quarta-feira, setembro 14, 2005

Poder local (e não só)

Paulo de Morais, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, não candidato às próximas autárquicas por pressões de Sabe-se Lá Quem (mas imagina-se), veio a público confirmar o que anteriormente afirmara acerca dos poderes reais mas ocultos que de facto governam o País.
Disse-o no Prós e Contras desta semana conduzido pela mesma gesticulante apresentadora de sempre que, como já se sabe, tem o hábito detestável de não deixar falar quem tem algo de relevante a dizer e, ao mesmo tempo, concluir com sentenças da sua lavra as declarações que outros começam mas que não lhes é permitido acabar.
Paulo de Morais, clarividente e consciente dos valores éticos que muitos proclamam (e só isso) como sendo republicanos, esteve desassombrado e sem subterfúgios, proclamando a quem o quis ouvir os vícios do actual sistema político que defrauda o Estado de Direito Democrático e a res publica.
Esteve muito bem acompanhado por Maria José Morgado que tipificou, como vem fazendo há muito, as condições que permitem ocorrer os desmandos que há e apresentou Paulo de Morais como alguém «que persegue o interesse público».
Da mesma opinião não foi Fernando Ruas que, além de confundir tipificação com acusação, é um dos poucos portugueses que não consegue ver algo de errado no que se passa pelo país fora a nível do poder local.
De facto, a arte de roubar pressupõe subtileza — daí não compreender.
A sua atitude chegou a roçar o cinismo.
Nogueira Leite, esteve na mesma sintonia de Paulo de Morais e Maria José Morgado, algo está podre no Reino, digo, na República Portuguesa.
Joaquim Ferreira do Amaral dá uma no cravo e outra na ferradura, é desta têmpera que se fazem os políticos ou os poderosos — e ele é as duas coisas.
Para a história ficam duas tiradas:
«Seria estranho que todos os portugueses soubessem [que há pressões sobre os políticos] e eu que ocupo um cargo público não» — Paulo de Morais.
«Ou andámos a eleger idiotas ou qualquer outra coisa se passa» — Nogueira Leite.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tudo como d'antes, no...quartel de abrantes...
É tudo tão vasto no que toca a este assunto, que a nível de exemplo, deixo no ar um pensamento,...temos neste momento a concorrer à Câmara de Sintra um homem???, que em condições normais, digo, num país, digno desse estatuto, hà muito estaria preso...mas espante-se...o concorrente para a presidência da Républica???..., (por coincidência,...ou não...pai do 1º),não obstante o Parkinson e o Alzeimer, que o acompanham, também deve uns anitos ao sistema penitenciário,...de un País,...como tal,...(Por aqui, os que ganham com isso e os ignoros...chamam-lhe fixe...???), seja lá, isso, o que fôr,...Portanto, o que discute, afinal...??? acabo como comecei: Tudo como d'antes, no...quartel de abrantes...

Safa, que isto está... e vai continuar,...pior que mau...