terça-feira, julho 17, 2007

Ibéria


Volta-se a malhar em ferro frio.

Que tipo de regime político propõe o laureado (e talvez também comendador) José Saramago para a sua Ibéria?
Uma monarquia ou uma república? - Se monarquia, de que casa? A de Bragança ou a de Borbón?
Uma confederação, federação ou estado centralizado?
Partiria os actuais países e territórios em subterritórios? - Como por exemplo, Leão de Castela ou desmembraria Portugal criando mini regiões como Entre-Douro-e-Minho, Trá-los-Montes ou Allgarve? Seria desta que se daria finalmente a independência à Madeira?
Criaria um estado comunista, socialista, liberal ou fascista?
Seria uma Ibéria ateia, católica, infiel, ou gentia?

A boca que o famoso escritor mandou justificaria respostas a tais perguntas. Mas se queria simplesmente publicidade haveria outras maneiras de o fazer com mais estrilho.
Se calhar espera ver as reacções para delas tecer o enredo do seu novo romance. Se assim for, vou querer parte dos direitos do seu novo livro.

1 comentário:

MARIA disse...

Caro Metralhinha,

Sair com o portátil é sempre convidativo à espreita e a "vossa arte" é uma tentação a que claramente, esta vossa amiga não resiste.
Outro excelente post. Parabéns.
Neste caso, tenho a minha teoria muito específica para explicar o "estado de Saramago".
Na vida quando ou pelo tempo, ou pelo que já provocaram em nós certas circunstâncias pessoais ou vivências. Ou porque é a réstea de afecto que os segura à vida e lhe dá calor e sentido, mesmo grandes individualidades renegam os seus ideiais para adoptarem as batalhas e os valores de quem amam e precisam.
Claro que sobretudo quando já se foi muito grande, custa ver assumir esta dimensão tão insignificante civicamente, uma pessoa a quem já nada dizem os seus pares e dos quais já não mais necessita.
Metralhinha, meu amigo, o homem casou-se, o Estado de que depende não se chama Iberia, mas ao que creio MERCEDES.
Continua grande Saramago, bem pensado. " Tolo", mas grande. Quem ama uma mulher mais que a um Estado, uma nação, tem pelo menos o grande coração de poeta...
Acho que niniguém deve ser Estado de ninguém, o amor complementa, não deve despersonalizar...
Xi... escrevi muito e até pareço em posse de estado... mas não.
Encantada, como sempre com as vossas reflexões , louvando o vosso modo de enfrentar a vida.
Beijinhos.( TB ao Flávio, ao Prophet e à Carlota J. )
Maria.