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terça-feira, maio 04, 2010

Por que nunca votarei em Manuel Alegre...

... Porque não quero ser processado!

E faço notar que não me revejo nas posições trogloditas de Brandão Ferreira e similares!

quinta-feira, novembro 26, 2009

sexta-feira, setembro 05, 2008

Quantos são?

Decorre a recolha de assinaturas numa petição à Assembleia da República para se proceder à trasladação para Portugal dos soldados mortos durante a guerra em África.
Não a subscrevendo por este processo já se ter iniciado, ocorre-me lembrar que os soldados portugueses mortos nas Províncias Ultramarinas - ou no que se lhe quiser chamar - entre 1961 e 1975 foram os últimos de um incontável e desconhecido rol que teve o seu início em 1415.
As famílias destes últimos combatentes agradecerão o regresso dos restos dos seus, mas a sociedade não pode esquecer todos os que ao longo dos séculos pereceram ao serviço duma causa imperial, servidora de todos os interesses menos os dos que nelas morreram.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Porque é que os portugueses não têm mais filhos?


Sempre pensei que bastava as pessoas olharem para as suas vidas e para as dos seus vizinhos, para perceberem porque raios não têm mais filhos. Afinal é preciso haver programas de televisão, é preciso andarmos a discutir o acessório quando as razões estão à frente dos nossos olhos.

Quem não conhece casais que têm uma vida relativamente boa e quando existe uma gravidez, ela é rapidamente despachada para casa com um subsídio da Segurança Social, se tiver sorte?

Quem está disposto a abdicar da sua carreira e do seu trabalho, que também lhe garante o sustento, para ter filhos? Ser mãe ou pai deve ser um sacrifício pessoal e financeiro ou deve ser antes o glorificar da vida e da vida familiar?

Obviamente que muitos casais podem passar por um sacrifício, mas para a maioria isso é massacrar a família. O que deveria ser uma felicidade torna-se num pesadelo quando não há dinheiro para o leite, para roupa e se tem de recorrer a toda a família, aos amigos, vizinhos e instituições de caridade para mitigar as dificuldades. Uns dão as roupas dos primos, os sapatos do vizinho, a cama do conhecido…

Mas a vida duma criança não é apenas garantida pela satisfação das necessidades fisiológicas. Quando crescer os seus pais querem que tenha uma boa educação, uma boa saúde e acima de tudo que seja feliz. Para isso é necessário… dinheiro. E para que os pais o tenham é necessário que estes tenham um trabalho regular dignamente remunerado.

Contudo, hoje não há trabalhos remunerados regulares. A vida vive-se no fio da navalha. Ganha-se durante uns meses e é necessário poupar para os meses em que não haverá rendimento. As despesas, essas não desaparecem.

As crianças dos nossos subúrbios crescem sem estarem em contacto com os seus progenitores, pois estes têm de se desenvencilhar com dois ou mais trabalhos para fazer frente às necessidades da família. Muitos saem de casa às seis da manhã para chegarem às oito ou nove da noite a casa. Que tempo têm eles para dedicar aos seus rebentos?

As crianças frequentam escolas superlotadas dominadas por gangs enquanto os professores são vistos como parte da paisagem (pelo menos os mais afortunados). A função das escolas tende a ser vista cada vez mais como um depósito para ocupação dos jovens em vez terem a sua primordial e essencial função que é (para quem não sabe) ensinar e preparar os jovens para a vida.

Quando uma criança adoece não tem médico de família, os centros de saúde estão cheios e há que recorrer ao hospital onde se gasta, pelo menos, um dia à espera de ser atendido – mas é evidente que com uns meros 75 euros o médico privado também é uma solução, ao mesmo tempo que lá se vai o dinheiro reservado para o pagamento do gás e electricidade.


Não existem espaços de brincadeira, não há jardins, não há campos de jogos, não há pistas de bicicletas. As crianças entretêm-se em casa a ver televisão e a jogar.

