segunda-feira, outubro 29, 2007

Simplesmente genial


Achmed The Terrorist - Watch more free videos

Da blogosfera


Pelo correio

- Meu filho, quais são os seus pecados?
- Padre, eu comunguei há três anos.
- Ok, meu filho, e quais são seus pecados?
- Eu comunguei há três anos.
- Está bem meu filho, eu sei que você comungou há três anos. Isso não é pecado! Conte-me os seus verdadeiros pecados...
- Padre, estou lhe dizendo: EU - COMO - UM - GAY - HÁ - TRÊS - ANOS

(Autor desconhecido)

domingo, outubro 28, 2007

sábado, outubro 27, 2007

A votação do tratado europeu

Terminou agora a nossa votação para saber se os nossos leitores querem ou não um referendo ao novo tratado europeu. A afluência à urna não foi grande mas foi de qualidade – tal como nos dias que correm em que os votos de poucos valem mais que os dos muitos.
Computados os votos no Excel, o resultado final é:
Total de votantes: 12
Sim: 66,66%
Não: 25%
Eles é que sabem: 0%
Tratado, qual tratado?: 8,33%

Daqui se conclui que Eles não sabem, logo a decisão deve ser entregue ao povo.

Concluído isto, passe-se à próxima grande questão e sobre matérias mais prementes: A defecação canina nos espaços verdes urbanos. Tal como a outra, a votação decorre ao lado.

Porque hoje é Sábado, versão humorística


Directly from Rabo de Peixe, Azores

Porque hoje é Sábado



Um Zorba muito especial

quinta-feira, outubro 25, 2007

Novas tecnologias... velhas mezinhas

Gostei de ler


Para que no futuro estes números tenham maior rigor, estas escolas terão de admitir no seu corpo discente e na mesma razão os mesmos alunos que fazem descer as médias de todas as outras escolas.

terça-feira, outubro 23, 2007

Os Iluminados (3)

Gostei de ler O Referendo do Tratado 1 de José Luís Malaquias, compreendo-o e até concordo com toda a análise que faz. Contudo não posso concordar com a conclusão.
A democracia directa, em sociedades pouco cultas, presta-se à demagogia e ao voto com os pés, em vez de se votar em referendo no que realmente está em causa.
No entanto, numa democracia representativa como a nossa quem vota as leis presta-se à carneirada: os nossos deputados votam no que lhes mandam votar, frequentemente sem consciência e ao arrepio dos interesses dos seus eleitores.
No caso os deputados dos dois maiores partidos nem têm mandato para aprovarem o presente tratado europeu, já que os programas dos seus partidos propunham claramente o referendo desta matéria.
Agora, se se teme a ignorância do povo, a manipulação demagógica e o voto de protesto, os iluminados (por oposição aos ignorantes) que nos governam e representam devem instruir o povo para que este verdadeiramente compreenda o que está em causa – a isso chama-se campanha –, pois se o povo pode ir atrás das suas demagogias quando se trata de escolher quem o governa, também é muito bem capaz de escolher se quer ou não submeter-se a este tratado.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Gostei de ler

Pacheco Pereira: O Tratado que se chamará de Lisboa

Está lá tudo, só faltou dizer claramente que isto vai acabar muito mal.

Os Iluminados (2)

Estão na moda afirmações elitistas do género:

Os que defendem o referendo sobre o Tratado de Lisboa já experimentaram lê-lo? E acham que algum cidadão comum consegue passar da segunda página? Não será tempo de deixar de brincar aos referendos?

Pergunta-se, então:

Os que defendem as eleições para a Presidência da República, para os parlamentos nacional e regionais e para as autarquias já alguma vez experimentaram ler os programas eleitorais dos concorrentes a essas eleições? E acham que algum cidadão comum consegue passar da segunda página?

Não será tempo de deixar de brincar às eleições?

domingo, outubro 21, 2007

sábado, outubro 20, 2007

Porque hoje (ainda) é sábado



Vivaldi, Agitata da due venti, por Cecilia Bartoli (desculpem mas tem de ser!)

