de acordo com a antropóloga Caroline Wilkinson que digitalmente reconstituiu o rosto do génio a partir do seu crânio.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Pensamento do dia
O que em sociedade desagrada aos grandes espíritos é a igualdade de direitos e, portanto, de pretensões, em face da desigualdade de capacidades, de realizações (sociais) dos outros. A chamada boa sociedade admite méritos de todo o tipo, menos os intelectuais: estes chegam a ser contrabando. Ela obriga-nos a demonstrar uma paciência sem limites com qualquer insensatez, loucura, absurdo, obtusidade. Por outro lado, os méritos pessoais devem mendigar perdão ou ocultar-se, pois a superioridade intelectual, sem interferência nenhuma da vontade, fere pela sua mera existência. Eis porque a sociedade, chamada boa, não tem só a desvantagem de pôr-nos em contacto com homens que não podemos louvar nem amar, mas também a de não permitir que sejamos nós mesmos, tal qual é conveniente à nossa natureza. Antes nos obriga, por conta do uníssono com os demais, a encolhermo-nos ou mesmo a desfigurarmo-nos.
domingo, fevereiro 24, 2008
sábado, fevereiro 23, 2008
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Catástrofes
As enxurradas que afectaram a região de Lisboa e de Setúbal são um fenómeno natural frequente e com tendência a aumentar, segundo os especialistas que se têm ocupado com o Aquecimento Global.
Os danos causados e sobretudo as três, possivelmente quatro, mortes é algo que um país moderno não pode admitir, ainda mais a intempérie não foi nada de especialmente grande – convém lembrar que a precipitação não foi maior da que é normal nas regiões tropicais ou subtropicais sujeitas a monções húmidas.
A irritação manifestada pelo Flávio aqui em baixo é compreensível à luz destes factos e da bandalheira em que o nosso país se tornou em termos urbanísticos e organizacionais.
Isto leva a outra tragédia anunciada.
Um estudo agora divulgado – ainda na versão preliminar – alerta para a possibilidade de ocorrerem 3.000 mortos e 27.000 desalojados só no Algarve se um sismo como o de 1755 ocorrer presentemente. Este estudo já vem tarde, pois há muito que deveria existir. Agora, com base nele, as autoridades de protecção civil poderão elaborar os devidos planos de contingência para quando esse fenómeno natural ocorrer – e isso é uma certeza: um grande sismo ocorrerá mais dia, menos dia.
Fica-se agora à espera que um estudo semelhante seja feito (ou concluído) para o restante país e mais ainda se esperará para saber quais os planos de actuação em emergência nas duas ou três semanas seguintes à catástrofe, já que esse é o tempo que a ajuda internacional leva para começar a surtir algum efeito mitigador na desgraça das populações afectadas.
Lisboa está degradada e ao abandono; grande parte da cidade ruiria com um sismo como o de 1755. Mas os subúrbios, feitos sabe-se lá como, ficariam bem pior. Um sismo de tal magnitude, a ocorrer de madrugada, causará na Grande Lisboa uma mortandade inimaginável e ninguém – a começar pelas autoridades – sabe o que fazer em tal circunstância.
É o nosso fado.
Alguém já ouviu falar em planos de contingência? Alguém já ponderou o impacto sobre os meios que deverão actuar logo após o acontecimento? Sobreviverão hospitais, quartéis de bombeiros, unidades militares e policiais? Em que estado ficarão as redes eléctrica, de água, gás? E as comunicações? Haverá meios humanos e mecânicos disponíveis e capazes de actuar rápida e eficazmente?
Ou resumir-se-á a protecção cívil ao armazenar de sacos para cadáveres?
Os danos causados e sobretudo as três, possivelmente quatro, mortes é algo que um país moderno não pode admitir, ainda mais a intempérie não foi nada de especialmente grande – convém lembrar que a precipitação não foi maior da que é normal nas regiões tropicais ou subtropicais sujeitas a monções húmidas.
A irritação manifestada pelo Flávio aqui em baixo é compreensível à luz destes factos e da bandalheira em que o nosso país se tornou em termos urbanísticos e organizacionais.
Isto leva a outra tragédia anunciada.
