segunda-feira, julho 31, 2006

Médio-Oriente

Os FW que nos vão enchendo a caixa do correio, nas suas brejeirices, não deixam de fazer algum sentido.
The Israeli Ambassador at the U.N. began, "Ladies and gentlemen, before I commence with my speech, I want to relay an old Passover story to all of you...
- When Moses was leading the Jews out of Egypt toward the Promised Land, he had to go through the nearly endless Sinai desert. The people became thirsty and needed water, so Moses struck the side of a mountain with his staff and a pond appeared with crystal clean, cool water. The people rejoiced and drank to their hearts' content. Moses wished to cleanse his whole body, so he went over to the other side of the pond, took all of his clothes off and dove into the cool waters. Only when Moses came out of the water, he discovered that all his clothes had been stolen... "And", he said, "I have reasons to believe that the Palestinians stole my clothes."
The Palestinian delegate, hearing this accusation, jumped from his seat and screamed out, "This is a travesty. It is widely known that there were no Palestinians there at that time!!!"
"Now that our worthy and honorable Palestinian Ambassador has clarified who had never set foot on that land they are now claiming was stolen from them... let me continue with my speech..."

sábado, julho 22, 2006

Juiz em causa própria ou a Lei da Rolha

Dois dirigentes sindicais da PSP foram reformados compulsivamente pelo ministro da tutela, obviamente sob proposta da hierarquia.
Ora, os dois sindicalistas criticaram publicamente o director nacional da PSP e o Governo – para isso fizeram uso do seu direito constitucional de livre expressão de opinião.
Essas declarações não ficaram a dever o que fosse à verborreia desbragada por vezes usada na Casa da Democracia, também conhecida por Parlamento, e ficaram muito aquém das cavaladas com que o paxá da Madeira e seus esbirros nos brindam frequentemente.
O Governo e o director geral da PSP, se se sentiram ofendidos – e têm toda a legitimidade para tal – deviam dar o exemplo e fazer o mesmo que qualquer pessoa de bem faz nestas situações: ignora ou pede satisfação em tribunal.
Pessoas de bem não usam o seu poder (ainda por cima o poder que lhes é delegado pela sociedade) em benefício próprio.
Ou será que voltámos 500 anos atrás bastando ao poder invocar a sua «certa ciência e poder absoluto»?

Pois bem, PENSO QUE [um direito constitucional que me assiste] este director geral da PSP não serve nem para dirigir os escuteiros – seria um fraco exemplo a seguir – e que este Governo não respeita a PSP, aliás não respeita as pessoas dum modo geral.

General Motors

Se a General Motors não quer Portugal então Portugal não dever querer a General Motors.
Por isso deixe-se de lhe comprar carros.
Após anos de má gestão – e qualquer empresa desta dimensão que não dê lucro só pode ser mal gerida – a GM decidiu reformatar-se e no processo decide fechar a fábrica que possui em Portugal, na Azambuja, despedindo centenas de trabalhadores e reduzindo directamente umas décimas percentuais ao PIB nacional.
Os motivos invocados são os custos logísticos, e não a única razão eticamente válida que seria a incompetência generalizada dos seus operários.
Trata-se de uma deslocalização – um chavão do economês que significa fechar num lado para abrir noutro.
Neste processo o Estado e os trabalhadores perdem uma fonte de receita, logo deixam de poder fazer despesas utilizando esse dinheiro – por outras palavras tornam-se mais pobres.
O neo-liberalismo, inspirador de actos como este, preconiza o livre comércio (dinheiro e bens transaccionados sem entraves) e, preferencialmente a ausência de taxas alfandegárias e de impostos. Com isto as empresas podem instalar-se onde quiserem, pagarem o que quiserem a quem nelas trabalha e poluírem sem entraves nem decoro.
Só que este mesmo neo-liberalismo preconizando o comércio livre também faculta a livre escolha por parte dos consumidores.
O mercado português pode ser pequeno mas contribui para os resultados da empresa – e é dinheiro que sai do País para bolsos pouco escrupulosos.
Por isso é minha opinião que os consumidores deverão abster-se de adquirir sob qualquer forma bens e serviços de empresas como estas.
Assim não deverão comprar carros produzidos pela GM.