sábado, junho 30, 2007
Porque hoje é Sábado
(Só espero que agora não me recomendem ou apliquem a pena do Levítico 20, 13... pensando bem, a maior parte delas são bastante tétricas).
Do anonimato
Ora, quatro factos recentes vêm dar razão aos que prudentemente se mantêm discretos quanto à sua identidade, são eles o caso «Charrua», «António Balbino Caldeira», «Celeste Cardoso» e «Linha Aberta-Internet Segura».
Nos três primeiros casos temos gente perseguida por exprimir, ou alegadamente (permitir) exprimir, opiniões fundadas ou infundadas, enquanto que no 4.º caso temos o incentivo (legítimo ou ilegítimo ver-se-á caso a caso) para a denúncia anónima de casos potencialmente perigosos para a sociedade ou para os indivíduos.
Assim, é mau alguém exercer o seu direito humano e constitucional de livre expressão de ideias de forma anónima ou sob pseudónimo, mas é bom, do mesmo modo, delatar o que julga ser denunciável; por outro lado, quem exerce estes mesmos direitos identificando-se plenamente é perseguido, incomodado, violado na sua privacidade e bens.
Se os autores desta choldra assinassem com os seus nomes andariam, hipocritamente, a cantar loas aos que sobre eles têm poder, ou então quilhar-se-iam ao chamarem «fdp» por mais palavras a alguém merecedor.
É preciso escolher sempre bem as guerras a travar.
Declaração
sexta-feira, junho 29, 2007
A Guerra dos Judeus
Flávio Josefo fascina tanto pela precisão dos relatos e pela exacta descrição do heroísmo dos resistentes e sitiados como pela tendência em negar o direito ao território destes últimos.
quinta-feira, junho 28, 2007
O Serviço Nacional de Saúde e os atentados contra a sua existência
Desde há décadas, e ao que parece ser uma atitude corporativa, que se limita o acesso ao curso de Medicina e mais ainda às especialidades a alunos com notas muito acima da média. O resultado está à vista, não há médicos a ponto de terem de vir para cá os espanhóis garantir o atendimento aos doentes. Os enfermeiros são médicos frustrados, enquanto que os médicos entre um emprego mal pago num qualquer centro de saúde e as clínicas privadas onde pagam bem e podem acumular com horas noutros locais, escolhem o óbvio.
A estratégia para acabar com o SNS começou há décadas, agora resta saber se nos vamos conformar com isso ou não, pois o sistema de seguros de saúde é muito bonito, mas tal como todos os seguros, quando precisamos dele só cobre uma parte ou não cobre, precisamente, o tratamento do mal de que sofremos. Não tendo qualquer tipo de seguro sujeitamo-nos a figurar numa das histórias do Sicko de Michael Moore – a que mais gosto é a do indivíduo que cortou dois dedos e teve que optar por um, o mais barato, porque não tinha dinheiro suficiente para enxertar os dois.
Neste sistema de seguros existem sempre pessoas que pela sua (in)capacidade económica podem morrer sem serem atendidos. Neste caso as pessoas morrem simplesmente porque não têm dinheiro! É o primado de que tudo tem de ser pago e que a economia nos rege, sendo os valores humanos simplesmente desprezados.
Num qualquer sistema nacional de saúde – que não esteja a ser desmantelado – tal também pode suceder, mas será sempre considerado incúria e em extremo um crime que pode ser levado a tribunal e os responsáveis serem condenados. Neste caso prevalecem os valores humanos face à economia. O que é importante é a humanidade e não o que cada uma das pessoas vale em dinheiro.
Ultimamente a atitude perante a suposta (digo suposta porque em economia há formas de investimento que podem garantir o pagamento das despesas e conseguir lucros) insustentabilidade do SNS é aplicar a teoria do utilizador-pagador. Contudo, nós quando pagamos os nossos impostos já garantimos a entrada de dinheiro para este sector, o que quer dizer que esse dinheiro está a ser desviado para outras coisas que não são a saúde. Ou seja, os portugueses que são dos que mais mal ganham pagam duas vezes a saúde e muitos recorrem ao sistema privado, pagando e não usufruindo dos serviços que pagaram.