Porque hoje é sábado

sexta-feira, outubro 19, 2007

quarta-feira, outubro 17, 2007

terça-feira, outubro 16, 2007

Blog Solidário – agradecimento – retribuições


JN, de Notas ao Café, um dos meus blogues preferidos, atribui-nos o prémio Blog Solidário instituído pelo BohemiaMar, o que muito nos sensibiliza e agradecemos, embora tardiamente.
Já tínhamos sido contemplados com a mesma distinção pelo Tudo a Norte, agora cabe-nos agora escolher 7 (x2) outros, tarefa ingrata por ter de deixar de fora muitos mais que por esta ou aquela razão também achamos merecedores, além de podermos ser acusados de amiguismo, de manteigueiros ou de impertinentes. Mas como não é pedida a justificação das atribuições aí vão elas:
Blasfémias; Blogador; Filhos de um Deus Menor; Jumento; Ladrões de Bicicletas; Maria; Piolho da Solum; Portugal Contemporâneo; Puro Arábica; Rei dos Leittões; Toca do Túlio; WeHaveKaosInTheGarden; Womenage a Trois; Zero de Conduta.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Os Iluminados

Sérgio Sousa Pinto, eurodeputado do PS, manifestou hoje na RTP2, e mais uma vez, a sua descrença na capacidade do povo entender, e portanto votar, questões complexas como a Constituição Europeia, agora dita de Tratado Reformador Europeu.
A propósito das asneiras deste senhor deputado já aqui me tinha manifestado, apontando para o facto do povo (burro) o ter eleito (inteligente) para o representar. Mas um mérito tem este senhor deputado: diz o que pensa, enquanto outros, sem o dizerem, agem como ele quer agir.
Eles – e aqui uso o tradicional ELES – fazem o que querem porque se julgam iluminados; o povo (ignaro) deixa-os fazer o que querem, pois ELES é que sabem – são uns iluminados.


Não queria recorrer à falácia nem à comparação histórica fácil, mas cada vez mais todo este processo se assemelha à tomada do poder por D. Filipe I: comprou a elite que se alimentava das rendas nacionais e depois foi só agarrar a Coroa enquanto o povo era forçado a aplaudir a sua entrada.
Agora nem quero mencionar como tudo isto acabou, só relembro que não foi bonito de ver, e mais uma vez foi o povo (estúpido) que deu o corpo ao manifesto.

sábado, outubro 13, 2007

Mais um dia 13 mais uma sessão SM

Quando o Vaticano pôs em águas de bacalhau o processo de santificação dos pastores de Fátima; quando a ciência afasta cada vez mais as explicações milagrosas da realidade e quando se pensava que a razão se tornara no guia do homem, eis quando em Fátima se inauguram novas instalações, maiores, mais impressionantes, mais caras, mais tudo: um negócio que continua de vento em popa e a fazer os vendilhões do templo continuarem a somar.


Prospera este local explorando a crendice popular que tem de ver, estar, tocar e comprar para sentir que é acolhida pelo divino. Um divino que ninguém responsável nega poder comprar-se com promessas de pagas em sacrifícios de dor e de ouro. Um divino que se diz único mas que só actua por mediação dum clero, dos santos e de toda uma panóplia de entes celestiais, qual monarca oriental absoluto, despótico, intocável e inacessível. Um divino apresentado como interesseiro, vingativo e egoísta e que exige de ser amado, adulado, glorificado e temido, precisamente aquilo que se diz serem defeitos que garantem a condenação eterna aos seus seguidores.
Que deus único, omnipotente, omnipresente e omnisciente, bondade e amor e todos os mais atributos de bem, é este que necessita de tudo isto?
Será que os sacerdotes e os demais crentes não vêem estas contradições, ou estarei a ser racional?

Porque hoje é Sábado



Joly Braga Santos, Sinfonia 4, IV, Orquestra Sinfónica Nacional da Irlanda, maestro Álvaro Cassuto
Poemas de Fernando Pessoa, Mensagem.


Matisyanu, Jerusalém

quinta-feira, outubro 11, 2007

Por um Senado Europeu


O novo Tratado fixa um limite de 750 eurodeputados, contra os actuais 785 e estipula um número mínimo de seis representantes e um número máximo de 96 por cada Estado-membro.


