quarta-feira, setembro 20, 2006

Generais

O Correio da Manhã de 19-9-2006 noticia que na GNR há um oficial general do exército – e todos são-no – por cada 2200 homens. O mesmo jornal também refere que no Exército há um oficial general por cada 470 homens.

Conclusão
Tendo em conta a patente que na NATO se dá ao comandante dum escalão com esses efectivos, o posto de general na GNR é inferior posto de brigadeiro ou general de brigada, se não mesmo inferior ao posto de coronel, enquanto que o posto ocupado pelo mesmo general no Exército fica entre o de capitão e o de major.

Sugestão
Juntar todos os oficiais generais numa única força e mandá-la para o Afeganistão, Líbano, Kosovo ou Ruanda (juntos devem formar o efectivo mínimo para uma companhia de atiradores). Na eventualidade do reumático, artrite, hemorróidas ou qualquer outro padecimento do foro geriátrico, colocar na situação de baixa alguns desses homens, esse efectivo pode ser completado com os seus motoristas e impedidos (todos juntos já formam um batalhão de infantaria embora sem CAC nem CCS, mas o que é bem melhor do que mandar uma companhia de engenharia para o Líbano sem qualquer outro apoio que não as esmolas dadas por aliados piedosos).

Conselho a seguir religiosamente
Não dar conhecimento destes rácios aos ministros da agricultura (que foi obrigado a despedir 30% dos seus funcionários) nem ao ministro da educação (que anda a chatear as universidades por causa do rácio professor-aluno) nem ao ministro das finanças (que anda a ver se o país não é posto no prego) nem ao primeiro-ministro (que não gostaria de ver a sua quinta vendida em hasta pública por ficar devoluta) e, sobre tudo, não digam nada ao Zé Povinho que desta vez é que ele emigra de vez farto de sustentar tanto inútil.

sábado, setembro 16, 2006

Médio Oriente (III) e para Além

O papa Bento XVI teceu considerações sobre interpretações do Islão que desagradaram a muçulmanos por todo mundo. Das óbvias e já esperadas reacções de violência umas houve que há que reter para o anedotário futuro: ataques a igrejas anglicanas e ortodoxas!
Se esses muçulmanos não compreendem as diferenças históricas, teológicas e disciplinares entre os diferentes ramos do cristianismo – ou pelo menos que o Papa não é o chefe de todos – como se pode esperar que compreendam uma lição académica proferida entre académicos e como tal passível de discussão académica?