terça-feira, março 13, 2007

Reciprocidade

Angola – usando do principio da reciprocidade – proibiu a condução de viaturas automóveis por detentores de cartas portuguesas.
A medida até podia ser gravosa para incautos portugueses caso Angola não fosse um dos países do mundo onde é mais fácil e barato comprar uma carta de condução... de qualquer nacionalidade.

domingo, março 11, 2007

Num Domingo Ensolarado com o Carro do Patrão

Domingo, 11 de Março de 2007, c. 15:30
Um dia de muito sol e calor.
Uma viatura da Gebalis (Gestão de bairros Municipais de Lisboa, EM) com o que parece ser uma prancha de surf no acesso à portagem da Ponte 25 de Abril.

Parece que os problemas da empresa ainda não afetam o uso das viaturas.


(Clique na imagem para ampliar)

Os Pequenos-Grandes Poderes

Visitando a página do Gato Fedorento encontrei uma referência ao que se designou de “pequenos poderes” que levantou uma certa celeuma na blogosfera. Estes pequenos poderes, que podem não ser tão pequenos como isso, são assim chamados pela mesquinhez, maldade e tacanhez de mentalidade, contudo pela capacidade de destruição de tudo o que lhe possa fazer concorrência podem assumir proporções alarmantes.
Alguém me perguntou um dia o que fazer para travar isto? Entrar em conflito, juntarmo-nos a eles (já que os não podemos vencer)? A minha resposta foi continuar com a nossa vida e com o que pensamos ser o correcto. Foi o que me ocorreu, pois não vejo a vida como uma constante guerra com todos ou uma competição com tudo, nem me passa pela cabeça juntar-me aquilo que não valorizo: mediocridade, falsidade, chico-espertice, falta de respeito pelos outros...


Estes pequenos poderes estão em todo o lado e geralmente têm capacidade para nos destruir a vida ou pelo menos para nos cortar as pernas. Não, não estou a falar em teorias da conspiração, antes estivesse.


Vejamos um caso concreto:
Há uns anos estando no desemprego, depois de ter sido preterido mais uma vez em concursos públicos por pessoas com cunhas e depois de concorrer a todos os anúncios e pedidos de colaboradores que vi (apenas fui a duas entrevistas sem consequência, os outros nem responderam) encontrei um amigo que se ofereceu para me ajudar. Eu aceitei, estava desesperado e tinha a casa para pagar.
A solução era substituir esse meu amigo num período curto de tempo em parte das suas funções, contudo as intenções desse meu amigo eram que eu e a pessoa que vivia comigo integrássemos o que se chama uma associação secreta que não é tão secreta como isso. A associação tinha um preço e isso traduzia-se na aceitação de determinadas regras.
Nós (casal) falamos sobre isso e resolvemos que esse não era o nosso caminho. Continuei a substituir o dito amigo e “miraculosamente” à pessoa que vivia comigo também surgiu uma resposta positiva numa das várias tentativas de arranjar emprego. As finanças melhoraram e isso possibilitou-nos assumir mais uns quantos encargos e até avançar para o casamento, oficializando a nossa relação. Contudo, continuámos a seguir a nossa consciência e não casámos pela Igreja. As consequências não se fizeram esperar: a minha colaboração chegou ao fim e o contrato da pessoa com quem vivia também. Voltámos à estaca zero.
Moral da história: ou se faz o que nos mandam ou não temos direito a nada.
Quem disse que a História não se repete?

sexta-feira, março 09, 2007

Vale a pena ler ...


Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.
Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.
Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.
Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.
Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.
Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.
Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.
A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães.
Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim porque uma tipa vestida de branco apareceu a flutuar por cima de uma azinheira e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos e mais tarde em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.
Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.
E o Cavaco?
O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo.
FIM
(Autor desconhecido)