As exigências da vida actual aos indivíduos e as dificuldades postas às famílias conduzem obviamente à limitação de nascimentos. Não, não é egoísmo das pessoas ou dos portugueses em geral. É ser realista. É querer dar aos filhos, no mínimo, o mesmo que se recebeu quando se era criança. É ter disponibilidade para os acompanhar e ajudar a formarem-se como pessoas. Quando existem condições sociais, de emprego, de estabilidade económica e financeira, de manutenção das aspirações das pessoas nas carreiras, os filhos surgem. Veja-se os casais de emigrantes portugueses em França ou na Suíça.

Não são os incentivos monetários, como se faz na Alemanha, que levam os casais a ter mais filhos. As mulheres hoje querem ter filhos sim, mas também querem estar integradas na sociedade e nos seus trabalhos e carreiras profissionais. Quando se dá um subsídio para a mulher ficar em casa para ter filhos isso é limitar-lhe a sua capacidade como cidadã e como pessoa. As mulheres são mais do que meras parideiras, já provaram e continuam a provar isso. É patética toda a pressão para que as mulheres voltem à “esfera do lar” pois essa configuração social já não faz sentido, pelo menos para a esmagadora maioria das mulheres (que representam cerca de 50% da população portuguesa). E não nos devemos esquecer que essa foi uma das conquistas do século XX em Portugal e as mulheres não vão abdicar dela.

Como nascerão mais portugueses? Cada um sabe o que pode e deve fazer.


domingo, outubro 28, 2007

sábado, agosto 18, 2007

Matrimónios


Uma Família Normal, o brilhante texto de João Rato, retirou-me do torpor mental em que me encontro e levou-me a escrever sobre um assunto de que há uns meses tenho vontade.
Tudo começou com uma declaração do inominável César das Neves por alturas da campanha para o referendo sobre a IVG – texto que entretanto não mais consegui referenciar.
Terá dito o referido professor de economia que por este andar qualquer dia também se ia permitir a poligamia, entre outras doutas considerações e exemplos do mesmo género. Para além de ficar a saber por dedução que na escala de valores do ilustre senhor o direito fundamental à vida fica atrás normas sociais como são as que regulam o matrimónio, tomei então consciência de que para muita gente o casamento só pode assumir uma forma: heterossexual monogâmico e vitalício.
Ora, se o casamento há muito tempo deixou de ser tido como uma instituição obrigatoriamente vitalícia, só agora se começa a questionar a faculdade de também poder ser entre pessoas do mesmo sexo, mas ainda são poucos os que avançam para a possibilidade de este não ter de ser necessariamente monogâmico. Contudo quando se pensa em não monogamia pensa-se que o seu inverso é a poligamia, ficando sempre de fora a eventualidade da poliandria e isto talvez por as duas primeiras serem as formas mais frequentes de relação matrimonial – a primeira mais do que a segunda, é certo.

Numa sociedade de pessoas verdadeiramente livres qualquer uma destas relações matrimoniais tem de ser aceitável, desde que prevaleça sempre o princípio da igualdade, da liberdade e do respeito mútuo entre as partes. Prevalecendo estes princípios, não é legítimo à sociedade negá-los a quem assim quiser viver.
A monogamia e a poligamia eram as formas mais fáceis de gerir a propriedade e a descendência em sociedades patriarcais; já a poliandria funcionava melhor em sociedades matriarcais. A poligamia e a poliandria, por seu lado, tinham a desvantagem de afastar do casamento os géneros excedentários, os quais eram quase sempre os mais desfavorecidos em termos económicos. Estas desvantagens não estavam presentes na monogamia, pois esta garantia a todos os géneros o acesso ao género contrário eliminando potenciais focos de inúmeros conflitos.
A vulgarização do divórcio nas sociedades monogâmicas e sequentes casamentos dos divorciados veio introduzir uma instabilidade na sociedade que as sociedades agro-pastoris não tinham, e esta nova sociedade acabou por lidar muito bem com a situação, ao contrário do que muitos dos que se opunham pensavam e prediziam.
O mesmo se passará quando se permitir a união de pessoas do mesmo sexo e quando se permitir a poligamia e a poliandria.
Já agora, e pela mesma lógica, porque não permitir policasamentos a quatro a cinco, envolvendo várias pessoas e não havendo só uma dum sexo e as outras do outro? Para este tipo de relações, e sem mais reflexão, o léxico começa a ser curto.
Sendo o casamento um contrato, esse contrato deverá explicitar bem as regras, podendo ser renegociado de comum acordo entre as partes. Trata-se duma burocratização duma vivência na dimensão em que sempre o foi, mas este tipo de relações também sempre existiram sem casamento, mas isto é levar a discussão para um outro plano.