A União Europeia tem cada vez mais estados membros; a população da União é cada vez maior e os deputados europeus aprovam a diminuição dos seus efectivos. Ninguém quer um Parlamento Europeu género Assembleia Nacional Popular, com muita gente mas sem poder algum, mas assim também não se vai a lado algum.
A fórmula da «proporcionalidade degressiva» dando um máximo de 96 deputados ao estado mais populoso e o mínimo de seis deputados aos estados menos populosos parece boa em princípio. Só que não é pois deixa de servir bem a partir do momento em que mais países aderirem à União levando inevitavelmente à diminuição do número de representantes de todos os restantes estados que se situarem entre esses limites.
Este compromisso é aceitável para já, mas deixará de o ser em futuros alargamentos, principalmente quando entrarem países populosos como a Turquia, para além dos estados balcânicos, da Noruega, da Suiça, da Ucrânia e até mesmo dos países do Cáucaso. Nesta altura, a relação de forças alterar-se-á drasticamente e só poderá encontrar algum equilíbrio justo com uma segunda câmara no Parlamento, um senado que represente estados em pé de igualdade independentemente dos seus efectivos populacionais, dimensão territorial ou importância económica.
Torna-se deste modo claro que o novo tratado europeu deveria já contemplar um senado com três ou quatro senadores por país. Qualquer norma, directiva ou decisão europeia para poder ter validade deveria ser aprovada pela maioria simples ou qualificada (dependendo das matérias) de cada uma das câmaras.
Neste quadro, a Comissão e o Conselho perderiam muitos dos seus poderes, tanto para os parlamentos nacionais como para o (verdadeiro) Parlamento (bicameral) Europeu.

terça-feira, outubro 09, 2007

A Europa Morreu


A Europa morreu, só falta enterrá-la, o que está para breve.
A União Europeia foi um passo em frente para justificar a existência duma entidade supranacional que começava a não ter qualquer utilidade no mundo do comércio livre que se foi estabelecendo com o triunfo das doutrinas neo-liberais. Se a CEE era uma área de comércio livre onde as economias dos diferentes países que a compunham podiam competir livremente entre si ao mesmo tempo que se protegiam de todas as outras, já a UE não tem qualquer utilidade nessa área pois todo o mundo é um mercado livre, ou para lá caminha a passos largos. Surge assim a ideia da criação duma Europa social e política, algo anteriormente unicamente sonhado pelos fundadores desta ideia, como modo de manter unido todo um conjunto de países e nações historicamente inimigos na persecução coesa de objectivos comuns.


Ora aqui é que reside o busílis do problema: o que durante dois mil anos dividiu estes países e nações é o mesmo que os continua a separar. Uns querem sobrepor-se aos outros e os objectivos de uns não são necessariamente os de outros. No passado os conflitos de interesses acabavam em último caso, e frequentemente, dirimidos no campo de batalha. Hoje quer-se uma União Europeia para que a guerra não volte a ser o instrumento de resolução das discórdias.
Mas até para isso a União Europeia é inútil. No quadro das relações internacionais existem outros organismos multilaterais onde o conflito pode ser resolvido – organismos esses que, funcionando muito mal e tardiamente, têm, apesar de tudo, funcionado muito melhor que a União Europeia. É o caso das Nações Unidas e da OTAN.
O que hoje existe na Europa pode continuar a existir sem uma união formal.
Os subsídios podem continuar, tal como a livre circulação de pessoas e mercadorias. Tratados bilaterais ou multilaterais podem assegurar isso, sem que para tal seja necessário uma burocracia e espaços físicos onde se reúnam burocratas.
Uma Europa a várias velocidades será tudo menos uma união, antes pelo contrário, será o que sempre foi: cada um a tratar da sua vida.
Para que se quer uma constituição política se os estados não se entendem em matérias fiscais ou de política externa, privilegiando cada um os seus interesses tradicionais, pouco se importando com os consensos ou com as sensibilidades particulares de um dos seus membros mais fracos?
Que cidadania europeia se quer construir se se recusa a participação aos cidadãos no acto constituitivo dessa mesma cidadania?
Não se está perante as mesmas seculares políticas em que os príncipes punham e dispunham dos estados e nações sem se importarem com os indivíduos?
Não se está a pôr fim à própria democracia?

A Europa morreu e o tratado constitucional prepara-se para ser o seu coveiro.


segunda-feira, outubro 08, 2007

Um basbaque qualquer



Toda a gente tem coisas na vida que gostaria de esquecer e, sobretudo, que ninguém se lembrasse delas. Este vídeo do jovem Durão Barroso deve corresponder a um desses momentos da vida e daí, talvez, a censura que subitamente se abateu sobre o assunto.


