Uma solução verdadeiramente eficaz seria reduzir a frota automóvel do Estado ao mínimo dos mínimos, acabando com estas formas de representação do poder absolutamente medievais.
Se o contínuo dum serviço público tem de ir pelos seus próprios meios para o trabalho... E já agora, que dizer dos oficiais das forças armadas, GNR, PSP, etc. com carro e motorista?
Em relação a isto está-se numa situação caricata que vem dos tempos medievais em que os cavaleiros da Casa Real tinham direito a uma diária de ração para as bestas sobre as quais se deviam pavonear. O que se passa hoje com os carros e motoristas é um remanescente deste espírito peneirento e socialmente elitista. É a forma de muitos alguéns se mostrarem importantes e, como tal, merecedores do respeito e da reverência daqueles que os sustentam. Só que, se assim obtêm conforto e ganho finaceiro, em tudo o resto só atraem o desprezo e a chacota dos seus concidadãos.
O Estado tem de ter a coragem de acabar com estas prebendas, pois em vez de o prestigiarem são motivo de escárnio e reveladoras do nosso atraso cultural.
A privacidade a a par da liberdade individual e colectiva nas sociedades ocidentais foi a maior baixa do 11 de Setembro. De lá para cá temos assistido a coisas impensáveis em sociedades que julgávamos democráticas, regidas pela Lei e por princípios morais construídos ao longo de, pelo menos, 2500 anos de civilização. Hoje em nome da segurança e do combate ao terrorismo temos sido roubados muitos valores que tínhamos por adquiridos. Mas... é que nem por isso estamos mais seguros, senão veja-se o que agora se diz sobre os novos passaportes cujos meios de segurança apresentam falhas graves.
Disto depreende-se que: 1. Alguém andou a vender gato por lebre, ganhando uns cobres à conta dos contribuintes 2. Afinal a minha família e parentela ainda não é desta que vai para o desemprego.
Günther Verheugen, vice do Presidente da Comissão Europeia, foi visto - e fotografado - nu na companhia duma sua subalterna na Comissão, noticia Times Online. O pior da moralidade americana e do voyeurismo britânico começa a aparecer na imprensa europeia, violando claramente o direito à privacidade das pessoas, nomeadamente das figuras públicas. Isto não deveria ser notícia em parte alguma do mundo. Trata-se de algo estritamente privado, envolvendo adultos agindo livremente. Tal só deveria e bem ser notícia se existisse alguma violação das obrigações oficiais ou legais dos envolvidos, o que de acordo com a notícia não parece ser o caso. Assim trata-se de baixeza pura de que os jornalistas são cúmplices.
poderia ter-se chamado República das Bananas, Ad Nausea, Ilha dos Ladrões, Cortar a Direito... Não fôra alguns destes nomes estarem tomados e outros não parecerem suficientemente atractivos um deles poderia ter calhado, mas a intenção é a mesma: ser mais um a proclamar urbi et orbi quão magníficos somos.