sexta-feira, março 28, 2008

O que devia ter sido feito na Michaelis



Claro que depois o grupo e o conselho executivo tratavam da saúde do professor, mas isso é outra história.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não concordo! É exagerado e, provavelmente, ilegal.

Cinicamente digo que o aluno que gravou aquelas imagens e as pôs no Youtube merecia um prémio. Se não fosse aquele vídeo, que mostra (apenas parcialmente) o comportamento violento de muitos alunos e turmas nas salas de aula em Portugal, tudo correria na habitual (a)normalidade.

Sou professor e entendo que a minha colega não soube lidar com a situação. Mas se ela procedesse adequadamente não haveria oportunidade para a gravação daquelas imagens. Há males que vêem por bem!

Da conjugação de três comportamentos “reprováveis” (da aluna, da professora e do aluno) resultou algo que pode contribuir para alterar as «regras do jogo» e devolver aos professores algum do respeito e consideração públicos, que já tiveram e que esta ministra tudo tem feito para lhes retirar.
A ver vamos!
JFrade

Flávio Josefo disse...

Caro J. Frade
Esqueceu-se de outras duas "culpas": a política das escolas partilhada pelos professores e pelos membros dos conselhos executivos (também professores) em reunirem turmas com os alunos que ninguém quer. Como se consegue dominar uma turma de 20 ou 30 indivíduos cujas regras básicas nunca foram aprendidas ao longo da sua vida?
Acha que a autoridade e a experiência do professor bastam? Então porque razão atribuem estas lindas turmas a provisórios e a pessoas acabadinhas de sair das faculdades? No caso da Michaelis não parece que a Professora seja ou provisória ou recém-licenciada, mas ficámos a saber que aquela é uma turma de repetentes que foram literalmente "varridos" das outras turmas.
Se virmos bem todos temos "culpas no cartório".
A boa notícia é que finalmente o país acordou para estes problemas que há décadas aumentam exponencialmente nas nossas escolas.
Uma professora amiga minha (que entretanto saiu do ensino pois tinha a ideia idílica que os professores estavam nas escolas para ensinar), disse-me que os seus colegas de grupo lhe davam indicações para passar não sei que número de alunos, se não ia ter problemas. E sobre a exigência, diziam-lhe para não se preocupar pois aqueles alunos iriam ser cabeleireiras e trolhas...