A liberdade de expressão é um direito fundamental da democracia.
É legítimo alguém que se sente atingido na sua honra procurar reparação nos tribunais já que são o local constitucionalmente destinado ao efeito, os quais até à última instância poderão dar razão a qualquer uma das partes.
Do que se apresenta em Do Portugal Profundo nada parece indiciar ter sido ultrapassado o limite entre o que é facto e invenção difamatória.
Um processo judicial em Portugal é sempre um pesadelo para as partes, principalmente para as social e economicamente mais fracas.
O nosso processo penal é kafkiano e mantém características que vêm desde a Idade Média e do Santo Ofício, pelo que as demandas se arrastam até à eternidade com inimagináveis custos pessoais e financeiros a ponto de quando um inocente é absolvido se encontrar em situação de não poder beneficiar do estatuto de inocência prévia ao início desse mesmo processo.
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Os inocentes vítimas dos códigos de processos judiciais portugueses, para além da honra perdida, ficam sem os bens materiais que foram arrestados, confiscados ou apreendidos e que entretanto lhes não são devolvidos ou quando o são perderam valor por danificados, desvalorizados ou não rentabilizados. A tudo isto somam-se as despesas tidas com a representação legal e a produção de prova das quais não são ressarcidos nem pelo Estado nem pelas partes vencidas no processo.
Um processo deste género em Portugal – sendo algo de legítimo e um direito que assiste ao cidadão – é frequentemente usado como um instrumento de agressão à outra parte, e é isto que urge evitar a bem da democracia e do Estado de Direito.
Um processo deste género em Portugal – sendo algo de legítimo e um direito que assiste ao cidadão – é frequentemente usado como um instrumento de agressão à outra parte, e é isto que urge evitar a bem da democracia e do Estado de Direito.
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