Um estudo agora divulgado – ainda na versão preliminar – alerta para a possibilidade de ocorrerem 3.000 mortos e 27.000 desalojados só no Algarve se um sismo como o de 1755 ocorrer presentemente. Este estudo já vem tarde, pois há muito que deveria existir. Agora, com base nele, as autoridades de protecção civil poderão elaborar os devidos planos de contingência para quando esse fenómeno natural ocorrer – e isso é uma certeza: um grande sismo ocorrerá mais dia, menos dia.
Fica-se agora à espera que um estudo semelhante seja feito (ou concluído) para o restante país e mais ainda se esperará para saber quais os planos de actuação em emergência nas duas ou três semanas seguintes à catástrofe, já que esse é o tempo que a ajuda internacional leva para começar a surtir algum efeito mitigador na desgraça das populações afectadas.
Lisboa está degradada e ao abandono; grande parte da cidade ruiria com um sismo como o de 1755. Mas os subúrbios, feitos sabe-se lá como, ficariam bem pior. Um sismo de tal magnitude, a ocorrer de madrugada, causará na Grande Lisboa uma mortandade inimaginável e ninguém – a começar pelas autoridades – sabe o que fazer em tal circunstância.
É o nosso fado.
Alguém já ouviu falar em planos de contingência? Alguém já ponderou o impacto sobre os meios que deverão actuar logo após o acontecimento? Sobreviverão hospitais, quartéis de bombeiros, unidades militares e policiais? Em que estado ficarão as redes eléctrica, de água, gás? E as comunicações? Haverá meios humanos e mecânicos disponíveis e capazes de actuar rápida e eficazmente?
Ou resumir-se-á a protecção cívil ao armazenar de sacos para cadáveres?
Pelo Correio
Napoleão Bonaparte, durante as suas batalhas usava sempre uma camisa de cor vermelha. Para ele era importante porque, se fosse ferido, na sua camisa vermelha não se notaria o sangue e os seus soldados não se preocupariam e também não deixariam de lutar.
Toda uma prova de honra e valor.Duzentos anos mais tarde, Sócrates usa calças castanhas...
terça-feira, fevereiro 19, 2008
O Fado
Gostaria de não ter de escrever isto, mas nós somos mesmo estúpidos e os nossos políticos ganham a todos em estupidez, pois julgando estar a engrossar o seu pé-de-meia criam uma sociedade de péssima qualidade de vida, o que se repercute na própria imagem da classe política. Temos uma sociedade de desempregados, de empresários chico-espertos e com uma elite sequiosa de poder, mas não temos o básico: condições de vida dignas. E não estou a falar de ambientes para “inglês ver”; estou a falar das pessoas viverem mesmo bem, com casas, passeios, estradas, jardins, matas, florestas, espaços desportivos… em boas condições de utilização.
Toda a gente sabe que não se deve construir casas junto aos rios por serem áreas alagáveis. E que fazemos? Vamos lá construir belos lotes de moradias para a massa de pessoas que não tem outra solução senão ir viver para os subúrbios, pagam-se umas alcavalas aos nossos queridos políticos e clientelas e lá vamos seguindo a nossa vida.
Ninguém tenta travar o que quer que seja. Quais PDM, quais regras ecológicas, o que interessa é fazermos obras para mostrar que estamos a evoluir e a progredir. Engrossa-se o PIB, enriquecem-se os municípios com as taxas e licenças de construção, aumenta-se o número de eleitores e de trabalhadores. Se eles morrerem ou ficarem sem habitação isso é lá com eles. Responsabilidade? Vivemos no país onde a culpa morre sempre solteira.
Betão, cimento, alcatrão isole-se tudo para as águas escorrerem melhor. Este é um país de obras, de urbanizações-cogumelo, de condomínios fechados, de loteamentos com nomes bucólicos e campestres no meio do que de mais negativo tem o urbanismo citadino.
Mas, depois de andarmos a tentar enganar a Natureza ela de vez em quando faz-nos sentir quem é a verdadeira dona do espaço.
E o povo fica pasmado com a força das águas do rio ou da ribeira que todos queríamos encanar, porque ficam mais bonitos; porque não se vêem as correntes de esgotos que realmente são.
E o povo fica pasmado porque a água arrasta terra, pedregulhos e tudo o que está à frente, porque já não existe nada que segure os solos, pois as árvores são para cortar e queimar.
