Gostaria de poder estar enganado quando há uns anos atrás vaticinei que o rumo que as escolas e os professores estavam a adoptar não era o melhor. Isto quando verifiquei que a maior parte dos filhos de professores estavam em escolas particulares e quando constatei que o grau de exigência era cada vez menor nas escolas públicas.
Diga-se de passagem que tenho uma ideia idílica (de que gosto muito) e tento pôr em prática que é fazer aos outros aquilo que quero para mim e para os meus filhos. Por conseguinte, identifiquei vários problemas que comuniquei aos meus pares (sim, também fui professor do secundário), ao respectivo grupo e ao conselho directivo (que agora tem outro nome). Nessa altura alardeei e denunciei o mau comportamento dos alunos; o facto de se atribuírem turmas-problema (que ninguém queria e muito menos escolhia) a professores acabadinhos de chegar das universidades; a falta de responsabilidade e de impunidade dos alunos; a falta de solidariedade entre os professores (ninguém quer problemas, nem causar ondas)…
Isto foi o suficiente para que me considerassem mau profissional e as represálias não se fizeram esperar. Cheguei à conclusão que se calhar quem estava mal era mesmo eu e, obviamente, quem está mal muda-se. Contudo, não posso deixar de ter um certo ressentimento quando se fala de professores, de escolas e de educação.
Quem faz as escolas são principalmente os professores, mas nos últimos anos, se não décadas, existem pessoas que são eleitas para os conselhos da escola cuja única ambição é o poder. O estado da educação e da preparação dos alunos é algo de completamente acessório, o que interessa é a sua progressão na carreira e a capacidade de dominar e controlar todos os outros professores que se digladiam pela benesse que é poderem estar próximo destes professores-sol. São estes que são chamados para o ministério e à medida que sobem na cadeia hierárquica o autismo cresce exponencialmente.
Agora estes professores, que se consideram acima dos professores comuns, também foram afectados nas suas carreiras, nas suas reformas, nos seus trabalhos, nos direitos que tomavam como adquiridos. Bom, então há que agir pois a coisa diz directamente respeito a todos.
Quando os mais fracos ou os menos “poderosos” estavam a ser lixados, isso não lhes dizia respeito, agora… É como o poema, só que eles são muitos e sou eu que me estou lixando para eles.
Diga-se de passagem que tenho uma ideia idílica (de que gosto muito) e tento pôr em prática que é fazer aos outros aquilo que quero para mim e para os meus filhos. Por conseguinte, identifiquei vários problemas que comuniquei aos meus pares (sim, também fui professor do secundário), ao respectivo grupo e ao conselho directivo (que agora tem outro nome). Nessa altura alardeei e denunciei o mau comportamento dos alunos; o facto de se atribuírem turmas-problema (que ninguém queria e muito menos escolhia) a professores acabadinhos de chegar das universidades; a falta de responsabilidade e de impunidade dos alunos; a falta de solidariedade entre os professores (ninguém quer problemas, nem causar ondas)…
Isto foi o suficiente para que me considerassem mau profissional e as represálias não se fizeram esperar. Cheguei à conclusão que se calhar quem estava mal era mesmo eu e, obviamente, quem está mal muda-se. Contudo, não posso deixar de ter um certo ressentimento quando se fala de professores, de escolas e de educação.
Quem faz as escolas são principalmente os professores, mas nos últimos anos, se não décadas, existem pessoas que são eleitas para os conselhos da escola cuja única ambição é o poder. O estado da educação e da preparação dos alunos é algo de completamente acessório, o que interessa é a sua progressão na carreira e a capacidade de dominar e controlar todos os outros professores que se digladiam pela benesse que é poderem estar próximo destes professores-sol. São estes que são chamados para o ministério e à medida que sobem na cadeia hierárquica o autismo cresce exponencialmente.
Agora estes professores, que se consideram acima dos professores comuns, também foram afectados nas suas carreiras, nas suas reformas, nos seus trabalhos, nos direitos que tomavam como adquiridos. Bom, então há que agir pois a coisa diz directamente respeito a todos.
Quando os mais fracos ou os menos “poderosos” estavam a ser lixados, isso não lhes dizia respeito, agora… É como o poema, só que eles são muitos e sou eu que me estou lixando para eles.
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...
Martin Niemöller, 1933 - símbolo da resistência ao Nazismo.
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