Televendas – uma profissão com futuro

Depois de duas horas de intensíssima formação, onde foram ensinadas as mais recentes técnicas de venda telefónica e adestradas todas as especificações técnicas do produto a vender – amplamente documentadas em cinco molhos de fotocópias de fotocópias – os candidatos a televendedores são submetidos a um exame das competências que tão destramente ministradas foram por uma experimentadíssima profissional do ramo.
Na prova que determinará a admissão ao almejado estágio de quinze dias dos candidatos à nobre profissão de telefonar para casas particulares naquele preciso momento de introspecção em que todos aproveitam para enviar um fax para a Tunísia ou então à hora em que o caldo está no lume a aquecer e as crianças berram, pulam e esperneiam gastando as suas últimas energias e as réstias de paciência dos adultos, a examinadora, a mesma criatura recém-saída da puberdade que provera tão expedito curso, faz o papel da incauta vítima a quem se vai impingir a banha da cobra, enquanto que o candidato se esmera para demonstrar como é bom na arte de vender pentes a carecas nos cinco segundos que a maioria dos contactados reais leva para fazer uma alusão à conduta sexual duvidosa da mãe do vendedor antes de desligar o telefone.
Detentora de dilatadíssima experiência, possuidora de ambição tão arrogante quanto a pedantice que a falta de bom chá na infância faculta, a examinadora dá largas à alarvidade ao condenar um candidato por não usar a sacrossanta expressão «Senhora Dona» no seu fictício discurso de vendedor, usando em vez disso a elementar mas insidiosa locução «Senhora».
De imediato emerge a prepotência longamente reprimida perante os superiores hierárquicos, seus arquétipos comportamentais, e instantaneamente o pobre candidato se vê chumbado e afastado da possibilidade de auferir o ordenado de consultor de empresa pública que lhe estava garantido caso a prova fosse bem sucedida: 3 €/h líquidos (três euros líquidos à hora, cerca de 600$00) mais 2.68 € de subsídio de almoço que não pode ultrapassar os 15m/d (quinze minutos por dia).
Embora não pareça, esta história é na sua essência verdadeira e há quem trabalhe em Portugal por este valor. Um valor que nem o maior negreiro defensor do salve-se quem puder tem a ousadia de oferecer à sua mulher-a-dias.

quinta-feira, março 08, 2007

Neste dia da Mulher


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas lutam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se contra a injustiça.
Elas não levam “não” como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem sapatos novos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e alegram-se quando suas crianças ganham prémios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversário ou um novo casamento.

Pablo Neruda

Hoje é o dia da mulher...


... a minha homenagem a todas


quarta-feira, março 07, 2007

segunda-feira, março 05, 2007

A nova exposição temporária do Museu Nacional de Arte Antiga















Os retábulos de altar e as imagens devocionais (pinturas, esculturas e relevos) que esta exposição apresenta foram seleccionados da colecção de arte medieval do Museu Nacional de Varsóvia.

A selecção de peças é bem demonstrativa da evolução das principais expressões criativas e das declinações formais da arte gótica num vasto espaço territorial centro-europeu, surpreendendo não só pela escala e magnificência visual de muitas das imagens, como também pela complexidade dos seus referentes plásticos face a modelos e centros polarizadores (Itália e Flandres) da arte ocidental europeia durante a Baixa Idade Média.

A cronologia, a iconografia, o uso ou a função das imagens, ainda que referenciais, não estruturam matricialmente a narrativa da exposição. A optimização das condições de visibilidade de duas disciplinas artísticas distintas, da pintura e da escultura, foi também considerada na organização de dois percursos que pontualmente se entrecruzam.
Ficam aqui alguns exemplos, para aguçar o apetite. Imperdível.











sábado, março 03, 2007

O Culto da Arte em Portugal

Estou a deliciar-me com a leitura de uma obra recentemente adquirida e intitulada o Culto da Arte em Portugal.
Saída da pena de Ramalho Ortigão e com um cheirinho a "Farpas", faz uma análise crítica do panorama cultural do Portugal de finais do século XIX. Dirigida pelo autor à Comissão dos Monumentos Nacionais, traça um retrato, nada abonatório dos monumentos portugueses, dos restauros a que são sujeitos, da anarquia estética e da decadência cultural em geral. Não fosse a data de publicação quase diríamos que tinha saído do prelo recentemente, tal é a actualidade da mesma.

Escreve Ramalho Ortigão:

"A autoridade, incerta, vagamente definida, a quem tem sido confiada a conservação e a guarda da nossa arquitectura monumental, procede com esse enfermo, de quem se incumbiu de ser o enfermeiro, por dois métodos diferentes: umas vezes deixa-o morrer; outras vezes, para que ele mesmo não tome essa resolução lamentável, assassina-o."

E ainda...

"A decapitação oficial da nossa educação artística manifesta-se ainda de mais perto, acotovelando-nos e contundindo-nos por toda a parte, no aspecto do povo, na estética das cidades, na aparência dos prédios, na decoração das praças, das avenidas, dos cemitérios, dos jardins públicos..."

Originalmente publicada em 1896, teve uma reimpressão, não datada, próxima da morte do autor (1915). Recentemente foi editada pela Editora Esfera do Caos. Uma boa leitura a fazer lembrar que a Arte de Roubar não é só de agora...

