A berraria que vai aí pela blogosfera com alguns ecos nos media tradicionais por causa da destruição duns pés de milho por uns vadios, faz esquecer o que verdadeiramente se devia estar a debater e que, muito convenientemente, tem sido calado.
Trata-se de saber se os organismos geneticamente modificados (OGM) são seguros. Mas ainda mais importante do que isso é saber os OGM são inócuos para o meio ambiente: tanto para o homem como para toda a biodiversidade que tem de ser preservada como património do mundo que é.
O debate ainda não começou nem há vontade política para o fazer. Trata-se duma questão de cariz científico e grande parte do povo português é por demais ignorante a para entender, presume-se. Mas também é verdade que a comunidade científica, lerda que é na sua interacção com a sociedade, pouco se dá ao trabalho de divulgar a matéria. A imprensa e as televisões pouco ou nada têm feito sobre estes assuntos, divulgando-os a maior parte das vezes entre futebóis e telenovelas da vida real, como o folclore algarvio de há dias (o documentário recentemente passado na SIC-N, é uma excepção que confirma a regra).
Tenho uma opinião muito céptica em relação à benignidade dos OGM e desconfio muito da bondade das empresas que os produzem, pois são as mesmas que com os mesmos argumentos, no passado venderam o DDT, o Agente Laranja e outras soluções milagrosas para a fome e todos os males do mundo com os resultados hoje sobejamente conhecidos. Portanto, tudo o que daí vier tem de ser encarado com muita cautela e só com uma certeza: elas estão aí para fazer muito dinheiro sem olhar a meios.
As garantias dadas pelos cientistas a soldo dessas empresas valem o que vale a palavra dum vendedor de time-sharing; falam pelo dono e só querem o cheque ao final do mês, pois têm família para alimentar. O bom cientista, nunca dará garantias, ou só dará aquelas que o estado da arte permitir na altura. A ciência não é estática, evolui e o que num momento parece certo noutro poderá ser isso e mais alguma coisa ou até já não o poderá ser. Se se quiser uma analogia, tome-se a indústria farmacêutica que, com regularidade, 20 ou 30 anos depois de lançar um produto é forçada a retirá-lo do mercado quando se descobrem novos e nocivos efeitos secundários. Agora imagine-se acontecer isso com um OGM que entretanto já contaminou um ou vários ecossistemas; imagine-se que a longo prazo poderá afectar a saúde dos homens e dos animais de que este se alimenta; veja-se o caso da BSE (vacas loucas).
Trata-se de saber se os organismos geneticamente modificados (OGM) são seguros. Mas ainda mais importante do que isso é saber os OGM são inócuos para o meio ambiente: tanto para o homem como para toda a biodiversidade que tem de ser preservada como património do mundo que é.
O debate ainda não começou nem há vontade política para o fazer. Trata-se duma questão de cariz científico e grande parte do povo português é por demais ignorante a para entender, presume-se. Mas também é verdade que a comunidade científica, lerda que é na sua interacção com a sociedade, pouco se dá ao trabalho de divulgar a matéria. A imprensa e as televisões pouco ou nada têm feito sobre estes assuntos, divulgando-os a maior parte das vezes entre futebóis e telenovelas da vida real, como o folclore algarvio de há dias (o documentário recentemente passado na SIC-N, é uma excepção que confirma a regra).
Tenho uma opinião muito céptica em relação à benignidade dos OGM e desconfio muito da bondade das empresas que os produzem, pois são as mesmas que com os mesmos argumentos, no passado venderam o DDT, o Agente Laranja e outras soluções milagrosas para a fome e todos os males do mundo com os resultados hoje sobejamente conhecidos. Portanto, tudo o que daí vier tem de ser encarado com muita cautela e só com uma certeza: elas estão aí para fazer muito dinheiro sem olhar a meios.
As garantias dadas pelos cientistas a soldo dessas empresas valem o que vale a palavra dum vendedor de time-sharing; falam pelo dono e só querem o cheque ao final do mês, pois têm família para alimentar. O bom cientista, nunca dará garantias, ou só dará aquelas que o estado da arte permitir na altura. A ciência não é estática, evolui e o que num momento parece certo noutro poderá ser isso e mais alguma coisa ou até já não o poderá ser. Se se quiser uma analogia, tome-se a indústria farmacêutica que, com regularidade, 20 ou 30 anos depois de lançar um produto é forçada a retirá-lo do mercado quando se descobrem novos e nocivos efeitos secundários. Agora imagine-se acontecer isso com um OGM que entretanto já contaminou um ou vários ecossistemas; imagine-se que a longo prazo poderá afectar a saúde dos homens e dos animais de que este se alimenta; veja-se o caso da BSE (vacas loucas).
3 comentários:
Pois Metralhinha não se sabe ainda bem que "coisa" será essa de um OGM. Poderá acontecer que uma vez devidamente conhecido se alterem posições quanto ao valor comercial da palha destruída...
Por outro lado, se calhar, não havia necessidade de ser daquela maneira ... digo eu...
Bjs
Parece que deram um prejuízo de 4000 euros! O ministro da agricultura patéticamente até visitou o local! Então e não visitou minha vinha apanhada pelo incêndios florestais - ela que de floresta não tem nada - e que dava mais de 4000 litros de vinho palhete?
Pois é João, e ainda por cima essa vinha também paga a sua taxa à Monsanto. Não é Justo!
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