sábado, janeiro 17, 2009

Novos adágios populares

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Sócrates, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.

3) Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem quatro anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em S. Bento, o povinho a penar.

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Sócrates quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Sócrates, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.

17) Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.

18) Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.

sábado, janeiro 03, 2009

Porque hoje é sábado...

... e a época ainda está para estas pieguices.

(Dedicado ao Prophet)

sexta-feira, janeiro 02, 2009

2009 - O Ano do Cogumelo


O primeiro dia útil do novo ano serve para o mesmo que todos os outros dias do ano, ou seja, para nada e deixar ficar tudo tal como está. Não servindo para nada, pode então desperdiçar-se como todos os outros em exercícios inúteis tais como a prospecção do futuro, tentando ver o que o amanhã nos reserva.
Postas as coisas nestes termos, fica muito mais fácil vaticinar o ano de 2009 - é que amanhã será em tudo igual a ontem.
Vamos mergulhar ainda mais na dita crise; vamos descobrir mais uns quantos escândalos de que ninguém sairá envergonhado e continuaremos alegremente, de evento em evento, a sustentar a clique que nos governa e os seus apaniguados.
Assim, e tal como os fungos estivais, teremos mais um ano de cogumelos prosperando no há muito apodrecido tecido social português.