E os políticos mandam reunir mais uns gabinetes de estudo para saber o que toda a gente sabe: NÃO SE PODE CONSTRUIR NAS ÁREAS DE CHEIA E AS FLORESTAS SÃO PARA PRESERVAR.
E mais uns milhões são gastos em estudos completamente desnecessários e em tentativas para solucionar um problema velho como o raio.
Desculpem-me mas exasperam-me os milhões de prejuízos de pessoas muitas vezes carenciadas, as vidas perdidas e a nossa mania que é tudo um fado e que não podemos fazer nada em contrário.
Podemos fazer, podemos exigir e podemos reclamar. Na pior das hipóteses podemos sempre emigrar.
Marcador:
Batam-me que eu gosto,
Portugal no seu melhor
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
domingo, fevereiro 17, 2008
sábado, fevereiro 16, 2008
O que mais aí virá?
Talvez assim sempre tenha sido.
Talvez só agora a arma de atirar lama uns aos outros tenha sido desencaixotada nos arsenais da javardice partidária.
Talvez só agora é que as trafulhices que sempre se fizeram comecem a ser do conhecimento público.
O certo é que já não há quem aguente tanta merda, porque no fundo, no fundo, quem paga a festa e ainda leva com a bosta na cara somos nós.
Talvez só agora a arma de atirar lama uns aos outros tenha sido desencaixotada nos arsenais da javardice partidária.
Talvez só agora é que as trafulhices que sempre se fizeram comecem a ser do conhecimento público.
- A última (até à próxima) é a doação de propriedade do Estado por Telmo Correia à Estoril-Sol. Se dúvidas há, leia-se a carta, são 11 MB e está tudo lá...
O certo é que já não há quem aguente tanta merda, porque no fundo, no fundo, quem paga a festa e ainda leva com a bosta na cara somos nós.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Visto do feed reader
- A taxa de desemprego portuguesa atingiu em 2007 o valor mais elevado em pelo menos 10 anos, tendo quase duplicado nesse período, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.
- «Exegeta, precisa-se!» ou «De como explicar o Levítico às criancinhas».
- O Blogger continua a expulsar os seus melhores: E Deus Criou a Mulher mudou-se para o Sapo.
- O futuro da Europa cada vez mais próximo...
- Aculturação ou segregação?
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
O Estado da Educação
Via a Educação do Meu Umbigo, cheguei à Rua de Alconxel e à carta que João Simas enviou ao deputado presidente da Comissão Parlamentar de Educação.
Sem quaisquer sofismas e com profundo conhecimento de causa, denuncia de forma sistemática as malfeitorias que na educação têm sido levadas a cabo por sucessivos governos com especial destaque para o actual, o qual tudo tem feito para destruir o que resta em Portugal do sistema educativo que verdadeiramente nunca chegou a existir.
Um texto a ler obrigatoriamente.
Um texto a ler obrigatoriamente.
Marcador:
Educação,
Gostei de ler,
Serviço público
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Valerá isto uma vida que seja?
É por causa deste e doutros semelhantes bonecos que uns tarados querem limpar o sebo a uns obscuros caricaturistas na Dinamarca.
Reza a lenda - tomara que fosse verdadeira - que quando os nazis obrigaram os judeus dinamarqueses a usar a estrela de David, o rei Cristiano X foi o primeiro a sair à rua com essa insígnia que se queria de infâmia. Os seus súbditos rapidamente o imitaram, independentemente da sua religião ou falta dela, e a medida dos ocupantes acabou por ser revogada.
Esta história tem agora a oportunidade de se tornar verdadeira.
Se todos os dinamarqueses, se todos os europeus ou se todo o mundo exibir tais caricaturas, os ignóbeis que procuram submeter a humanidade às suas trevas deixariam de ter espaço de manobra e o terror que procuram instalar esvair-se-ia como uma passageira tempestade de Verão. Pois no dia em que cedermos ao medo teremos perdido a liberdade, a dignidade e a honra.
Reza a lenda - tomara que fosse verdadeira - que quando os nazis obrigaram os judeus dinamarqueses a usar a estrela de David, o rei Cristiano X foi o primeiro a sair à rua com essa insígnia que se queria de infâmia. Os seus súbditos rapidamente o imitaram, independentemente da sua religião ou falta dela, e a medida dos ocupantes acabou por ser revogada.