Hoje em dia os portugueses pagam 22,5% dos cuidados de saúde à cabeça, enquanto se fica pelos 10% na Holanda e na Inglaterra. Ou seja, a ideia do utilizador-pagador está a vingar. Continuo sem saber para onde vai o dinheiro que corresponde aos tais 22,5% das despesas de saúde pagos duplamente pelos portugueses, alguém sabe dizer?
quarta-feira, junho 27, 2007
terça-feira, junho 26, 2007
O povo é burro!...
(…) um referendo é incompatível com a discussão de questões complexas. Os debates nos referendos rapidamente se tornam demagógicos. É também para essas questões complexas que existem os parlamentos.
Sérgio Sousa Pinto
segunda-feira, junho 25, 2007
Pelo referendo ao novo tratado europeu
Não se trata de estar contra ou a favor do tratado em esboço ou da versão final que se venha a aprovar, trata-se tão só da defesa dum dos princípios basilares da democracia: o cidadão deve pronunciar-se sobre tudo o que tenha graves implicações no seu futuro.
Para este efeito, o Kaos – contundente como de costume – concebeu uma imagem para os blogues que queiram aderir à campanha da reivindicação dum referendo, imagem essa que já copiámos e colocámos na barra lateral.
domingo, junho 24, 2007
Assim não!
Este sentimento não resulta só de todas as trapalhadas em que os governos e muitos dos governantes se têm envolvido nos últimos tempos; também não resulta só de verificar que o capitalismo rentista tem sugado o erário público ao mesmo tempo que acusa os cidadãos de chularem o estado e de por causa disso terem de pagar todos os serviços públicos, além dos crescentes impostos; muito mais haveria a dizer, como tem sido dito e se continuará, certamente, a dizer.
Mas o que me leva hoje a escrever isto é a traição que o Presidente, o Governo e o Partido Socialista estão a preparar aos cidadãos portugueses e ao País.
Este tratado, como qualquer tratado internacional, condiciona a soberania das partes envolvidas, para o bem e para o mal. Não sei o que está em preparação, como julgo que ninguém saberá, se exceptuarmos alguns dos mais distintos elementos da brigada do marisco e canapé, mas, no pior dos casos, um tratado como este diminuirá muito o poder que Portugal tem hoje no seio da comunidade europeia. Abdicar de poder no quadro das relações internacionais é sempre muito perigoso e a soberania portuguesa, duma maneira ou de outra, está em causa com este tratado.
Assim, e a não ser que nos submetam pela força, caberá a nós, cidadãos portugueses, pronunciarmo-nos sobre o destino daquilo de que somos soberanos: a República Portuguesa.
Para decidir sobre esta matéria não é válida a invocação da democracia representativa pois, como já referi aqui anteriormente, o cidadão quando vota escolhe o mal menor e não está a passar cheques em branco a políticos, principalmente quando são da craveira dos que nos governam.
sábado, junho 23, 2007
sexta-feira, junho 22, 2007
Que tipo de universidade queremos?
Por não se tratar de problema menor e por deste novo estatuto depender o futuro do país no que diz respeito ao tipo de universidades que terá e ao que delas sairá, deixo aqui o meu apelo para que todos a assinem.
Os zangões
O trágico de tudo isto é ver os liberais, aqueles que em princípio mais prezariam a liberdade individual, a converterem-se em verdadeiros comunistas impondo e adoptando de modo aparentemente acéfalo os padrões uniformizadores de comportamento que tiveram o seu apogeu com a Revolução Cultural Chinesa e com os Khmers Vermelhos, promovendo o uso de tecnologias de vigilância e controlo em nome da eficiência ou de paranóias securitárias.
Ao darem ao público o que de mais privado o indivíduo tem, enquanto esquizofrenicamente se agarram com unhas e dentes ao mais insignificante bem natural, material, intelectual ou financeiro, chamando-lhe seu como se de direito sagrado fosse, dão mostras do que verdadeiramente são: zangões duma colónia de abelhas uniformizadas e obedientes.
quinta-feira, junho 21, 2007
O Lado Negro
Conselho de Ética discorda da criação para fins de identificação civil. O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida admite a criação de uma base de perfis de ADN na área criminal, mas discorda que seja criada outra idêntica para fins de identificação civil.
Tiram-nos as impressões digitais, chipam-nos, seguem-nos o rasto pelo telemóvel, cartões bancários, de crédito e sabe-se lá que mais; por onde quer que andemos estamos sob o olho de vidro das câmaras de vigilância, quais amibas sob o microscópio; o nosso mais pequeno gesto deixa atrás de si o rasto mucoso das lesmas e, como se tudo isso não bastasse, querem agora catalogar o nosso código genético em bases de dados que de nada servirão a não ser ao Lado Negro que pagará fortunas pela porta do cavalo para aceder e copiar os seus conteúdos.