Esta peça da mais pura imbecilidade tem sido afixada por todo o lado e deve ser um dos vídeos mais vistos do YouTube. Haverá neste fenómeno causas voyeurísticas ligadas ao simples gozo de ver um dos homens tidos como dos mais poderosos do mundo a fazer figuras tristes, mas também haverá quem o veja e o apresente tal como se vê ou se apresenta um documentário sobre vida selvagem ou de etologia animal na esperança de aprender como se sobrevive na selva em que o nosso mundo se está cada vez mais transformando.
Seja porque razões forem, este vídeo é tanto um documento histórico dum dos períodos mais rascas do nosso passado colectivo (sem segundas leituras) e uma prova de como é possível a um indivíduo mudar de ideias com o passar do tempo. Para que não restem quaisquer dúvidas, deixo aqui a advertência de não querer cometer a injustiça de fazer avaliações do carácter de alguém dizendo que o vídeo ajuda a provar que há pessoas capazes de seguirem todas as correntes ideológicas dominantes independentemente da passagem do tempo, mantendo-se assim sempre colados à última moda.
Houve já quem fizesse a exegese do discurso do jovem Barroso. Trata-se dum exercício academicamente interessante já que não é todos os dias que se tem a possibilidade de fazer o nada em algo, de tornar o vazio no cheio, ou das trevas extrair luz. Estas declarações públicas àquilo a que se podia chamar então com grande liberdade artística um órgão de comunicação social existiram e não podem ser escamoteadas. Afinal, bem vistas as coisas as ideias profícuas desses anos escaldantes germinaram e novos espíritos iluminados foram criados como bem mostram os media de hoje nas suas telenovelas diárias da vida real, sem que, graças à luta popular anti-burguesa, haja quem os censure.

domingo, outubro 07, 2007

Blog Solidário



O Né do Tudo a Norte agraciou-nos com o prémio Blog Solidário.

Desde já agradecemos tão honrosa distinção. A lista dos felizes contemplados será publicada depois duma ronda negocial entre os artistas desta baiúca.

Um bem haja Né.






Sermão dominical

sábado, outubro 06, 2007

Porque hoje é Sábado


Mendelssohn, As Hébridas (abertura)

sexta-feira, outubro 05, 2007

Viva a República!

- Porque sou republicano?


- Sou republicano porque o meu filho poderá um dia ser Presidente da República, mas nunca poderá ser rei!


quinta-feira, outubro 04, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

terça-feira, outubro 02, 2007

Telhados de Vidro

O Reino Unido, país que tem querido dar lições de processo penal e investigação criminal a Portugal, está a braços com uma vergonha política e processual de todo o tamanho.
Depois de estupidamente Tony Blair ter enfiado o país no atoleiro do Iraque e de ter entregue a resolução da barafunda aos militares sem lhes dar os meios humanos e materiais necessários, quando as coisas começaram a descambar e já não havia maneira de ludibriar a opinião pública com mentiras que se desfaziam como bolas de sabão, houve a necessidade de encontrar bodes expiatórios para satisfazer as massas e alijar a culpa. Vai daí o aproveitar dos abusos cometidos sobre prisioneiros iraquianos para a catarse que se impunha e promover a reconciliação dos políticos com os seus eleitores. Só que, em vez do antigo dizimar da legião, optou-se por um método mais barato, mas não menos estúpido, escolhendo-se um dos oficiais mais respeitados e distintos para a imolação que deveria aplacar os deuses.
A sorte coube ao Cor. Jorge Mendonça, MBE, DSO, que assim é acusado e julgado em tribunal militar por incompetência e crimes de guerra, meses depois dum prisioneiro iraquiano ter sido morto por homens sob o seu comando. Não me vou alongar na história que pode ser lida aqui e aqui e pesquisada na Net.
Para além de todo o drama humano e do exemplo que nada de novo traz sobre o modo como os estados maltratam os seus soldados, esta história é modelar – embora sem constituir novidade histórica – no que ao comportamento dos políticos diz respeito.
No pântano que se tornou a matéria dos direitos humanos no Iraque, um militar teve a consciência de estar muito perto dos limites do admissível ou que estava mesmo ir além do que quereria e a sua consciência autorizava. Contudo, por imposição política superior – nível do poder a que os militares se sujeitam indiscutivelmente a bem da própria sociedade que visam defender – e de consciência tranquilizada pelos detentores do saber jurídico quanto à legitimidade dos actos de que é encarregado, acaba por agir o melhor que sabe, com os meios que dispõe, executando o mandato com diligência e a humanidade possível num ambiente infernal.
No fim, descobertos, os políticos assustam-se, mostram as suas qualidades morais e fazem aquilo em que são melhores do que todos os outros: sacodem a água do capote, lançando as culpas sobre outrem.
Estivesse o processo da menina britânica desaparecida a ser conduzido pelas autoridades portuguesas com a mesma qualidade com que as britânicas conduziram o processo do Cor. Mendonça e, neste momento, já teríamos sido invadidos por sermos considerados pela impressa e pelos políticos ilhéus como um estado falhado.

segunda-feira, outubro 01, 2007

No Dia Mundial da Música...

