Este texto tinha-o posto como comentário ao que escrevi sob o título de bananas. Como não me apetece escrever algo de novo ponho-o aqui para parecer que me preocupo com as aparências.
O termo república das bananas vem disso mesmo: das bananas.
Nos anos 50 (1953) o governo da Guatemala expropriou a United Fruit Company, uma empresa americana dedicada ao cultivo desse fruto e que detinha imensa extensão de boa terra na América Central. As terras expropriadas foram distribuídas a camponeses sem terra. Escusado será dizer que esta insidiosa conspiração marxista teve a devida reacção do guardião da democracia. As pressões norte americanas, apoiadas pelas outras democracias centro e sul americanas, forçaram o governo guatemalteco a virar ainda mais à esquerda (cruzes canhoto, até a Igreja Católica interveio). Finalmente em 1954 uma revolta de exilados políticos patrocinada pelos Estados Unidos parte das Honduras (outro grande produtor de bananas para empresas dos EUA) e derruba o governo depois de bombardear por terra e ar várias cidades.
É o culminar dum processo que começara em 1952 com a reivindicação dos trabalhadores das plantações de melhores condições de trabalho e melhor repartição da riqueza que produziam – um pouco menos para os accionistas e um pouco mais para eles – um processo em que o governo teve o mau senso de intervir forçando a empresa a ceder.
A decisão da OMC vem possibilitar agora que as bananas da Guatemala e doutros locais semelhantes entrem na UE a preço mais baixo que as produzidas em países e regiões onde os trabalhadores das plantações ganham um pouco mais e têm uma vida um pouco mais digna. Isto poderá levar inclusivamente ao fim da produção de bananas na Madeira, Canárias e Martinica.
Ah!... o governo guatemalteco tinha sido democraticamente eleito e, de início, até governava de forma democrática.
O termo república das bananas vem disso mesmo: das bananas.
Nos anos 50 (1953) o governo da Guatemala expropriou a United Fruit Company, uma empresa americana dedicada ao cultivo desse fruto e que detinha imensa extensão de boa terra na América Central. As terras expropriadas foram distribuídas a camponeses sem terra. Escusado será dizer que esta insidiosa conspiração marxista teve a devida reacção do guardião da democracia. As pressões norte americanas, apoiadas pelas outras democracias centro e sul americanas, forçaram o governo guatemalteco a virar ainda mais à esquerda (cruzes canhoto, até a Igreja Católica interveio). Finalmente em 1954 uma revolta de exilados políticos patrocinada pelos Estados Unidos parte das Honduras (outro grande produtor de bananas para empresas dos EUA) e derruba o governo depois de bombardear por terra e ar várias cidades.
É o culminar dum processo que começara em 1952 com a reivindicação dos trabalhadores das plantações de melhores condições de trabalho e melhor repartição da riqueza que produziam – um pouco menos para os accionistas e um pouco mais para eles – um processo em que o governo teve o mau senso de intervir forçando a empresa a ceder.
A decisão da OMC vem possibilitar agora que as bananas da Guatemala e doutros locais semelhantes entrem na UE a preço mais baixo que as produzidas em países e regiões onde os trabalhadores das plantações ganham um pouco mais e têm uma vida um pouco mais digna. Isto poderá levar inclusivamente ao fim da produção de bananas na Madeira, Canárias e Martinica.
Ah!... o governo guatemalteco tinha sido democraticamente eleito e, de início, até governava de forma democrática.
1 comentário:
Gosto muito mais de Melão...!!!
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