Para o meu lado escusam de vir com todas as garantias legais e métodos de segurança, pois todos sabemos que a segurança existe para ser violada por quem tiver os meios e a vocação para tal.
A pretexto da segurança individual e colectiva, a cada dia que passa vamo-nos tornando mais escravos e não estará longe o momento em que não passaremos de formigas ou abelhas trabalhadoras e consumidoras sem qualquer liberdade ou vontade própria.
quarta-feira, junho 20, 2007
Tenham medo, tenham muito medo!
Banner criado por gentileza do Adpdeites
Começo a ter saudades da Inquisição e da PIDE, pelo menos sabíamos com o que contar.
Imbecilidade sem fim
Os grunhidos que em algumas partes do mundo se levantaram contra a atribuição do grau de cavaleiro a Salman Rushdie pela rainha de Inglaterra são mais uma prova da Idade das Trevas em que parte do Islão mergulhou. Nessas paragens, os agitadores das massas fanáticas continuam a incitar ao assassínio sem que em parte alguma desse mesmo mundo se oiça voz contra tal selvajaria nem, tampouco, a apelar ao mínimo bom-senso.
terça-feira, junho 19, 2007
Gostei de ler
De Ben Drer Yemini, O Mundo Permanece em Silêncio com tradução de Nuno Guerreiro Josué.
segunda-feira, junho 18, 2007
... e o rabinho lavado com água de rosas?
- Já agora, porque não se fazer representar pelo cônsul... honorário de Cuba?
- Era o mais apropriado, não?
Blografia:
Kaos
Realidade
Olho para lugares onde sei que nunca vou estar." (anedotas.com.pt)
Velhos provérbios, novas verdades...
-Quem ri por último... é de compreensão lenta.
-Os últimos são sempre... desclassificados.
-Quem o feio ama... tem que ir ao oculista.
-Deitar cedo e cedo erguer... dá muito sono!
-Filho de peixe ... é tão feio como o pai.
-Quem não arrisca... não se lixa.
-O pior cego... é o que não quer cão nem bengala.
-Quem dá aos pobres... fica mais teso.
-Há males que vêm... e ficam.
-Gato escaldado... geralmente está morto.
-Mais vale tarde... que muito mais tarde.
-Cada macaco... com a sua macaca.
-Águas passadas... já passaram.
-Depois da tempestade... vem a gripe.
-Vale mais um pássaro na mão... que uma cagadela na cabeça.
domingo, junho 17, 2007
Os (últimos) 40 anos do Estado de Israel
Porque é que o Estado de Israel é diferente? Porque inicialmente sustentou a sua legitimidade em acordos diplomáticos com uma potência “ocupante”, e depois enveredou pela guerra? Mas os estados existentes também enveredaram pela diplomacia e pela guerra!
No que se refere a Portugal, D. Afonso Henriques lutou contra as forças da mãe e do primo para dar início ao reino de Portugal e logo a seguir pagou ao Papa para apoiar a causa portuguesa. Algo semelhante deu-se com D. João IV, este lutou contra as forças castelhanas e os seus embaixadores percorreram os estados europeus com o intuito de conseguir um Portugal totalmente independente. Se calhar quem agora acha que Israel não tem legitimidade também seria no século XVII apoiante da hegemonia castelhana e da união ibérica. O que talvez até não fosse mau de todo.
Muitos sobreviventes usaram navios para voltarem ao Médio Oriente, independentemente de terem ou não ideias sionistas. Mas desde há muito que outros integrados em movimentos sionistas foram comprando aos árabes terrenos: desertos e pantanosos que ninguém queria dado, quanto mais comprado. Todos se foram fixando e organizando para refundar o seu país e o seu “canto do mundo”. Utilizaram todos os meios que geralmente se utilizam nesses casos. Contudo, aquilo que é permitido a uns não o é para outros!
O Estado de Israel nasceu de conflitos, de negociações, de mortes e de muita força de vontade em reconstruir o que em milénios os judeus não tiveram. E só porque são judeus não o podem ter? Não será isto uma forma de anti-semitismo, ou melhor de judeofobia?
sábado, junho 16, 2007
Do Portugal Profundo
PS: É evidente que tudo isto não passa duma brincadeira inocente.
sexta-feira, junho 15, 2007
Toma lá, quem é que te manda bufar?