... não há como ser nacionalista.



Carlos Seixas

Cidadãos com deficiência

Filipe Tourais do País do Burro sugeriu aos participantes desta página manifestarmo-nos contra a retirada de benefícios fiscais aos cidadãos portadores de deficiência. Obviamente que não posso falar em nome de todos os redactores da Arte mas posso e devo dar a minha opinião.
Quem conhece as grandes dificuldades que os deficientes portugueses enfrentam no dia-a-dia só pode estar de acordo com as suas reivindicações, no entanto coloco algumas reticências como é neste caso a retirada dos benefícios fiscais. Porquê? Porque tenho ouvido umas histórias de fraude e de pessoas que beneficiam de bens e condições alegando terem uma determinada percentagem de deficiência, quando de facto a não possuem. São geralmente pessoas com rendimentos acima da média e assim abusam do bom princípio que estava por detrás da criação de tais benefícios.

A maior parte dos deficientes (desculpe-me quem não gosta da palavra) que eu conheço vive de forma modesta, tem muitas necessidades e são as suas famílias que lhes garantem o seu bem-estar. Só muito raramente beneficiaram ou beneficiam dos tais “benefícios fiscais”. Não ganham o ordenado mínimo e portanto não pagam impostos. A pergunta que eu faço é: e que tal garantir uma integração plena na sociedade e no mundo do trabalho em vez dos benefícios fiscais que apenas beneficiam alguns?
Não é preferível garantir um trabalho remunerado digno? Dar a possiblidade de se deslocarem livremente? Permitir subir uma escada, ir à casa-de-banho, habitar uma casa sem bater nas paredes, ficar entalado nas portas ou chegar aos armários da cozinha?
E isto para falar do interior das residências, porque toda a gente sabe estarem os passeios ocupados com carros, publicidade, caixotes do lixo, postes, buracos, etc. Se depois disto os deficientes insistirem em circular pelas nossas ruas ainda correm o risco de serem atropelados, caírem por escadas ou ribanceiras. Os edifícios públicos, que legalmente têm de estar adaptados com estruturas que facilitem a vida a estes cidadãos não têm rampas de acesso, casas-de-banho, elevadores adaptados. Quando, excepcionalmente e por exemplo, têm rampas só as cadeiras de rodas com turbo as podem ascender...
O grande problema dos cidadãos portadores de deficiência é a falta de integração embora façam parte integrante da sociedade. Quem é que está disposto a empregar deficientes? Poucos. Se formos a ver só algumas instituições públicas como a Biblioteca Nacional de Lisboa ou o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.
Como podemos garantir o princípio da igualdade de todos os cidadãos se nem sequer aceitamos, imaginemos, uma telefonista em cadeira de rodas? Por acaso quem não consegue andar está incapacitado de mãos e cabeça? E quem tiver uma deficiência auditiva não pode ser empregue numa casa de fotocópias?
Se a sociedade se baseia na hierarquização feita a partir das profissões das pessoas em que lugares ficam aqueles que não podem fazer nada porque ninguém os aceita como seus empregados?
De acordo com um ditado oriental: não dês o peixe, ensina-o a pescar.

Objectivo: Birmânia




Na Birmânia sobrevive uma daquelas muitas ditaduras que ainda infestam o nosso mundo.
A descoberta recente de jazidas de gás natural ao largo de Aracão veio dar ao governo militar meios financeiros para reforçar o seu poder e aumentar a repressão e os abusos cometidos sobre a população, como evicções de terras e uso de trabalho forçado se não mesmo escravo.
Os milhões que empresas chinesas, francesas, russas, coreanas, indianas, tailandesas, japonesas e sabe-se lá que mais têm dado, justificam e facilitam essa repressão como nas últimas semanas se tem visto na comunicação social internacional.
Contra isto resta a boa consciência pública mundial e pouco mais.
Não serve para nada mas há inúmeras iniciativas por aí, sendo uma delas este abaixo-assinado que pretende atingir os 500 mil assinantes e ao qual cheguei via Arrastão.