Caiu o último reduto masculino!
As mulheres já podem servir nos fuzileiros; o mais antigo corpo de combate português abriu as camaratas às mulheres e em breve aquela irmandade de homens passará a uma irmandade de homens - pois é, o colectivo continua a ser masculino.
Ainda me lembro – eu Matusalém me confesso – dos primeiros efectivos femininos nas Forças Armadas. Naqueles tempos longínquos, cadetes da Força Aérea foram acampar na Tapada de Mafra, entre eles havia umas gajas a quem o comandante da EPI disponibilizou o seu quarto pessoal no Calhau para essas poderem diariamente tratar da sua higiene pessoal.
Os camaradas de armas podiam tresandar de porco; podiam fazer a barba em meio cantil de água se a não quisessem fazer a seco; cagavam nas latrinas que cavavam – quando as havia – e mijavam atrás dos chaparros, mas as colegas não: tinham direito a chuveiro e bidé!...
Mas é evidente que tal como a Constituição da República postula, não pode haver discriminação de género – só é pena não se ter ainda reparado que também postula a não discriminação com base na orientação sexual – por isso as mulheres podem e devem servir nas Forças Armadas – mais uma vez também é pena que ninguém disso se lembrasse no tempo em que havia SMO e hoje não haveria tantas mulheres em melhor situação profissional que homens da mesma idade – mas que o façam exactamente como os homens sem excepções nem privilégios – como os daqueles dias chatos do mês.
Posto isto, nada a objectar.