Alice desabafou no espaço dedicado ao cidadão no portal do Governo. Denunciou a hipótese de a sua empresa ter uma dívida ao fisco. O e-mail que enviou foi parar às mãos da firma onde trabalhava
Com uma celeridade imprópria da nossa administração pública, mas com a incompetência que por todos é reconhecida, a informação correu depressa e chegou a quem não devia: aos vigaristas.
quinta-feira, junho 14, 2007
Eugenia política
Ora, o referendo é a forma mais clara de demonstração da vontade do povo, desde que a pergunta seja bem feita (sem demagogias). Se os monárquicos querem um referendo, faça-se. Mas não venham dizer que à República falta legitimidade por ter sido imposta pela revolução. A presente legitimidade da República Portuguesa é igual à do Reino de Portugal em 3 de Outubro de 1910. A maior parte das alterações históricas que envolveram mudança dos detentores do poder careceram de legitimidade eleitoral ou democrática e foram impostas por grupos em defesa dos seus interesses contra outros interesses.
A monarquia é, hoje, uma forma arcaica de organizar o estado. Além disso, a monarquia ao pressupor o direito de uma pessoa a um privilégio e recusando-o a todas as outras é imoral. Mil e quinhentos anos de eugenia monárquica europeia, em vez de produzir estirpes de super-homens, produziu homens vulgares que a maior parte das vezes não passavam de gente medíocre. Na monarquia a deposição do chefe incompetente deixa sempre a sensação de golpe palaciano ou revolução; na república basta esperar pelo fim do seu mandato e depois eleger outro. Na monarquia a esmagadora maioria da população sabe que jamais ascenderá à chefia do estado; na república sempre poderá sonhar com isso.
Blografia:
O Blog das Causas
Somos Portugueses
Democracia Real
quarta-feira, junho 13, 2007
A tragédia chegou ao fim?
Resta agora o luto e a esperança que a acção destas redes e pessoas monstruosas sejam limitadas ao máximo possível.
A anarquia
Se eliminarmos o Estado tudo o resto fica bem.
Só não sei como manter as religiões sem um estado que as protejam; também não sei como funcionaria uma economia sem estado, ou uma justiça.
Mas, palpita-me, Hobbes terá reflectido sobre isso.
Sexualmente inseguros
A homossexualidade é contagiosa, apanha-se na infância e, pese embora o facto de se poder ocultar durante toda a vida, continua a manifestar-se sob a sua forma reprimida, transferida e sublimada.
Esta conclusão deduz-se facilmente da epifania do arrebatado Jerry Falwell tida no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1999, meses antes da Lua ser lançada para fora da órbita terrestre, dando assim cumprimento à profecia de que um lunático reprimido apareceria para guiar a humanidade sublimada em direcção às trevas.
Desde então as luzes têm vindo a esmorecer enquanto que os seus discípulos continuam paulatinamente a porfiar nos seus desígnios duma teocracia universal, asséptica e obscurantista.
Ontem o sexo dos anjos, hoje o Tinky Winky, amanhã o mundo.
terça-feira, junho 12, 2007
A arquitectura e urbanismo
As estradas portuguesas devem ser das únicas da Europa que se dissolvem na água, os escoadouros de águas pluviais devem ser dos únicos a estarem sistematicamente entupidos e a permitir inundações, e os passeios devem ser os únicos da Europa a serem sistematicamente ocupados por carros que desrespeitam os transeuntes e matam qualquer tipo de planta que se atravesse no seu caminho.
Plantas, espaços verdes, o que é isso? Espaço destinado a pessoas e carrinhos de bebé? Vão para casa e fiquem lá! Vão passear para os centros comerciais que é onde as crianças podem correr livremente sem o perigo de serem atropeladas. Sim porque os jardins infantis também não são necessários e quando existem não têm espaço para as crianças correrem e estarem à sombra de árvores. As árvores são sistematicamente cortadas porque têm muitas raízes e tapam a vista às pessoas e os jardins com relva são para os cãezinhos irem defecar pois não o podem fazer em casa ou na cara dos seus donos.
