morarem.
Nesse local, as gentes da Rinchoa, Patameiras ou Apelação tinham a oportunidade de encontrar um espaço algo aprazível, aberto, arborizado, limpo e com vista para o rio. Aí, por umas horas, esquecem as sarjetas suburbanas em que o nosso poder central e local insistem em transformar os locais de residência da plebe.
Tinham, pois cada vez mais, não têm. O único sector económico verdadeiramente rentável deste país - o do betão e de tudo o que com ele se faz - encarregou-se de, paulatinamente, converter cada centímetro quadrado daqueles terrenos públicos em jóias de ostentação que disfarçam a miséria cada vez maior em que nos atolamos.
Este espaço de usufruto comum está a ser convertido para a posse exclusiva de uns poucos e onde, certamente, os suburbanos de Loures, Odivelas, Amadora e Sintra não serão bem-vindos.
Perante este espectáculo de usurpação, só me pergunto quem autorizou a construção dentro do rio para lhe perguntar se eu plebeu, pobre e sem padrinhos posso fazer o mesmo?

quinta-feira, abril 02, 2009

OGMs pela porta do cavalo só se permitirmos

Nesta fase da consulta qualquer um pode participar e dar a sua opinião sobre o que fazer. Por mim sou contra por muitas e boas razões, sendo a principal a que ninguém ainda conseguiu provar que são inócuos, mas outras há - não menos importantes - como o mau carácter nestas matérias demonstrado pela Monsanto, a empresa envolvida, e o facto de não querer ser cobaia de coisas de que ainda não se sabem todas as implicações.
A Plataforma Portuguesa por uma Agricultura Sustentável tem uma mensagem tipo contra este projecto e está disponível seguindo esta hiperligação. Esse mesmo modelo pode ser alterado pelos subscritores para tornarem a sua mensagem o mais pessoal que quiserem.
Quanto a mim isto é assunto muito sério e mal entendido na plenitude das suas consequências, mesmo pelos que participam no desenvolvimento destas tecnologias, digam eles o que disserem em contrário.
Alguém ainda se lembra da Talidomida?

sábado, março 21, 2009

Português moderno ou o novo acordo ortográfico?

Estas pérola são cada vez mais frequentes. A culpa não é só dos jornalistas, mas de uma sistema educativo há muito tempo doente e decrépito...

Imagem roubada de http://caoepulgas.blogspot.com/

quinta-feira, março 19, 2009

Sermão da Montanha ou Parábola do Professor

Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os dizendo:

- Em verdade vos digo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...

Pedro interrompeu:
-Temos que aprender isso de cor?

André disse:
- Temos que copiá-lo para o caderno?

Tiago perguntou:
- Vamos ter teste sobre isso?

Filipe lamentou-se:
- Não trouxe o papiro-diário.

Bartolomeu quis saber:
Temos de tirar apontamentos?

João levantou a mão:
- Posso ir à casa de banho?

Judas exclamou:
- Para que é que serve isto tudo?

Tomé inquietou-se:
- Há fórmulas, vamos resolver problemas?

Tadeu reclamou:
- Mas porque é que não nos dás a sebenta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus cretinos, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:
- Onde está a tua planificação?
- Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada?
- E a avaliação diagnóstica?
- E a avaliação institucional?
- Quais são as tuas expectativas de sucesso?
- Tendes para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?
- Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?
- Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?
- Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo? E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?
- Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes?
- Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?

Caifás, o pior de todos, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva.

... E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...

(Autor desconhecido)

domingo, março 15, 2009

Sermão Dominical

Precauções no uso do Viagra
Efeitos na condução de máquinas após a tomada do medicamento:
Não conduzir...



...(especialmente se for sobredotado)

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

A arte de roubar explicada por profissionais

Numa época em que todos clamam Crise! e quando jorram milhares de milhões que antes não existiam nem era possível criar, como agora se inventam, convém lembrar aos felizes receptadores desses balúrdios como os podem estoirar rápida, fácil e ineficazmente:
Construam-se rotundas nas dunas (depois de devidamente arrasadas), plantem nelas palmeiras, esqueçam-se de as regar e esperem que o mar as leve. Depois, quem sabe, alguém descobrirá que continuamos tão pobres, endividados e desacreditados como hoje estamos.


Rotunda com palmeiras secas entre barracas de lona e de alvenaria.
Quadro banal da West Coast of Europe (Costa da Caparica, Portugal).

sábado, janeiro 17, 2009

Novos adágios populares

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Sócrates, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.

3) Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem quatro anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em S. Bento, o povinho a penar.

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Sócrates quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Sócrates, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.

17) Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.

18) Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.

sábado, janeiro 03, 2009

Porque hoje é sábado...

... e a época ainda está para estas pieguices.

(Dedicado ao Prophet)

sexta-feira, janeiro 02, 2009

2009 - O Ano do Cogumelo


O primeiro dia útil do novo ano serve para o mesmo que todos os outros dias do ano, ou seja, para nada e deixar ficar tudo tal como está. Não servindo para nada, pode então desperdiçar-se como todos os outros em exercícios inúteis tais como a prospecção do futuro, tentando ver o que o amanhã nos reserva.
Postas as coisas nestes termos, fica muito mais fácil vaticinar o ano de 2009 - é que amanhã será em tudo igual a ontem.
Vamos mergulhar ainda mais na dita crise; vamos descobrir mais uns quantos escândalos de que ninguém sairá envergonhado e continuaremos alegremente, de evento em evento, a sustentar a clique que nos governa e os seus apaniguados.
Assim, e tal como os fungos estivais, teremos mais um ano de cogumelos prosperando no há muito apodrecido tecido social português.