O que valem os portugueses?



As reformas constantes do nosso país já não são uma novidade: as moscas mudam... e os portugueses são quem fica a perder.
As mudanças constantes e as vagas reformistas do ensino traduziram-se naquilo que se sabe da qualificação dos alunos à saída da escola e agora no descrédito dos professores. Hoje é possível um pai classificar o professor do seu filho, amanhã se calhar os doentes poderão fazer o mesmo em relação aos médicos e os acusados na Justiça dar notas ao juiz: positiva se saírem em liberdade ou negativa se os condenar.
A política de saúde também é modelar neste aspecto. Fecham-se sistematicamente valências hospitalares, SAPs e maternidades, pois não têm “condições de segurança”, seja lá o que isso for. Como resultado as portuguesas têm de ir para Espanha para ter as suas crianças, mais ainda os portugueses dirigem-se para o estrangeiro para poderem ser seguidos pelos seus médicos.
Os alentejanos, por exemplo, deveriam ser considerados uma “raça” em extinção, pois nascendo em solo espanhol facilmente poderão pedir a cidadania espanhola, o que já deve ter ocorrido a muitos. A alternativa é sujeitarem-se a ter as crianças na ambulância, o que acontece há décadas em regiões do Baixo Alentejo, onde parece haver um bombeiro “formado” em partos na estrada – provavelmente estes partos ocorrem com as tais “condições de segurança” necessárias!Mas o que é mais interessante é fecharem-se valências hospitalares do Estado alegando não haver possibilidade de as manter e, logo a seguir, surgirem projectos de hospitais privados, onde essas mesmas valências vão existir. Veja-se o caso de Mirandela. Então se é público não se justifica a existência de maternidade e se for privado já se justifica e até é rentável?

sexta-feira, março 02, 2007

Manif x OPA - Castro x Portas

Perante o dilema de fazer o frete ao Capital ou ao Trabalho a RTP optou pelo Capital.
Por outro lado, continua a fazer fretes a qualquer um que queira tempo de antena gratuito em horário nobre.
Ontem Paulo Portas, hoje Ribeiro e Castro. Gostaria de saber se é isto que se aprende nas faculdades de jornalismo deste país?

terça-feira, fevereiro 27, 2007

É normal...

No futuro... pedintes

Com a aplicação do factor de sustentabilidade e a alteração à fórmula de cálculo das reformas os trabalhadores mais novos ao se aposentarem vão perder mais de metade do valor da prestação mensal por velhice, de acordo com um estudo do economista Eugénio Rosa.

Perante notícias frequentes como esta o que deve pensar o actual contribuinte da Segurança Social?

Continuará ele a acreditar na solidariedade intergeracional quando as gerações que beneficiam e ainda beneficiarão deste sistema se estão marimbando com os vindouros?

Não terá chegado a altura de acabar com a Segurança Social e dizer desenrasquem-se por vós próprios?

Só mais uma pergunta:
Quantos trabalhadores com salário mínimo são necessários para pagar uma reforma de general, conselheiro, político, gestor público ou de qualquer outro nababo?

No futuro restar-nos-á a caridadezinha cristã tão ao gosto dos ditos liberais de hoje.

sábado, fevereiro 24, 2007

Isto é que é um verdadeiro artista...


Em entrevista ao Expresso (24 de Fev.) o grande Alberto João afirma que «Em qualquer país normal, Sócrates estava no olho da rua». As palavras do grande sábio dão que pensar! Mas, uma questão logo se impõe. Então e num país normal e a sério, onde estaria Alberto João?
Continuando na sua douta análise à política nacional afirma o presidente demissionário do Governo Regional da Madeira que "Sócrates não passa de um tigre de papel”! Cá está a resposta à dúvida anterior! Porventura num país normal Alberto João Jardim não passaria de um grande artista...de circo.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A Arte está a refinar-se...

Estamos a mudar... quem sabe se para pior (o que é difícil)!

Vamos a ver se desta vamos além duma operação de estética.

domingo, fevereiro 11, 2007

... e os próximos referendos são:

Tratado de União Europeia
e
Regionalização

... se os nossos políticos tiverem a coragem de deixar o povo decidir, o que eu sinceramente duvido.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O meu SIM

Independentemente da lei que vigorar e independentemente da opinião que cada um defenda relativamente ao abordo um facto é incontestável e insofismável: as mulheres vão continuar a abortar como sempre abortaram e isto malgrado as penalizações a que as possam sujeitar ou dos problemas éticos e morais com que tenham de se debater antes e depois do acto.