Agora, e não querendo estar armado em bom, gostaria que olhassem para duas cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e duas outras (Copenhaga e Luxemburgo) depois duma chuvada. Comparem, no fim pergunto eu: o que marca a diferença?
Imagens retiradas daqui.
Julgar a História
Também eu – e a minha posição não vincula os meus colegas de choldra – quero juntar-me aos peticionários nesta grande causa de decoro nacional e ao mesmo tempo sugiro-lhes, ou melhor, exijo-lhes que depois desta iniciem petições para removerem do imaginário heróico nacional outros terroristas, assassinos e traidores, tais como, e só para dar alguns exemplos, D. Afonso Henriques, D. Pedro I, D. João I, D. João II, D. João IV, e já agora, porque não, Vasco da Gama, D. Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque.
Termino por aqui para não ter de transcrever o índice do Dicionário de História de Portugal.
A petição em causa pode ser encontrada aqui.
segunda-feira, junho 11, 2007
Just can't get enough
Este vídeo está para aí numa dúzia de sítios diferentes.
Porque será?
Serão as Nouvelle Vague?
A Marina?
A Melanie?
A Phoebe?
O Moby?
Ou talvez a música dos Depeche Mode?
sexta-feira, junho 08, 2007
Só para chatear...ou roam-se de inveja!
Jornalismo de Sarjeta ou Mentalidade de Esgoto?
Via Sol cheguei ao eminentíssimo The Times e não acreditei nos meus olhos.
Será que esta gente não se enxerga?
Segue-se a transcrição de verbo ad verbum.
June 8, 2007
Madeleine officers defend their regular two-hour lunches
David Brown in Praia da Luz and Thomas Catán in Madrid
Senior officers involved in the search for Madeleine McCann have been seen regularly going out for two-hour lunches. As her parents completed 13 gruelling interviews and meetings with politicians in Berlin on Wednesday, two of the leading officers in the case were seen enjoying a leisurely lunch.
Chief Inspector Olegario Sousa and Goncalo Amaral, the head of the regional Policia Judiciaria, joined two other men at a speciality fish restaurant called Carvi a few minutes’ walk from police headquarters.
A fellow diner said the men laughed and joked as the McCanns appeared on a television news broadcast.
“They asked for the Portuguese TV news to be switched on and sat at the table watching it,” he said. “Madeleine’s parents had given a press conference in Berlin . . . The police were laughing and joking among themselves while it was on. They seemed to be sharing some sort of in-joke. I thought that laughing like that in public was in really poor taste.”
The party shared a bottle of white wine and there was what appeared to be a bottle of whisky on the table during the lunch, which lasted almost two hours. The fellow diner said: “Someone on another table seemed to know them and joked about them having two-hour lunches and knocking back Johnnie Walker Black [Label].”
Mr Sousa, the official spokesman for the investigation, defended the officers when asked if he thought it was acceptable for them to drink wine and whisky in their lunchtime while involved in such a major investigation.
“It is very, very sad but a person’s free time is for lunch,” he said. “The persons are in charge in the day, they are working in the day but they must eat and drink, it is normal. I drink what I want to drink when I can drink.”
Asked whether it was normal for police to drink whisky at lunchtime, he replied: “I don’t have to answer that because the persons during lunchtime do what they want to do. It is free time. They are not working at that time.”
When told that he had been seen drinking whisky and wine with colleagues, he replied: “I still say to you what I do in my free time is only responsible and in my interest. It is my lunchtime. What does it have to do with you what I drink or what I eat? Have you seen anyone drunk? Have you seen any action deterred by that?”
Madeleine’s family reacted with shock at news of the police’s behaviour. Her grandmother, Eileen McCann, 67, said: “I’m not happy about that. My worries are for Kate and Gerry.”
The missing girl’s aunt, Philomena, said: “If it were detectives from Scotland Yard there would be absolute uproar. But we have to let them get on with their work because that’s all we have to rely on.”
Have your say
Please keep on updating us on whatever you can get. We appreciate your work.
Edith, Harrogate, UK
While it may be a bit much to expect officers not to laugh or eat (seriously, no one can really expect this can they?) I am quite shocked at the idea that it is acceptable to drink while on a lunch break, no matter what your job! Especially when this is an important job with a lot of responsiblity and a need for attention to detail. Drinking ANYTHING slows reaction times and affects performance in EVERY way, and "knocking back" a strong spirit would make it very difficult for these officers to do their job properly on their return from the break. If I did this (and I have nowhere near the level of responsiblity that they do in my job) I would be sacked immediately for getting drunk (or even a bit tipsy) and then showing up to work. I feel that these officers should be reprimanded for an activity that affects their job performance, and for a lack of discretion in general.