quarta-feira, julho 25, 2007

“A função das mulheres é a procriação”


Esta frase imbecil de Rafaela Fernandes, deputada regional do PSD da Madeira, revela o mais profundo desrespeito para com as mulheres, e por ela própria se é que não se trata dum travesti.
A Senhora Deputada, para ser consequente com aquilo que diz, devia fazer o que declara que é ficar em casa a ter filhos e, já agora, a fazer o que as mulheres, tal como as entende, fazem: limpar o ranho e cocó da prole e coser as meias do marido amantíssimo (das outras). Dedique-se, pois, a ter filhos todos os anos. A Nação agradece.
Só não se entende porque estudou Direito? Isso é necessário para procriar? É que para redigir as leis bastam os acessores jurídicos do parlamento.
Aliás, o que faz esta senhora no Parlamento? Quererá legislar para criar a profissão de parideira, reformar-se do Parlamento Regional para depois se dedicar à tão nobre «função das mulheres»? Assim sendo louvar-se-á a sua abnegação em favor da causa feminina ao sacrificar, atrasando, a sua própria carreira de procriadora.
Poucas coisas há mais repugnantes que o fingimento dos que apregoam uma coisa e depois fazem exactamente o contrário dela. O pior é que geralmente estes espertalhaços desejam para os outros aquilo que não querem para si.
A ideia que se quer fazer crer de que os abortos só se fazem “lá fora” é outra forma de perfídia, pois toda a gente sabe que há sítios onde as mulheres o podem fazer “lá dentro”, dependendo a qualidade do serviço do dinheiro que tiverem para o pagar.
Mas a Senhora Deputada, e todos os que querem sofismar na busca de desculpas para a não aplicação da Lei, é hipócrita ao querer impor uma moral que ninguém leva a sério em nome de bons costumes que nunca existiram, nem existirão.

quinta-feira, junho 14, 2007

Eugenia política

Uns poucos, mas muito activos, têm-se manifestado nos últimos anos pela implantação da monarquia em Portugal, invocando para o efeito os mais desvairados argumentos que vão desde o ter sido esse o regime que mais tempo vigorou em Portugal, até – imagine-se – à alegação de ter sido posto fim à monarquia de forma ilegal. Propõem-se assim voltar ao poder pela via legal através dum referendo.
Ora, o referendo é a forma mais clara de demonstração da vontade do povo, desde que a pergunta seja bem feita (sem demagogias). Se os monárquicos querem um referendo, faça-se. Mas não venham dizer que à República falta legitimidade por ter sido imposta pela revolução. A presente legitimidade da República Portuguesa é igual à do Reino de Portugal em 3 de Outubro de 1910. A maior parte das alterações históricas que envolveram mudança dos detentores do poder careceram de legitimidade eleitoral ou democrática e foram impostas por grupos em defesa dos seus interesses contra outros interesses.
A monarquia é, hoje, uma forma arcaica de organizar o estado. Além disso, a monarquia ao pressupor o direito de uma pessoa a um privilégio e recusando-o a todas as outras é imoral. Mil e quinhentos anos de eugenia monárquica europeia, em vez de produzir estirpes de super-homens, produziu homens vulgares que a maior parte das vezes não passavam de gente medíocre. Na monarquia a deposição do chefe incompetente deixa sempre a sensação de golpe palaciano ou revolução; na república basta esperar pelo fim do seu mandato e depois eleger outro. Na monarquia a esmagadora maioria da população sabe que jamais ascenderá à chefia do estado; na república sempre poderá sonhar com isso.

Blografia:
O Blog das Causas
Somos Portugueses
Democracia Real

sábado, junho 02, 2007

Será que são assexuados?