O que está em causa neste referendo é o permitir a estas mulheres abortarem em condições técnicas e higiénicas seguras sem terem de, para isso, se deslocarem ao estrangeiro se para tal tiverem meios financeiros.

Por isso votarei Sim no próximo dia 11 de Fevereiro.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

sexta-feira, janeiro 05, 2007

RTP - Memória

A Marta do Corta Fitas trouxe-me à memória velhas séries de televisão que marcaram a infância de milhares de crianças numa época em que não havia grandes divertimentos para além de andar a caçar pássaros e a apanhar ninhos. Obrigado!

Confesso que gostaria de voltar a ver essas séries. Muito provavelmente desfazer-se-ia muito do meu imaginário, tal como aconteceu com o Espaço 1999 recentemente revisto graças à SIC-Radical e à edição em DVD.
O local ideal para rever essas séries, na minha modesta opinião de financiador compelido da RTP através da conta da electricidade, é a RTP-Memória, aquele canal que ninguém vê por insistir em passar o pontapé na bola e o mergulho no pelado do Ano da Graça de 1890.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

sábado, dezembro 30, 2006

A Toca do Túlio

Dá-se aqui as boas vindas a mais um blog que promete pôr-nos a pensar.
Felicidades

sábado, dezembro 23, 2006

Da cevada para as bestas aos carros com motorista

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, aposta na centralização do parque automóvel para reduzir os gastos a partir de 2007. A manutenção dos 28 167 automóveis do Estado custa aos cofres públicos 67,4 milhões de euros por ano.
E por isto o governo prepara-se para entregar à central de compras do Estado a gestão da frota.

Uma solução verdadeiramente eficaz seria reduzir a frota automóvel do Estado ao mínimo dos mínimos, acabando com estas formas de representação do poder absolutamente medievais.

Se o contínuo dum serviço público tem de ir pelos seus próprios meios para o trabalho...
E já agora, que dizer dos oficiais das forças armadas, GNR, PSP, etc. com carro e motorista?
E que fazer quando os carros oficiais são usados para fins particulares?

Em relação a isto está-se numa situação caricata que vem dos tempos medievais em que os cavaleiros da Casa Real tinham direito a uma diária de ração para as bestas sobre as quais se deviam pavonear. O que se passa hoje com os carros e motoristas é um remanescente deste espírito peneirento e socialmente elitista. É a forma de muitos alguéns se mostrarem importantes e, como tal, merecedores do respeito e da reverência daqueles que os sustentam. Só que, se assim obtêm conforto e ganho finaceiro, em tudo o resto só atraem o desprezo e a chacota dos seus concidadãos.
O Estado tem de ter a coragem de acabar com estas prebendas, pois em vez de o prestigiarem são motivo de escárnio e reveladoras do nosso atraso cultural.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Tenha-se Piedade...

É óbvio que este logotipo foi feito por um gabinete de comunicação e imagem que ponderou todas as leituras que a nova imagem pode transmitir.

Também é óbvio que alguém na Casa Pia se pronunciou favoravelmente ao desenho final.

Se me tivessem pedido a opinião teria sugerido uma cor diferente, talvez fúcsia... não?

sábado, dezembro 16, 2006

Já não basta ser um número...

A privacidade a a par da liberdade individual e colectiva nas sociedades ocidentais foi a maior baixa do 11 de Setembro. De lá para cá temos assistido a coisas impensáveis em sociedades que julgávamos democráticas, regidas pela Lei e por princípios morais construídos ao longo de, pelo menos, 2500 anos de civilização. Hoje em nome da segurança e do combate ao terrorismo temos sido roubados muitos valores que tínhamos por adquiridos.
Mas... é que nem por isso estamos mais seguros, senão veja-se o que agora se diz sobre os novos passaportes cujos meios de segurança apresentam falhas graves.