Marianne, London,
Será que os santos inquisidores de The Times pensam que os portugueses são como os bêbados dos ingleses que todos os dias aterram no Algarve ou enchem as urgências dos hospitais britânicos?
Lembrando Nuremberga e Tóquio
Agora, a metodologia adoptada para combater uma dessas vertentes - aquela que mostrou aos americanos não serem uma nação com imunidade especial concedida por Deus - é tão reprovável como o terrorismo que visa combater.
Os métodos americanos envergonham-nos; violam todos os princípios morais e éticos em que se funda a sua (e a nossa) sociedade e, em última análise, põem em causa tudo o que acreditamos e desejamos.
Daqui a 20, 30 ou 50 anos, quando a história for escrita, verificar-se-á ter sido totalmente contraproducente e ineficaz quanto aos seus propósitos todas as violações levadas a cabo dos princípios constitucionais e civilizacionais em que assentam os Estados Unidos (e nós).
Ao que tudo indica, estas violações tornaram-se mais fáceis porque os nossos dirigentes políticos são desprovidos de valores morais. Mas o mais chocante é ver os países que mais razões teriam para abominar estas práticas a darem-lhes total cobertura.
quinta-feira, junho 07, 2007
Vaidade das vaidades...
Condecorações a serem atribuídas pelo
Presidente da República na Sessão Solene do Dia de Portugal
O Presidente da República vai condecorar, na Sessão Solene do dia de Portugal, em Setúbal, as seguintes entidades:
Antigas Ordens Militares:
Ordem de Cristo
- Conselheiro Artur Joaquim de Faria Maurício (Grã-Cruz)
- D. Manuel Martins(Grã-Cruz)
Ordem de Avis
- Tenente-General Luís Miguel da Costa Alcide de Oliveira (Grã-Cruz)
- Major-General António Maria Antunes Moreira (Grande Oficial)
- Contra-Almirante Vasco António Leitão Rodrigues (Grande Oficial)
Ordem de Sant’Iago da Espada
- Prof. Doutor Aníbal Pinto de Castro (Grande Oficial)
Ordens Nacionais [As anteriores são estrangeiras (N.A.)]:
Ordem do Infante D. Henrique
- Eng.º Luís Fernando Mira Amaral (Grã-Cruz)
- Dr. Abílio Miguel
Joaquim Dias Fernandes (Grande Oficial)
- Prof. Doutor Arsélio Pato de Carvalho (Grande Oficial)
- Fernando Echevarría (Grande Oficial)
- Prof. Doutor José Guilherme da Cunha Vaz (Grande Oficial)
- Dr. José Pedro Machado, a título póstumo (Grande Oficial)
- Prof.ª Doutora Maria Alzira Seixo (Grande Oficial)
- Prof. Doutor Martim de Albuquerque (Grande Oficial)
- Prof. Doutor Rafael Adolfo Coelho (Grande Oficial)
- Prof. Doutor António Dias Farinha (Comendador)
- João Ramos Jorge (Rão Kyao) (Oficial)
- Associação de Comandos (Membro Honorário)
Ordens de Mérito Civil:
Ordem do Mérito
- Prof. Doutor Apolinário José Barbosa da Cruz Vaz de Portugal (Grã-Cruz)
- Eng.º Eduardo Ribeiro Pereira (Grã-Cruz)
- Eng.º Fernando António de Miranda Guedes Bianchi-de-Aguiar (Grã-Cruz)
- Eng.º José Bernardo Falcão e Cunha (Grã-Cruz)
- Dr. Eugénio José da Cruz Fonseca (Grande Oficial)
- Prof. Doutor Fernando Martins Peres (Grande Oficial)
- Dr. Jorge Maria Soares Lopes de Carvalho (Grande Oficial)
- Dr.ª Maria Catalina Batalha Pestana (Grande Oficial)
- Maria Cristina Andrada Léon (Grande Oficial)
- Pintor Nuno Siqueira (Grande Oficial)
- Professora Alice Gaivão (Comendador)
- Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral (Comendador)
- Serafim Marques (Comendador)
- ARCIL – Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados (Membro Honorário)
- Liga Portuguesa dos Deficientes Motores (Membro Honorário)
- Sociedade Recreativa e Dramática Eborense (Membro Honorário)
Ordem da Instrução Pública
- Professor Fernando Alves Cristóvão (Grande Oficial)
- Dr.ª Albertina Olímpia Pereira Mateus (Comendador)
Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial
Classe do Mérito Industrial
- Eng.º Sérgio Mendes de Melo (Comendador)
06.06.2007
Aqui há de tudo, e quem é que, porventura, sabe em que se distinguiram estas aves de arribação?