O filme de animação de explicação da sexualidade a crianças transmitido ontem pela RTP2 encontrou a oposição dos mesmos de sempre: daqueles para quem a sexualidade é um crime, ou pior ainda um tabu que em caso algum pode ser discutido. Preferem por isso a ignorância, o obscurantismo e a duplicidade ao conhecimento da realidade, por muito desagradável que lhes seja (o que eu duvido).
Não me vou alargar mais sobre o tema porque sobre isso já há intervenções suficientemente claras e objectivas contra a hipocrisia desta gente:

Às mentes puras e corpinhos pudicos digo que é preferível um filme como este às Ginas das infâncias e adolescências de antigamente, e essas não fizeram mal a ninguém!

Imagem emprestada de O Quarto Segredo de Fátima

quarta-feira, abril 25, 2007

Surpresas do Statcounter


(Clique para ampliar)

sábado, abril 21, 2007

A Família e o Casamento



No Blasfémias existe um senhor chamado Pedro Arroja que difunde ideias peculiares acerca do relacionamento entre homens e mulheres e sobre o casamento que fazem parte dum sistema social que já não existe, se é que alguma vez existiu. Segundo o dito senhor existe um casamento católico e um casamento “protestante”. Ele, como não podia deixar, de ser defende a sua dama, mas não deixa de ter uma visão redutora da realidade.
Geralmente as pessoas tendem a considerar o “seu mundo” como o Mundo em si, no entanto cada vez mais existe comunicação entre vários sistemas sociais, várias realidades que coexistem no mesmo espaço e com mentalidades completamente diferentes.
No mundo ocidental é comum as pessoas pensarem a família conjugal substanciada na união dum homem e duma mulher coabitantes da mesma casa e cuja função seria a procriação. Os herdeiros e descendentes receberiam o nome familiar do homem que é quem detém a autoridade, masculina por definição.

De acordo com esta visão etnocêntrica, todos os modelos familiares diferentes do enunciado são catalogados como pertencentes a um mundo selvagem, arcaico, imoral e aberrações da norma. O que é “natural” é um pai, uma mãe e filhos que vivem numa casa. De acordo com Pedro Arroja cada um tem a sua função e autoridades diversas: o pai manda na mãe e nos filhos e a mãe tem autoridade pelo facto de o ser. Perceberam? Eu também não, mas se calhar falta-me um qualquer neurónio essencial.
Mas, voltando à família e ao casamento, e para ser o mais exacto possível, a família é algo de abstracto que pode tomar várias formas:
Na Índia as mulheres dos soldados, casadas, tinham os homens que desejavam pertencendo os seus filhos à linhagem materna, os bens eram geridos pelos homens da linhagem materna e os campos trabalhados por homens de casta inferior. Nos diversos casos de sociedades matrilineares a residência da família depende dos locais, em determinados casos são os homens que vão viver com as esposas e vice-versa. Na Costa do Marfim cada um dos cônjuges fica na casa de família e à noite o homem vai visitar uma das suas mulheres.
No Brasil certos índios podem casar com várias mulheres e os filhos são educados pelas diversas esposas mesmo inférteis.
Em África grupos de sudaneses e nigerianos possuem casamentos legais entre mulheres, uma comerciante rica pode casar com várias raparigas que se podem ligar a quem quiserem, os seus filhos pertencem à dita negociante. Os Navajo e Zuni possuem casamentos entre homens com repartição de tarefas.
Mas são os Nuer quem vai mais longe: a família é composta por um falecido, uma mulher e um marido substituto que geram os filhos mas que ficam com o nome do morto e continuam a sua descendência. Deste modo um homem pode casar em nome de vários parentes falecidos e os seus filhos biológicos fazem parte das genealogias dos falecidos.
No Tibete o filho mais velho casa com uma mulher e esta casa sucessivamente todos os anos com um dos irmãos do primeiro. Os filhos ficam com o nome do irmão mais velho e são-lhe atribuídos. A propriedade é gerida pela mulher e é herdada por todos os filhos
O que se pensa ser natural não existe nos modelos referenciados. A única coisa natural foi a relação física, a gestação, o parto e o aleitamento, porque hoje a primeira pode ser substituída pela inseminação artificial (ou divina – já se creu), o parto pode ser induzido e o aleitamento pode ser artificial. Falta a gestação artificial, à la Huxley. Tudo o resto é construído culturalmente, quer seja ou não com marcas religiosas.
Qual é o modelo mais “normal”?



sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O meu SIM

Independentemente da lei que vigorar e independentemente da opinião que cada um defenda relativamente ao abordo um facto é incontestável e insofismável: as mulheres vão continuar a abortar como sempre abortaram e isto malgrado as penalizações a que as possam sujeitar ou dos problemas éticos e morais com que tenham de se debater antes e depois do acto.

O que está em causa neste referendo é o permitir a estas mulheres abortarem em condições técnicas e higiénicas seguras sem terem de, para isso, se deslocarem ao estrangeiro se para tal tiverem meios financeiros.

Por isso votarei Sim no próximo dia 11 de Fevereiro.

terça-feira, novembro 07, 2006

O Aborto ou Interrupção Voluntária da Gravidez e a Defesa da Vida

Uma das questões mais fraccionárias da vida portuguesa relaciona-se com a aceitação ou não da prática do aborto e sua criminalização.
Há uns anos atrás a maioria dos portugueses preferiu ir à praia em vez de ir votar no referendo porque segundo as estatísticas a maioria esmagadora era o sim. Confiou-se nas estatísticas e hoje as mulheres estão a ser levadas a tribunal e condenadas pela prática do aborto. Para além disso, os médicos e enfermeiros são instigados à denuncia em determinados estabelecimentos hospitalares dando continuidade à velha mentalidade inquisitorial e pidesca.
Primeiro há que tomar como ponto de partida que:
Ninguém no seu perfeito juízo faz um aborto porque lhe apetece ou porque isso pode ser um método anti-conceptivo (ao contrário do que algumas mentes provavelmente do século XIX possam pensar).
Ninguém será obrigado a fazer um aborto.
Nenhum médico ou enfermeiro é ou será obrigado a fazer abortos caso a nova lei seja aprovada.

Agora tomemos a realidade portuguesa: Que condições são dadas às mulheres para terem filhos?
Muitas mulheres são despedidas assim que ficam grávidas.
Um ordenado é insuficiente para manter uma família.
Raros são os infantários para as crianças com idades anteriores aos 2 anos.
Os homens ou rapazes muitas vezes não querem compromissos.
Os casais antes de terem filhos tiveram de se endividar para terem um tecto, pelo menos.
Os casais não podem dispensar um ordenado quando as despesas aumentam.

Que condições há para acolher mulheres solteiras e os filhos indesejados?
Poucas mulheres podem ir para instituições que lhes dão apoio nos primeiros meses, mas rapidamente são deixadas à sua sorte.
As crianças podem ir para instituições do estado ou privadas como a Casa Pia e outras onde esperam infinitamente para serem adoptadas.
As crianças ficam à mercê de mentes perversas engrossando os inadaptados.
Quando integradas nas famílias, geralmente das mães, as crianças não beneficiam duma família calorosa pois representam mais uma boca a alimentar que não se sabe o que fazer.
Os casos de maus tratos das crianças indesejadas são uma enorme possibilidade.

Perante esta realidade como se pode condenar alguém que opte por praticar um aborto? Será preferível colocar mais uma criança no mundo?
Os defensores da vida dizem que sim, mas eu ainda não os vi adoptarem as crianças que precisam de família e estão encafuadas nas instituições. Quantas famílias com posses defensoras da vida resolveram dar a mesma oportunidade dos seus filhos a uma qualquer criança das instituições de apoio a crianças desprotegidas? Provavelmente se todas as famílias defensoras da vida adoptassem uma criança a Casa Pia e outras tais estavam vazias. Não seria bom? Por mim pode-se começar já hoje a adopção.
Bom, uma coisa são os seus filhos, outra completamente diferente são os filhos dos outros que têm direito a viver, mesmo que seja na mais profunda miséria (económica e/ou humana). Viver condignamente é um privilégio seu, claro! Ou não seria isso uma característica sua e elitista.