Disto depreende-se que:
1. Alguém andou a vender gato por lebre, ganhando uns cobres à conta dos contribuintes
2. Afinal a minha família e parentela ainda não é desta que vai para o desemprego.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Esfera privada

Günther Verheugen, vice do Presidente da Comissão Europeia, foi visto - e fotografado - nu na companhia duma sua subalterna na Comissão, noticia Times Online.
O pior da moralidade americana e do voyeurismo britânico começa a aparecer na imprensa europeia, violando claramente o direito à privacidade das pessoas, nomeadamente das figuras públicas.
Isto não deveria ser notícia em parte alguma do mundo. Trata-se de algo estritamente privado, envolvendo adultos agindo livremente.
Tal só deveria e bem ser notícia se existisse alguma violação das obrigações oficiais ou legais dos envolvidos, o que de acordo com a notícia não parece ser o caso.
Assim trata-se de baixeza pura de que os jornalistas são cúmplices.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Causa Nossa

Vital Moreira no Causa Nossa acha que todo o estacionamento deve ser pago, pois o facto de se ter carro não dá direito à ocupação da via pública.

Também acho, mas não só o estacionamento deveria ser pago. O uso de qualquer estrada, rua ou caminho público também deveria estar sujeito a pagamento.
Aliás, todos os utilizadores do Público, além de pagarem impostos, deveriam pagar tudo o que é... público, desde o ar que respiram até à calçada que pisam quando põem o pé fora de casa.
Só assim se atingirá a justiça plena segundo o princípio do utilizador pagador.

terça-feira, novembro 28, 2006

Sá Carneiro - será desta?

Numa entrevista à revista Focus, a publicar quarta-feira, José Esteves assume ser o autor de um engenho que fez explodir a aeronave Cessna onde seguiam o então primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, a sua mulher Snu Abecassis, o chefe de gabinete António Patrício Gouveia, e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, assim como os dois pilotos do aparelho, a 4 de Dezembro de 1980.

Será que é desta que temos o epílogo desta telenovela?
Será que saberemos quem foi o mandante?
(a mesma pergunta mas no plural)
Será que tudo isto não está já prescrito ou temos pela frente mais uma batalha judicial?

Aguarda-se as cenas dos próximos capítulos.

sábado, novembro 25, 2006

Iluminações Natalícias

Chegada esta altura do ano não faltam por todo o lado as iluminações decorativas alusivas ao Natal, essa festa religiosa que celebra o nascimento do Messias no sítio mais pobre e desprovido que podia ter havido, festa que hoje está transformada num mercado de futilidades.
As iluminações natalícias estão dentro deste último espírito.
Até aqui nada a opor. Cada um festeja o seu deus como acha que ele gostaria de ser festejado. Só me custa que me peçam para poupar energia quando os órgãos municipais e de estado a esbanjam.
Querem que eu desligue completamente da corrente eléctrica as televisões, rádios, leitores de discos, computadores, etc.; pedem-me para ser contido nos gastos com aquecimento e refrigeração; querem que ande de transportes públicos em vez de no meu carro, mesmo quando esses são completamente ineficientes. Tudo para poupar energia e reduzir as emissões nacionais de CO2, ambas com custos financeiros muito elevados.
O Estado e municípios que se preocupam, e bem, com esses custos permitem estes desperdícios que agravam muito mais os problemas do que o consumo energético de vários milhões de portugueses ao longo de vários meses.
Sejamos consistentes que com o apregoamos e deixemo-nos de tretas.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Que há de novo debaixo do Sol?

O Benfica perdeu.
O Porto e o Sporting ganharam.
Tom Cruise e Katie Holmes casaram.

Para além disso, que há de novo debaixo do Sol?

É que por momentos a minha atenção foi roubada...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Guerra de libertação


«Uma mulher israelita morreu e outra pessoa ficou ferida, esta quarta-feira, na sequência do lançamento de dois ‘rockets’ disparados desde a Faixa de Gaza sobre a localidade de Sderot, no sul de Israel, anunciaram fontes médicas.» CM – 15-11-2006 (ed. electrónica)

- Agora vou ver o que se diz disto nos sítios do costume.

terça-feira, novembro 14, 2006

SINFONIA OPUS ZERO

A SINFONIA OPUS ZERO é a mais nova descoberta desde o Código DaVinci. Vale a pena dar uma vista de olhos e, quem sabe ver se as inscrições ainda estão abertas.

sábado, novembro 11, 2006

11-11-1918

À 11ª hora do 11º dia do 11º mês iniciou-se o cessar-fogo que pôs fim à I Grande Guerra Mundial.
Uma data duma guerra hoje esquecida entre nós e da qual já não haverão sobreviventes.
Nela participaram soldados portugueses mal treinados, mal equipados e mal comandados.
Muitos ficaram estropiados, mais gazeados, muitos outros morreram gloriosamente como tordos em dia de abertura de caça.


