O Presidente da República vetou a nova lei orgânica da GNR por falta de entendimento alargado entre os partidos, porque cria o posto de general de segunda (ou de politécnico) e porque não define as relações entre a Guarda e a Marinha, podendo haver sobreposições de tarefas e missões.
Nos argumentos invocados nada se refere ao excessivo número de generais que a Guarda passaria a ter com a nova lei.
Não se sabe quantos generais tem hoje a guarda, mas são de certeza demasiados para os efectivos que a compõem. Uma força com pouco mais de vinte mil homens, o equivalente a uma grande divisão ou a duas pequenas, tem generais para comandar um corpo de exército. Estes generais que vão cumprir umas comissõezitas na guarda são os excedentes daquilo a que pomposamente se chama de Exército Português; um exército cujo efectivo total não chega para formar três pequenas divisões, mas que tem generais suficientes para um grupo de exércitos.
Nos argumentos invocados nada se refere ao excessivo número de generais que a Guarda passaria a ter com a nova lei.
Não se sabe quantos generais tem hoje a guarda, mas são de certeza demasiados para os efectivos que a compõem. Uma força com pouco mais de vinte mil homens, o equivalente a uma grande divisão ou a duas pequenas, tem generais para comandar um corpo de exército. Estes generais que vão cumprir umas comissõezitas na guarda são os excedentes daquilo a que pomposamente se chama de Exército Português; um exército cujo efectivo total não chega para formar três pequenas divisões, mas que tem generais suficientes para um grupo de exércitos.
Adenda (1-9-2007).
O Blogador colocou como comentário neste texto os números que em baixo se transcrevem. Por ser informação muito relevante coloco-os aqui.
Efectivos em 2006:
Exército – 22.000
Marinha – 10.500
Força Aérea – 7.500
GNR – 26.000
PSP – 22.000
Curiosamente, o exército tem 63 generais e a GNR 11. Mas a questão central é que o n.º de oficiais superiores e generais não pára de aumentar, enquanto se reduz o n.º de sargentos e praças. Caminha-se para uma organização do tipo pirâmide invertida.
7 comentários:
Hoje é o Blogday.
Como manda a tradição vou recomendar 5 blogues e era só para dizer que um deles é o teu.
Porque estou eu a dizer isto?
Bem... porque mandam as regras (http://www.blogday.org/?page_id=7) (deveria ser enviado para o email mas não o encontrei.)
Saudações Gotinianas
http://blogotinha.blogspot.com/2007/08/3-blog-day.html
Efectivos em 2006:
Exército – 22.000
Marinha – 10.500
Força Aérea – 7.500
GNR – 26.000
PSP – 22.000
Curiosamente, o exército tem 63 generais e a GNR 11. Mas a questão central é que o n.º de oficiais superiores e generais não pára de aumentar, enquanto se reduz o n.º de sargentos e praças. Caminha-se para uma organização do tipo pirâmide invertida.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?
id=219276&idselect=181&idCanal=181&p=0
http://www.correiomanha.pt/pda/noticia.aspx?id=255264&idselect=181&idCanal=181&p=0
http://www.correiodamanha.pt/noticiaImprimir.asp?idCanal=19&id=112789
"um exército cujo efectivo total não chega para formar três pequenas divisões, mas que tem generais suficientes para um grupo de exércitos."
Absolutamente pertinente a sua observação. Acontece que não é o exército que é pequeno (na realidade Portugal tem uma das mais elevadas despesas com a Defesa, relativamente ao PIB
no âmbito da OCDE) os generais é que são absurdamente demais.
Mas ninguém fala no assunto.
A notícia de hoje do Expresso comentando que há dois tenente-generais a mais em 3 na GNR não vai além disso.
Obrigado Gotinha, em nome da casa agradeço a lembrança, nem que seja pelo nome.
Rui salvador,
também vi esses dados há tempos, salvo erro na edição de papel do jornal, mas agora deu-me a moleza e não fui à procura. Tinha a noção do ridículo dos números que agora aqui divulga, facto que agradeço e que ponho como adenda ao meu texto.
Só lamento não me ter enganado muito na ordem de grandezas, o que revelaria não estarmos tão na fossa como estamos.
Rui Fonseca,
O Exército é pequeno, mesmo que esses números equivalessem a capacidade de combate, o que de facto não equivalem. Mal conseguimos formar uma companhia para enviar para o estrangeiro, quanto mais sustentar sozinhos uma campanha contra quem quer que seja.
Isto não invalida que temos oficiais generais a mais para os efectivos que temos nos 3 (ou 4) ramos das FA.
Cá para mim a carreira devia começar para todos em general - nem que fosse só um ou dois dias - depois iam descendo até chegar a soldado raso! Se assim fosse teríamos uma organização militar mais barata e invencível!
abraço
Enviar um comentário