Esta história tem agora a oportunidade de se tornar verdadeira.
Se todos os dinamarqueses, se todos os europeus ou se todo o mundo exibir tais caricaturas, os ignóbeis que procuram submeter a humanidade às suas trevas deixariam de ter espaço de manobra e o terror que procuram instalar esvair-se-ia como uma passageira tempestade de Verão. Pois no dia em que cedermos ao medo teremos perdido a liberdade, a dignidade e a honra.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Dura lex sed lex, bem... às vezes
Ninguém está acima da Lei - isto na maior parte dos países da União Europeia.
Exceptua-se, é claro, Portugal, onde com a benevolência da autoridade, boas relações, advogados caros e barroquices processuais se consegue, de uma maneira ou de outra, a impunidade para todos os crimes.
- Os suspeitos são sempre os mesmos: durante anos são investigados, procurados, escrutinados e não pronunciados.
- E, quando toda a gente se queixa da morosidade da justiça, há quem se queixe da sua celeridade.
domingo, fevereiro 10, 2008
sábado, fevereiro 09, 2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Visto do Feed Reader
O Corta-Fitas faz dois bons anos, parabéns.
Womenage À Trois mudou de casa (e fez um face-lifting) antes que o Blogger lhe pusesse as malas à porta como fez ao direitinho Blasfémias ou antes à Toca do Túlio, cabendo agora a vez ao lúbrico E Deus Criou a Mulher.
Por este andar no Blogger só vão permanecer páginas sensaboronas e de alto valor literário.
Assim sendo, não há razões para aqui nos preocuparmos.
Womenage À Trois mudou de casa (e fez um face-lifting) antes que o Blogger lhe pusesse as malas à porta como fez ao direitinho Blasfémias ou antes à Toca do Túlio, cabendo agora a vez ao lúbrico E Deus Criou a Mulher.
Por este andar no Blogger só vão permanecer páginas sensaboronas e de alto valor literário.
Assim sendo, não há razões para aqui nos preocuparmos.
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Liberdade de expressão,
Novidades blogosféricas
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
(Quase) Todos menos esse!
Cheguei à petição que por aí corre para impedir a nomeação de Tony Blair para o cargo de Presidente do Conselho da União Europeia através do Arrastão (onde se pode encontrar a versão portuguesa da mesma).
De facto, nos últimos tempos têm-se multiplicado as notícias apontando o ex-Primeiro-Ministro britânico para o cargo, no que parece ser uma campanha de relações públicas para o conduzir a tal posição.
Sendo o novo tratado europeu o aborto que é, e correndo-se o risco de não ser travado por alguma nação civilizada, urge prevenir e impedir que mal maior daí advenha.
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Afinal este blogue até não é mau
A Oliva Verde do Sempre por Perto ofereceu-nos mais um galardão, que agradecemos encarecidamente.
De acordo com as regras devemos nomear cinco Blogues que são os seguintes, ordenados na habitual escala de classificação de tudo ao molho.
Blogador
Womenageatrois
O Piolho da Solum
Puro Arábica
Notas ao Café
sábado, fevereiro 02, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
A Piolheira
Assinala-se hoje um dos acontecimentos mais significativos do processo histórico que levou à implantação do regime republicano em Portugal: a morte de D. Carlos.
A morte do rei resultou dum atentado. Hoje discute-se a moralidade do mesmo com uma paixão digna de há um século, quando uns queriam acabar com a monarquia e outros desejavam mantê-la. E discute-se na praça pública como se de um debate político actual se tratasse e não fosse antes um mero acidente histórico somente digno de estéreis teses académicas. Só que o próprio debate académico também está inquinado e não está imune à partidarite que afecta os debates dos leigos, dando razão a quem afirmou não haver História Contemporânea, mas somente política.
D. Carlos I
1863-1908
1863-1908
A morte do rei resultou dum atentado. Hoje discute-se a moralidade do mesmo com uma paixão digna de há um século, quando uns queriam acabar com a monarquia e outros desejavam mantê-la. E discute-se na praça pública como se de um debate político actual se tratasse e não fosse antes um mero acidente histórico somente digno de estéreis teses académicas. Só que o próprio debate académico também está inquinado e não está imune à partidarite que afecta os debates dos leigos, dando razão a quem afirmou não haver História Contemporânea, mas somente política.
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