Em sua memória e para que outros não lhes sigam os passos.
Descansem em paz.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Mais uma vez os judeus (actualização)

Em EU Referendum faz-se um resumo dos massacres de carácter duvidoso alegadamente levados a cabo por Israel.
Obviamente que é a versão duma das partes do conflito, mas vale a pena gastar uns minutos na leitura, seguindo inclusivamente os links.
Nesta visita deixem-se guiar pela razão e aí verão até onde vai o desrespeito pelas mais elementares normas éticas e morais.

Mais uma vez os judeus

O Blog Anti-Direita Portuguesa manifesta-se hoje, e uma vez mais, contra os judeus e Israel.
Só são de lamentar os seus esquecimentos sucessivos dos ataques sistemáticos de que Israel é vítima.
Isto é que são dois pesos e duas medidas.
Isto é que é anti-semitismo primário.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Alguém está a chamar-me estúpido...

Segundo o Governo a taxa de adesão à greve de hoje foi inferior a 12%, já para os sindicatos foi de 80%.
(SIC Notícias)
Não é preciso ser muito esperto para saber que alguém está a mentir e a chamar-me estúpido.
Confesso que gostaria de saber quem é, mas quase que aposto que são as duas partes.

Taxas


Não vou dizer que há taxas que se justifiquem e outras não, mas há umas mais ridículas que outras: contribuição audiovisual (ah, RTP Memória); exploração DGGE (seja lá isso o que for) e a taxa municipal de direito de passagem (hilariante!) Etc.
Fica para outra altura a dissertação sobre estes esbulhos que alimentam o parasitismo dos que se servem dumas quantas instituições e fiquemos pelo mero aspecto fiscal.
– Afinal para que servem os impostos?
– Não chegam para tudo o que é necessário.
– Então aumentem-se!
– Já se paga demasiados impostos.
– Então gaste-se com melhor critério!
– ... Utilizador-pagador de serviços públicos.
– Acabe-se com o Estado; privatize-se tudo e pague-se em função de tudo o que se usar! Sim, mesmo a polícia, os tribunais, as forças armadas e os caminhos municipais!
– Mas isso é demasiado radical, demagógico, e nem os anarquistas ou os neoliberais vão tão longe.
– Então acabe-se com o Estado tal como existe e crie-se o Estado-Empresa. Um estado que em vez de ser composto por cidadãos seja composto por accionistas. Que o Estado actual seja vendido em OPV, internacional, e quem quiser (e puder) que compre as acções que quiser (e puder). A partir daí o novo estado será gerido em moldes empresariais, com accionistas em vez de cidadãos, e com o fim último de obter a melhor retribuição para os seus accionistas.

Regressaremos, então, à selecção natural pura e dura, em que as aptidões biológicas para a sobrevivência e a sorte voltarão a ser determinantes. Mas agora deixem-se de roubar, ainda por cima sem arte!

terça-feira, novembro 07, 2006

O Aborto ou Interrupção Voluntária da Gravidez e a Defesa da Vida

Uma das questões mais fraccionárias da vida portuguesa relaciona-se com a aceitação ou não da prática do aborto e sua criminalização.
Há uns anos atrás a maioria dos portugueses preferiu ir à praia em vez de ir votar no referendo porque segundo as estatísticas a maioria esmagadora era o sim. Confiou-se nas estatísticas e hoje as mulheres estão a ser levadas a tribunal e condenadas pela prática do aborto. Para além disso, os médicos e enfermeiros são instigados à denuncia em determinados estabelecimentos hospitalares dando continuidade à velha mentalidade inquisitorial e pidesca.
Primeiro há que tomar como ponto de partida que:
Ninguém no seu perfeito juízo faz um aborto porque lhe apetece ou porque isso pode ser um método anti-conceptivo (ao contrário do que algumas mentes provavelmente do século XIX possam pensar).
Ninguém será obrigado a fazer um aborto.
Nenhum médico ou enfermeiro é ou será obrigado a fazer abortos caso a nova lei seja aprovada.

Agora tomemos a realidade portuguesa: Que condições são dadas às mulheres para terem filhos?
Muitas mulheres são despedidas assim que ficam grávidas.
Um ordenado é insuficiente para manter uma família.
Raros são os infantários para as crianças com idades anteriores aos 2 anos.
Os homens ou rapazes muitas vezes não querem compromissos.
Os casais antes de terem filhos tiveram de se endividar para terem um tecto, pelo menos.
Os casais não podem dispensar um ordenado quando as despesas aumentam.