terça-feira, junho 05, 2007
Um bocadinho de História
Na Antiguidade, durante e domínio romano e nos reinos visigodos floresciam na Península Ibérica diversas comunidades judaicas. Os muçulmanos entraram por volta de 711 e dominaram grande parte do território ibérico a que chamavam Al-Andaluz. No que se refere ao território que é hoje Portugal, desde meados do século XIII que os reinos árabes e muçulmanos foram substituídos pelo que se chamava então Reino de Portugal.
Ou seja, a Península Ibérica e os seus povos, quer queiram quer não, possuem uma forte componente semita. Os espanhóis e os portugueses carregam em si uma carga genética fortemente ligada aos árabes e judeus.
Hoje em dia toda a gente sabe quais as palavras que derivam directamente do árabe como: algibeira, azul, oxalá... Todos sabemos quais as influências árabes na construção das casas algarvias, das hortas, na Medicina...
E pergunto eu: quem sabe dos contributos dos judeus?
Porque é que mais de mil anos de presença judaica no território que é hoje Portugal são esquecidos e tão pouca atenção se dá às provas da sua influência?
Porque se desvaneceu tudo?
Numa altura em que se fala da possibilidade do Irão vir a ter armas nucleares e do Estado de Israel se tornar numa Hiroshima. Gostaria de perguntar se aquilo que levou ao branqueamento do nosso passado pode servir para dar cobertura a tal acto?
a todos os Homens...
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait, and not be tired by waiting,
Or, being lied about, don’t deal in lies,
Or, being hated, don’t give way to hating,
And yet don’t look too good, nor talk too wise;
If you can dream — and not make dreams your master;
If you can think — and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you’ve spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to broken,
And stoop and build'em up with worn-out tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with Kings — not lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds’ worth of distance run —
Yours is the Earth and everything that’s in it,
And — which is more — you’ll be a Man, my son!
Inspirado neste sítio, aqui pus o original de Kipling, quanto mais não seja para mostrar que até os monossílabos dos contabilistas podem gerar poesia.
sábado, junho 02, 2007
Será que são assexuados?
O filme de animação de explicação da sexualidade a crianças transmitido ontem pela RTP2 encontrou a oposição dos mesmos de sempre: daqueles para quem a sexualidade é um crime, ou pior ainda um tabu que em caso algum pode ser discutido. Preferem por isso a ignorância, o obscurantismo e a duplicidade ao conhecimento da realidade, por muito desagradável que lhes seja (o que eu duvido).
Não me vou alargar mais sobre o tema porque sobre isso já há intervenções suficientemente claras e objectivas contra a hipocrisia desta gente:
- Shyznogud: Here we go Again
- FuckItAll: Educação Sexual e os Inimigos do Costume e As crianças, a informação e os seus traumas: apontamento autobiográfico
- Daniel Oliveira: Censura Colectiva.
sexta-feira, junho 01, 2007
Chinesices ou sobrevivência do mais apto?
Neste empenho muitos acabam por transformar os filhos em cavalos de corrida, negando-lhes a infância, tentando fazer deles especialistas precoces na escola ou numa qualquer actividade de prestígio.
Este zelo é tanto maior quanta for a frustração individual ou a desqualificação social do pai, pois sabe de antemão que sem elevado capital social ou relacional seus filhos só terão oportunidade na vida se se distinguirem bem acima dos filhos dos outros a quem a fortuna ou o nascimento colocaram em melhor posição.
O casal chinês foi longe demais na vontade de elevar a filha a níveis que de outro modo lhe seriam negados e esta manifestamente não estava apta para sobreviver neles.
Leituras
- Fernanda Câncio: Quinze Minutos, e sem Gritar? Só Pode Ter Gostado
Juro que um dia ainda vou tirar o curso de Direito para perceber estas sentanças!