Que condições há para acolher mulheres solteiras e os filhos indesejados?
Poucas mulheres podem ir para instituições que lhes dão apoio nos primeiros meses, mas rapidamente são deixadas à sua sorte.
As crianças podem ir para instituições do estado ou privadas como a Casa Pia e outras onde esperam infinitamente para serem adoptadas.
As crianças ficam à mercê de mentes perversas engrossando os inadaptados.
Quando integradas nas famílias, geralmente das mães, as crianças não beneficiam duma família calorosa pois representam mais uma boca a alimentar que não se sabe o que fazer.
Os casos de maus tratos das crianças indesejadas são uma enorme possibilidade.

Perante esta realidade como se pode condenar alguém que opte por praticar um aborto? Será preferível colocar mais uma criança no mundo?
Os defensores da vida dizem que sim, mas eu ainda não os vi adoptarem as crianças que precisam de família e estão encafuadas nas instituições. Quantas famílias com posses defensoras da vida resolveram dar a mesma oportunidade dos seus filhos a uma qualquer criança das instituições de apoio a crianças desprotegidas? Provavelmente se todas as famílias defensoras da vida adoptassem uma criança a Casa Pia e outras tais estavam vazias. Não seria bom? Por mim pode-se começar já hoje a adopção.
Bom, uma coisa são os seus filhos, outra completamente diferente são os filhos dos outros que têm direito a viver, mesmo que seja na mais profunda miséria (económica e/ou humana). Viver condignamente é um privilégio seu, claro! Ou não seria isso uma característica sua e elitista.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Saddam, o Carniceiro

Saddam Hussein foi condenado à morte.
Já se esperava.
Com isso desce-se ao seu nível.
Mas também não é de admirar:
no Iraque, cada dia que passa, caminha-se mais para o grau zero da civilização.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Antigos Combatentes

O Governo estuda a possibilidade de reduzir para metade o valor da pensão que a República Portuguesa paga aos seus antigos combatentes.


(noticiam diferentes órgãos de comunicação social nos últimos dias)

De 300 euros vai-se reduzir para 150 – sim, porque quando o Governo anuncia um estudo é porque a decisão já está tomada!
Fica o aviso a todos os que ponderam a possibilidade de servir o País nas Forças Armadas sem frequentar as academias dos diferentes ramos e afins: não se deixem levar pelo canto da sereia, porque a recompensa não vai chegar para um prato de lentilhas!

Por aqui se mostra o respeito que César tem pelos seus legionários:
massacra-os em guerras vãs, fá-los conduzi-lo ao poder e deixa-os morrer na miséria.

Volta Pompeu!... Volta Sétimo!...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Vós que duvidáveis...

Prophet
Flávio Josefo

Metralhinha


Vós que duvidáveis termos uma cara para dar, damo-vos três!

domingo, outubro 22, 2006

O Pior Português de Sempre

O Inimigo Público e o Eixo do Mal lançaram um louvável concurso público para a eleição do Pior Português de Sempre.
Pelo grande carácter pedagógico que pode ter divulga-se aqui, apelando-se à participação de todos.

A minha nomeação e o meu voto vão desde já para o Cardeal Rei D. Henrique.
São factos decisivos para esta nomeação de ignomínia:
· o seu papel enquanto inquisidor-mor, simbolizando ele tudo o que de esta instituição contribuiu para o atraso mental, intelectual, económico, social e político do país;
· por, enquanto inquisidor-mor – e simbolizar uma vez mais a instituição –, ter lançado as bases de outras inquisições de má-memória, como a PIDE, DGS, COPCOM, Opus Dei e Gabinete de Segurança do Primeiro Ministro;
· pelo seu fanatismo religioso e caridade cristã que o levou a converter a Cristo – à porrada e sob pena de morte – os hereges cristãos-novos, luteranos, calvinistas, bruxas e sodomitas;
· pelo seu falhanço na orientação do sobrinho-neto, D. Sebastião, levando-o ao suicídio depois de conduzir ao massacre os melhores dos portugueses;
· pela sua incompetência para gerar um herdeiro para a Coroa de Portugal, falhando na principal função dum rei que é deixar os seus genes no sucessor;
· pela sua hesitação – constatada a incapacidade de gerar herdeiro – em nomear um sucessor para a Coroa de Portugal;
· pelo crime de lesa-pátria ao facilitar a entrega da Coroa de Portugal a um estrangeiro.

Tão infame currículo garante certamente o primeiro lugar na lista dos portugueses indignos.

terça-feira, outubro 17, 2006

Demagogia, feita à maneira

O governo prometeu e cumpriu.
No Orçamento de Estado para 2007, e que foi apresentado à Assembleia da República, o Governo não prevê aumentar os impostos.
Só vai aumentar os impostos sobre os produtos petrolíferos, sobre as bebidas alcoólicas e sobre o tabaco; vai também aumentar a contribuição para a ADSE dos funcionários públicos no activo e na reforma.

Esperem lá!... Parece haver uma qualquer contradição no acima exposto, ou será que ninguém repara?

sexta-feira, outubro 06, 2006

Com uma mão se dá, com a outra...

Segundo o jornal Público de 6-10-2006, o Primeiro-Ministro anunciou que todos os ministérios terão cortes orçamentais, exceptuando-se o da Ciência e Tecnologia que vai ter um aumento de 64%, ou seja vai receber 160 milhões de euros do Estado Português a que se somam mais 90 milhões de esmola europeia. O mesmo jornal noticia no mesmo número que as universidades se queixam que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, organismo dependente do referido ministério, lhes deve milhões de euros relativos a projectos de investigação que se comprometera a financiar.
É fácil de adivinhar que este aumento no orçamento servirá para o ministério pagar as dívidas aos projectos de investigação. Também facilmente se deduz que este aumento deve corresponder à comparticipação portuguesa que complementa o subsídio comunitário, e que se esta não existir o subsídio caduca.
As intenções anunciadas parecem assim resultar dessa obrigação e não tanto da vontade de incrementar o Choque Tecnológico que, a ser verdade o que as universidades dizem, ficará limitado a um ligeiro solavanco. Se os milhões anunciados servirem para liquidar as dívidas da FCT aos projectos de investigação, não haverá nova ou mais investigação, fica-se na mesma ou retrocede-se.

Agora acenda-se uma velinha ao santo da predilecção para ver se é desta que os investigadores bolseiros vão ter um aumentozinho – há tanto tempo que não sabem o que isso é que rejubilarão se lhes derem o 1,5% que querem dar à Função Pública.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Arre Macho!

Arre Macho! Que assim anda a nossa guarda desmontada...

quarta-feira, setembro 20, 2006

Generais

O Correio da Manhã de 19-9-2006 noticia que na GNR há um oficial general do exército – e todos são-no – por cada 2200 homens. O mesmo jornal também refere que no Exército há um oficial general por cada 470 homens.

Conclusão
Tendo em conta a patente que na NATO se dá ao comandante dum escalão com esses efectivos, o posto de general na GNR é inferior posto de brigadeiro ou general de brigada, se não mesmo inferior ao posto de coronel, enquanto que o posto ocupado pelo mesmo general no Exército fica entre o de capitão e o de major.

Sugestão
Juntar todos os oficiais generais numa única força e mandá-la para o Afeganistão, Líbano, Kosovo ou Ruanda (juntos devem formar o efectivo mínimo para uma companhia de atiradores). Na eventualidade do reumático, artrite, hemorróidas ou qualquer outro padecimento do foro geriátrico, colocar na situação de baixa alguns desses homens, esse efectivo pode ser completado com os seus motoristas e impedidos (todos juntos já formam um batalhão de infantaria embora sem CAC nem CCS, mas o que é bem melhor do que mandar uma companhia de engenharia para o Líbano sem qualquer outro apoio que não as esmolas dadas por aliados piedosos).

Conselho a seguir religiosamente
Não dar conhecimento destes rácios aos ministros da agricultura (que foi obrigado a despedir 30% dos seus funcionários) nem ao ministro da educação (que anda a chatear as universidades por causa do rácio professor-aluno) nem ao ministro das finanças (que anda a ver se o país não é posto no prego) nem ao primeiro-ministro (que não gostaria de ver a sua quinta vendida em hasta pública por ficar devoluta) e, sobre tudo, não digam nada ao Zé Povinho que desta vez é que ele emigra de vez farto de sustentar tanto inútil.

sábado, setembro 16, 2006

Médio Oriente (III) e para Além

O papa Bento XVI teceu considerações sobre interpretações do Islão que desagradaram a muçulmanos por todo mundo. Das óbvias e já esperadas reacções de violência umas houve que há que reter para o anedotário futuro: ataques a igrejas anglicanas e ortodoxas!
Se esses muçulmanos não compreendem as diferenças históricas, teológicas e disciplinares entre os diferentes ramos do cristianismo – ou pelo menos que o Papa não é o chefe de todos – como se pode esperar que compreendam uma lição académica proferida entre académicos e como tal passível de discussão académica?